- Ah, meu amor, você acha que se eu estivesse em Noriah North neste momento, o lugar onde me encontrar não seria a sua cama?
- Como assim?
- Não estou em Noriah Norte. Infelizmente. Você chamando por mim e eu não conseguindo ir? É um sonho? Ou pesadelo? Devo mandar o jato dar meia volta imediatamente? Aconteceu algo?
Respirei fundo, sentindo toda a tristeza tomando conta de mim:
- É bem importante.
- Fale, meu amor.
- Não dá para falar isso por telefone. Quando você volta? Me diga que logo, por favor.
- Estarei esperando por você no jantar segunda-feira.
- Meu Deus, sinto que falta um mês para segunda-feira. Cada dia parece durar 72 horas.
- Eu também me sinto assim quando estou longe de você. Por isso mesmo precisamos acabar de vez com esta distância. Pode viajar comigo a partir de agora, o que acha? Viagens de negócio com sua presença podem ter um outro sabor... – Ouvi a respiração dele acelerar do outro lado da linha.
- Por que partiu pela madrugada, porra?
- Preciso estar em Noriah Sul quando amanhecer. Tenho reunião com alguns empresários às 7 horas. Por que tão cedo? Também não sei esta mania do povo do sul de madrugar por motivo de trabalho.
- Então depois de amanhã estará de volta, não é mesmo? Não trabalharia no final de semana.
- Bárbara... O que dizer? Sim, neste final de semana, excepcionalmente, vou trabalhar. Neste caso, pela North B, pois a Babilônia me fez trabalhar todos os dias da semana, durante as noites e madrugadas. Minha assistente aproveitou a viagem a Noriah Sul e antecipou os compromissos por este país para não precisar voltar em algumas semanas.
- “Sua assistente”? E Ben?
- Ele ainda não assumiu o cargo, desclassificada ciumenta. Então, provisoriamente, alguém está tomando conta de tudo.
- E claro que é do sexo feminino, não é mesmo?
- Se quiser, troco todos as mulheres desta empresa por homens. Juro.
- E eu seria a primeira mulher a acabar com o feminismo em Noriah Norte, incentivando meu namorado a ser um machista desclassificado.
Deus, o que eu estava fazendo? Cena de ciúme numa situação onde a vida do meu bebê estava em risco? Sim, porque ela viver com Anya e Breno era risco de vida.
Olhei-a ali, tão perfeita, tão dependente de mim. Jamais alguém poderia cuidar daquela criança da forma como eu fazia: dedicando integralmente meu tempo a ela, sabendo suas manias, mesmo quando ela não balbuciava uma palavra sequer. Não conseguir tomar um banho decente ou dormir uma noite ininterrupta preocupada com o bem-estar dela desde que nasceu. Não... Perder Maria Lua era como perder a minha própria vida.
- Adoro o seu ciúme! Eu poderia dizer que não, mas estaria mentindo. E amo fazer suas vontades, Bárbara.
- Ah, Heitor. Eu amo você de uma forma que chega a doer dentro de mim. O que tenho a lhe dizer é muito importante. E não posso esperar até segunda-feira.
- Fale então, Bárbara. Você está me deixando preocupado e curioso.
- Não pode ser assim. Me diga, por favor, que consegue voltar antes.
- Farei o possível para retornar no domingo. Mas... Embora a reunião seja bem importante, eu posso dar meia-volta, caso seja muito urgente.
- Não... Não precisa. Resolva seu negócio que não há risco de morte até segunda-feira.
- Não mesmo? Não vai se matar por mim? – Riu.
- Eu estava esperando a ligação, amor. O que ele disse?
- Ah, Ben... Me desculpe. Eu esqueci de lhe dar um retorno. Ele não está em Noriah Norte. Heitor teve que fazer uma viagem de negócios de última hora.
- Isso seria uma coincidência ridícula ou o destino tentando nos passar a perna?
- Os dois?
- O que houve, Babi?
- Onde estão os diários de Salma?
- Na cômoda, onde deixamos.
- Não encontrei... Procurei dentro das gavetas, nos armários, nas sacolas... Revirei literalmente o quarto de ponta cabeça e não há nada, nenhum vestígio dos diários. Estou no seu quarto neste momento.
- Ninguém mexe nas nossas coisas, Babi. Estão sobre a cômoda, onde deixei, com as páginas já marcadas, onde dobrei as necessárias para leitura de Heitor.
- Ben, não estão.
- Você olhou direito? Não colocou em outro lugar e não lembra mais? Bárbara, há quantas noites você não dorme?
- Fechando duas. E continuo lúcida... Até demais. Preciso da porra dos diários.
- Procure melhor. Eles não saíram de casa andando sozinhos.
- Bom descanso, Ben.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...