Resumo do capítulo Não vou ser conivente (II) do livro Como odiar um CEO em 48 horas de GoodNovel
Descubra os acontecimentos mais importantes de Não vou ser conivente (II), um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Como odiar um CEO em 48 horas. Com a escrita envolvente de GoodNovel, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
- Bárbara, você precisa dormir.
- Ok.
Me joguei na cama de Ben, olhando para o teto, minha cabeça começando a doer de forma intensa. Eu estava fodida.
Mas mal sabia eu que poderia ficar fodida ao quadrado.
Se eu tinha que dormir? Claro que sim. Se eu queria? Claro que não.
Despertei com o choro de Maria Lua. Olhei no relógio e era seis da manhã. Os primeiros raios de sol começavam a nascer.
Acabei pegando no sono, sem querer. Meu corpo não resistiu ao cansaço.
Preparei o leite no automático. Meu corpo doía e a cabeça estava pesada. Troquei a fralda dela enquanto tomava um analgésico e dei a mamadeira logo em seguida.
O telefone tocou. O número era desconhecido e não tinha prefixo de celular.
- Alô?
- Oi, Babi.
Eu não reconheci a voz:
- Quem está falando?
- Sou eu, Anya.
- Anya? – Tremi involuntariamente, sentindo um arrepio percorrer meu corpo.
- Você pode me dizer o nome do Hospital onde Salma morreu?
Maria Lua começava a empurrar a bico da mamadeira com a língua, dispensando as últimas gotas do leite. Coloquei-a sobre a cama e recostei-me na cabeceira, tentando não cair. Minhas pernas estavam moles e parecia que eu ia desmaiar a qualquer momento.
Por mais que eu pensasse, não encontrava algo para responder, que não fosse a verdade, que não poderia ser dita.
Eu estava cansada daquilo tudo. Não tinha mais forças, nem físicas e tampouco psicológicas para suportar.
- Babi, você está me ouvindo?
Apertei o “end”, como se ele fosse o botão do “foda-se”. Não tinha o que responder. E talvez tenha sido uma das poucas vezes que eu não tive resposta para uma coisa.
Maria Lua olhava para o teto e sorria, como se estivesse vendo algo que eu não conseguia. As pernas balançavam para o alto, de forma ininterrupta.
- Nunca vou aceitar que tomem você de mim... – Beijei o rosto dela, sentindo as lágrimas invadirem meus olhos, deixando-me quase sem visão.
Peguei o telefone e disquei o número da única pessoa que poderia me salvar naquele momento.
- Babi? – ele atendeu de imediato.
- Eu... Preciso de você. – Não consegui disfarçar a choro compulsivo que tomava conta de mim.
- Por Deus, o que houve?
- Preciso de uma certidão de nascimento...
- Como assim?
- Sebastian, eles estão querendo tirar Maria Lua de mim.
- Como assim? Quem? Que porra está acontecendo? No que você se meteu?
- Eu vou embora... Preciso fugir – a minha voz quase não saía, como se eu estivesse engasgada – Preciso... De ajuda.
Um breve silêncio e ouvi a voz feminina do outro lado da linha:
- Não se culpe... Fez o que achava correto na época. Eu deveria ter explicado melhor para ele... Mas fui uma idiota. Estava tão maravilhada por nossa proximidade novamente que no fundo tive medo de estragar tudo. Sim, eu contei, mas por códigos. Quer dizer, falei que ele tinha uma filha, mas Heitor simplesmente ignorou. E eu não contei tudo de uma vez. – Comecei a andar pela sala, confusa, tentando encontrar uma solução.
- O que você quer, exatamente, Babi? – Sebastian parou na minha frente, pegando meus ombros, obrigando-me a encará-lo.
Mergulhei no azul claro e profundos dos olhos do meu irmão. Ele era minha única salvação:
- Eu quero que você providencie uma certidão de nascimento onde conste o meu nome como mãe de Maria Lua.
- Não é possível fazer isso. – Ele disse seriamente.
- Se ela não estiver no meu nome, vou perdê-la para sempre.
- Heitor tem que saber a verdade e a decisão a respeito do futuro da menina depende dele e não de você. Ela não é sua filha.
- Ela é minha, porra! – gritei. – Recebi esta criança nos meus braços assim que ela nasceu. Eu lhe dei de comer, eu troquei suas fraldas, cuidei da sua higiene, passei noites em claro por conta dela. O que sinto por esta criança ultrapassa o amor. Entregá-la nas mãos da mãe de Salma é sentenciá-la a uma vida de dor, abusos, violência e miséria.
- E o que mudará seu nome constar na certidão? Você não é a mãe e sabe disto.
- Será temporário. Meu nome convencerá Anya e Breno de que Salma não é a mãe. Encontro Heitor e digo que a filha é nossa. Se ele rejeitar Maria Lua, eu fujo com ela. Neste meio tempo, me livro dos pais de Salma e Heitor tem tempo para pensar, sem que eu perca a criança. Mandy tem razão. Jamais alguém contestaria a minha maternidade. O DNA será feito só com relação à paternidade. Heitor inclusive aceitará melhor do que saber que foi enganado da forma como Salma fez. Talvez ele me odeie, mas posso tentar reverter a situação. No entanto, se ele rejeitar Maria Lua por tudo que Salma fez, pode não haver volta. Ele precisa se apegar à filha pra depois saber a verdade. Então já estará amando-a intensamente. E não deixará nada nem ninguém a tirar dele.
- Ela tem razão, Sebastian. Mesmo que Heitor faça o DNA e saiba que a criança é dele, pode simplesmente não querer, tanto por raiva quanto para punir Bárbara pela mentira.
- Eu não menti... Ocultei.
- É filha dele, porra... Ele não pode agir como um canalha sem coração, com o pai dele fez. – Sebastian alterou a voz.
- Você não conhece Heitor – Milena disse – Só se ele mudou muito, completamente... Ou rejeitará a criança. – Ela foi enfática.
- Não vou ser conivente com esta loucura. – Sebastian passou a mão pelos cabelos, aturdido.
- Sim, você vai! – Milena o olhou seriamente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...