Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 222

- Vocês estão loucas... Só pode. – Sebastian começou a andar nervosamente.

- Preciso de uma certidão falsa. Tenho que ter como viajar com a minha filha se algo der errado. E... Se você disser que ela não é minha filha, eu mato você... Eu juro. – Falei entredentes.

Ele me olhou, não se atrevendo a dizer nada. Esperou alguns minutos e disse:

- Eu... Não sei como fazer isso. Temos uma certidão em que a menina é minha filha... Com Salma. Uma mentira... Agora quer que eu invente outra? Qual seu plano, afinal? Mentir a vida inteira? Tem noção no que você está se metendo?

- Se eu for julgada, condenada, presa ou seja lá o que for e Heitor estiver com Maria Lua, ficarei bem. Eu só quero que ela esteja segura. Nada mais me importa. E a segurança dela só existe se Anya e Breno estiverem longe... Muito longe.

- Se Heitor não acreditar que a filha é dele com Bárbara, não aceitará a menina. Eu... Tenho certeza disto. – Milena afirmou.

- Um escroto, miserável e desprezível, como o pai. – Sebastian exalou toda sua raiva naquelas palavras.

- Ou seja, desclassificado. Mas eu o amo igual... Com seus mil e um defeitos – confessei – Talvez eu tenha uma chance... Uma única chance... Se ele achar que ela é nossa. Porque... Eu tenho quase certeza que ele também me ama... Louca, insana, impulsiva... Do jeito que sou. Pode me repudiar, junto da filha, por um tempo...

- Mas depois voltará atrás e resgatará as duas. – Milena completou.

- Eu não tenho como fazer isso aqui em Noriah Norte. Não conheço ninguém aqui, porra. Além do mais... Isso não deve ser barato. Caralho, onde se faz um registro falso de nascimento? Quando deve custar esta porra? Eu sou um homem honesto e vocês duas estão me corrompendo.

Milena me entregou Maria Lua e foi até Sebastian, pegando suas mãos e encarando-o:

- Eu queria poder ter sido ajudada quando soube da minha gravidez... E também no momento que perdi o nosso filho. Não tive apoio de ninguém. E neste caso, não estou culpando você, mas todos que estavam à minha volta: minha mãe, Heitor, Allan... Sofri quando soube... Chorei por meses a perda do meu bebê. E eu nunca a vi com vida, entende? Olhe esta criança, Sebastian. Poderia ter sido a nossa. Eu imagino o que Bárbara sente por Maria Lua. E só quem passou por isso, entende... Seja no aborto, seja na adoção, seja no raio que o parta sobre relação mãe e filho. Não vou desampará-la porque sei que se eu a conhecesse na época, ela teria feito o mesmo por mim.

- Sim, eu teria feito. – Garanti.

- Precisamos voltar para o meu país, Milena. Lá eu tenho contatos que poderão me ajudar a fazer isso. E preciso de dinheiro.

- Eu... Não tenho muito. Mas posso pedir para Mandy. Sei que ela não se importará em ajudar, mesmo sabendo a verdade. Ela já havia me sugerido dizer que a menina era minha... E inventar um plano B.

- Não acredito que sua avó sugeriu isso – me olhou incrédulo – Vocês mulheres, são loucas... Todas loucas. Não precisa pedir para Mandy. Eu vou pegar de parte da sua herança.

- Sim, pegue... Eu posso até doar meu rim se precisar. Já li que pode valer muito.

- Porra, onde você lê estas coisas? Às vezes me parece que você tem 15 anos.

- Sebastian, é verdade. Tem pessoas que compram rins de forma ilegal.

- Ok, me dê seu rim, já que quer tanto se desfazer dele.

Fiquei olhando para ele, confusa.

- Entende agora? Você fala como se vender um rim fosse como se desfazer do casaco do Casanova, que você trocou no brechó da esquina.

- Não...

- Esqueça o seu rim, ok?

- Ela falou brincando. Está nervosa. – Milena tentou apaziguar.

- Não, você não a conhece. Ela falou sério.

- Sebastian, por Deus. Eu só quis dizer que eu faço o que precisar. – Tentei me explicar.

- Inclusive ficar sem um rim?

- Eu daria minha vida por esta criança. – Finalizei, de forma clara.

Milena ficou um tempo nos olhando e depois disse:

- Hora de partir, Sebastian. Precisamos comprar passagens imediatamente. Não há tempo para esperar. Bárbara tem que ter uma certidão em mãos se tudo der errado. Inclusive as malas prontas para partir.

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