Resumo de Não é verdade! (II) – Uma virada em Como odiar um CEO em 48 horas de GoodNovel
Não é verdade! (II) mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Como odiar um CEO em 48 horas, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
- Me larga, porra... Agora. – Ele gritou, enquanto eu seguia segurando sua camiseta.
As mãos dele retiraram meus braços com força, rasgando a camisa por completo, como se aquele tecido fosse o que eu tinha de mais importante naquele momento.
Ben olhou para a roupa rasgada e depois para mim. Os olhos dele escorriam lágrimas. Balançou a cabeça e foi para a parede, dando socos contínuos, ecoando pelo corredor, soltando um grunhido de dor, feito um animal ferido, até o sangue misturar-se à tinta branca que cobria o concreto.
Daniel veio até nós, já sabendo o que tinha acontecido, mesmo que ninguém tivesse lhe contado. Tentou tirar Ben dali, enquanto todas as pessoas se voltam a nós. Mas era inútil tentar tocá-lo.
Ben ficou forte como uma rocha e seguiu, até não ter mais forças. Dois seguranças chegaram em seguida e o retiraram, sendo seguidos por mim e Daniel, até a porta da rua.
- Acalme-se ou chamaremos a Polícia. – Um deles ameaçou.
- Precisamos de ajuda... – falei, a voz quase não saindo. – A mão dele... Acho que quebrou. Por favor...
- Primeiro ele se acalma. Depois entra para ver o ferimento. Pessoas doentes estão aqui. É um ambiente de silêncio.
- Perdemos alguém importante há pouco tempo – explicou Daniel – É... Complicado.
- Acalme-o e ele volta... Só isso. – O homem pediu, mais brando.
Eles saíram. Não havia muito movimento ali fora. Creio que já era madrugada. Ben sentou no cordão da calçada, colocando a cabeça entre os joelhos e chorando... Alto, com dor, com sentimento... Feito uma criança.
Como eu queria poder gritar e botar para fora tudo que eu sentia naquele momento. Eu também tinha vontade de berrar, brigar com Deus, culpá-lo pela dor que eu sentia.
Mas não saía nada. Ben precisava de mim. Fui até ele e agachei-me, abraçando-o por trás de seu corpo, pelas costas.
- Por que dói tanto, porra? Eu nunca senti isso antes... Como se tivessem arrancando um pedaço de mim. – A voz quase não saía.
Daniel se afastou de nós, ficando. As mãos dele estavam no bolso e ali permaneceram. Ele não esboçou nenhuma reação. Ficou mudo, como se não estivesse acreditando que aquilo realmente estava acontecendo.
- Não é justo, porra! – Ben gritou.
Percebi o sangue jorrando da mão dele e retirei a bandana do Bon Jovi da cabeça, enrolando por toda a mão, tentando estancar o sangue que caía pela roupa dele e no chão.
- Chora, grita... Faz tudo isso. Ainda assim, não vai passar. Vai continuar doendo. Para sempre – Falei, certa do que dizia – Vamos nos acostumar a viver sem ela, mas a saudade será eterna.
- Eu não vou me conformar nunca... Ela deixou Maria Lua... O bebê que tanto queria... Os dias serão cinzas para sempre, Babi?
Sentei ao lado dele e peguei sua mão, apertando:
- Não serão cinzas... Porque ela nos deixou o seu raio de sol.
- O “nosso” raio de sol. – Daniel veio até nós.
Percebi os olhos dele avermelhados.
- O nosso raio de sol. – Confirmei.
- Eu... Vou providenciar tudo para o funeral. – Ele avisou, saindo dali.
Sim, eu nem havia lembrado que era necessário providenciar aquilo ainda. Estava confusa, sem ação...
- Você estava com ela... – Ben me olhou.
- Sim... Mas fui retirada antes. Vi Maria Lua nascer. E logo em seguida... Salma se foi. Fizeram o possível, eu tenho certeza.
- Como você... Consegue ser tão forte? – Me encarou.
- Eu não sou... Não sou. – Falei, confusa.
- Não tem nada a ver com você, Babi.
- Ele dormiu com a minha melhor amiga. O desclassificado transou com Salma, Ben. Eu não vou perdoá-lo... Nunca. E se ela contou a verdade a ele, que não quis assumir?
- Lembro claramente que ela garantiu que não tinha contado e que jamais contaria. No início disse que sim, mas depois mudou de ideia.
- Meu Deus... Ela disse que ficaríamos ricos. – Me recordei.
- E depois, sabendo que vocês dois se apaixonaram, certamente voltou a atrás e quis mudar de ideia. Mas era tarde demais, porque Maria Lua já estava na barriga dela. Thor não tem culpa.
- Não tem culpa de dormir com ela? – eu ri, ironicamente. – Um canalha, que deve ter dormido com todas as dançarinas da boate. Pra mim esta história morreu.
- Vai esconder dele também? Acha justo?
- Ela não ia contar. Já havia garantido isso. Vou realizar o desejo dela: cuidar de Maria Lua e não contar a Heitor. Quero ele longe da criança.
Lembrei das palavras dela, me olhando no fundo dos olhos: “Precisa fazer com que ele saiba...”
- Se ele souber, vai tirá-la de nós, Babi – Bem disse, pensativo, olhando ao longe - Não vai deixar a filha aos cuidados da mãe da menina. Ele tem direitos sobre Maria Lua. E não podemos ficar sem nossa bebê. Ela é tudo que nos resta de Salma. Ela pediu que você fizesse isso por ela. E não vou deixá-la sozinha, Babi... Nunca.
- Eu sei disto. Morro, mas não entrego nossa filha... Juro.
- Ele nunca pode saber... Ou estamos fodidos.
- Não se preocupe. Ele não saberá. É um segredo... Só nosso. E não vou procurá-lo. E caso ele o faça, o afastarei definitivamente.
- Venha, Ben. O médico vai atender você. – Daniel disse. – Precisamos que olhem sua mão. Está feia e sangrando bastante.
Levantamos eu e Ben. Nossas mãos se enlaçaram e andamos em direção à porta do hospital, mais cúmplices do que nunca. Jamais alguém saberia do nosso segredo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...