Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 221

- Bárbara, você precisa dormir.

- Ok.

Me joguei na cama de Ben, olhando para o teto, minha cabeça começando a doer de forma intensa. Eu estava fodida.

Mas mal sabia eu que poderia ficar fodida ao quadrado.

Se eu tinha que dormir? Claro que sim. Se eu queria? Claro que não.

Despertei com o choro de Maria Lua. Olhei no relógio e era seis da manhã. Os primeiros raios de sol começavam a nascer.

Acabei pegando no sono, sem querer. Meu corpo não resistiu ao cansaço.

Preparei o leite no automático. Meu corpo doía e a cabeça estava pesada. Troquei a fralda dela enquanto tomava um analgésico e dei a mamadeira logo em seguida.

O telefone tocou. O número era desconhecido e não tinha prefixo de celular.

- Alô?

- Oi, Babi.

Eu não reconheci a voz:

- Quem está falando?

- Sou eu, Anya.

- Anya? – Tremi involuntariamente, sentindo um arrepio percorrer meu corpo.

- Você pode me dizer o nome do Hospital onde Salma morreu?

Maria Lua começava a empurrar a bico da mamadeira com a língua, dispensando as últimas gotas do leite. Coloquei-a sobre a cama e recostei-me na cabeceira, tentando não cair. Minhas pernas estavam moles e parecia que eu ia desmaiar a qualquer momento.

Por mais que eu pensasse, não encontrava algo para responder, que não fosse a verdade, que não poderia ser dita.

Eu estava cansada daquilo tudo. Não tinha mais forças, nem físicas e tampouco psicológicas para suportar.

- Babi, você está me ouvindo?

Apertei o “end”, como se ele fosse o botão do “foda-se”. Não tinha o que responder. E talvez tenha sido uma das poucas vezes que eu não tive resposta para uma coisa.

Maria Lua olhava para o teto e sorria, como se estivesse vendo algo que eu não conseguia. As pernas balançavam para o alto, de forma ininterrupta.

- Nunca vou aceitar que tomem você de mim... – Beijei o rosto dela, sentindo as lágrimas invadirem meus olhos, deixando-me quase sem visão.

Peguei o telefone e disquei o número da única pessoa que poderia me salvar naquele momento.

- Babi? – ele atendeu de imediato.

- Eu... Preciso de você. – Não consegui disfarçar a choro compulsivo que tomava conta de mim.

- Por Deus, o que houve?

- Preciso de uma certidão de nascimento...

- Como assim?

- Sebastian, eles estão querendo tirar Maria Lua de mim.

- Como assim? Quem? Que porra está acontecendo? No que você se meteu?

- Eu vou embora... Preciso fugir – a minha voz quase não saía, como se eu estivesse engasgada – Preciso... De ajuda.

Um breve silêncio e ouvi a voz feminina do outro lado da linha:

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