Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 226

Não tinha o que fazer a não ser enfrentar Heitor Casanova. Não havia como provar a história de Salma sem os diários. Ele acharia com certeza que eu estava envolvida em todo o plano dela..

Tomei um banho de gato, enquanto olhava Maria Lua no carrinho. Saudades dos meus banhos demorados, daqueles que eu ficava sem pressa debaixo do chuveiro, enquanto o vapor tomava conta de todo banheiro e era até possível escrever recadinhos para Ben no vidro do box suado.

Atualmente não dava tempo de criar vapor pela água quente. O banho era rápido demais. No entanto, justo naquele dia, Maria precisaria ter um pouco mais de paciência, pois eu precisava pelo menos botar a depilação em dia.

Enquanto fazia isso, comecei a rir:

- Quem disse que você vai ficar nua hoje, Bárbara Novaes? Heitor sequer chegará a olhar o que há por baixo do seu vestido. Talvez você nem pise mais os pés na casa dele. E nunca mais façam amor. Bem, ainda assim estarei com o coração completamente destruído, aos pedaços, mas depilada.

Enxuguei-me rapidamente, colocando a toalha em volta dos cabelos enquanto conduzia o carrinho nua até meu quarto, enquanto procurei um vestido elegante, que não tenho certeza se eu tinha.

- Credo, meu armário precisa de uma repaginada urgente. – Olhei para os vários cabides vazios, por falta de roupa ou estarem caídas, misturadas na parte de baixo.

Encontrei um vestido bege, em tecido fino e macio, não longo nem curto, com uma fenda que mostrava parte das pernas, indo até a coxa. O busto era simples e não evidenciava o peito, com uma parte do tecido caindo levemente entre os seios. As alças eram finas, mas tão finas que pareciam que poderiam arrebentar e me deixar com os peitos à mostra. Não pus sutiã porque marcaria e por sorte meus seios não eram caídos... Ainda.

Pensei em não usar calcinha. Mas encontrar Heitor sem lhe dar uma calcinha para roubar era um verdadeiro pecado.

Olhei para Maria Lua, ainda acordada, sem chorar, olhando para o móbile acima do carrinho, que girava com o vento vindo da janela.

- Achei mesmo que a noite ia acabar comigo e ele na cama? Sua mãe está ficando louca, Maria. O máximo que podemos ter é um pingo de compaixão e ele não nos mandar embora na madrugada ou assim que chegarmos.

Fui até a janela e fechei-a. O vento poderia deixar a pequena resfriada. Já era quase sete horas e eu nem tinha me maquiado ou trocado a roupa dela.

Corri até o armário dela, pisando na bagunça das coisas de Salma jogadas pelo chão. Abri as portas, vendo a organização dos vestidos nos cabides, cobertos com plásticos individualmente, que evitavam pegar sujeira. Ben inclusive havia organizado por cores.

- Inveja de você, pequena. – Me ouvi falando, enquanto escolhia um vestido vermelho com laço da mesma cor.

Vermelho combinava com a pele clara dela e os poucos cabelos alaranjados, além de destacar os olhinhos verdes esmeralda. Os cílios dela eram enormes, de dar inveja.

Troquei a fralda e pus o vestido, abusando do perfume baby. O sapato branco enfeitado em pérolas deu o toque final.

- Seu pai vai achar você linda... – Sorri, enquanto a levantava, analisando cada detalhe daquele ser perfeito que era de minha responsabilidade e que tomava conta de todo o amor existia em mim.

Faltava cinco minutos para as sete quando preparei a mamadeira que lhe daria no caminho, pois já quase passava da hora. E outra foi guardada na bolsa, já organizada previamente com roupas, fraldas, pomada de assadura, outra chupeta, desnecessária, já que ela nem chupava e um bichinho de pelúcia reserva.

Sete horas em ponto eu estava pronta, com ela no colo e o carrinho dobrado em frente à porta. E não, eu não desceria sozinha com aquele vestido, uma sandália salto dez, uma bebê e um carrinho por mais de cinquenta degraus.

Fui até a janela. O carro estava parado e Anon 1 escorado na porta. A minúscula claridade que seguia os movimentos de sua mão deixava claro que ele estava fumando um cigarro.

- Anon? – Gritei do quarto andar.

Ele olhou para os lados, procurando de onde vinha minha voz, enquanto jogou o cigarro no chão, pisando em cima rapidamente.

- Aqui em cima, Anon.

Ele levantou a cabeça na minha direção, acenando.

- Vou abrir para você subir. Preciso de ajuda aqui.

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