- Não é um sonho... Bon Jovi vai tocar em Noriah Norte. – comecei a pular no sofá enlouquecidamente.
Os dois olharam para a televisão.
Anunciava um show do Bon Jovi em Noriah Norte que aconteceria dentro de sete meses. Dizia que as pessoas deveriam se apressar, pois os ingressos poderiam esgotar logo.
Os dois me abraçaram, retirando-me do sofá:
- Bon Jovi vem e a gente fica sem sofá? Nem pensar. – Salma reclamou, enquanto arrumava o tecido que ficou enrugado.
- Ben, me dá seu telefone, agora.
Sim, eu decorei o número. Liguei imediatamente e perguntei os preços. Desliguei o aparelho, decepcionada, sentando-me novamente no sofá.
- O que houve? Não era verdade? Tivemos uma visão, todos ao mesmo tempo? Bon Jovi morreu de velho? – Ben me provocou.
- Não... Não foi sonho coletivo. Mas igual, não vou nem me empolgar.
- O que houve, caralho? – Salma perguntou.
- O ingresso lá no fundão, de onde só se consegue ver mesmo do telão, porque ele vai estar tão longe que até uma formiga seria maior, é mais caro do que a minha parte do aluguel. – Lamentei.
- Que homem asqueroso. É tão rico... Para que cobrar tanto assim? – Ben disse, bravo.
- Talvez porque ele vive disso? – Salma riu. – Vende um rim... Você sempre diz que o seu é saudável.
- Um rim valeria um ingresso Vip... Na frente do palco. Para que eu precisaria de dois rins? Já ouvi dizer que muita gente vive só com um. Vou pesquisar no Google quem compra rim... – peguei o celular, que Ben retirou da minha mão:
- Não vou deixar você vender seu rim no mercado negro.
- Posso fazer um leilão.
- Faz programa. Além de ter um emprego, junta dinheiro para o show. – Salma sugeriu. – Faz duas coisas de uma só vez...
- Não tem vaga de dançarina na Babilônia, Salma? Eu posso trabalhar com você.
- Você dançando pelada? – Ben gargalhou.
- Eu não danço pelada, seu filho da puta. – Salma deu um tapa nele, que se encolheu.
- Vai dizer que aquilo é roupa? – ele não se conteve.
- Eu seria uma boa dançarina de caixa de vidro. – falei, firme.
- Acho melhor vender seu rim se pensa em ganhar dinheiro na Babilônia. Nem o senhor Casanova contrataria você... Principalmente se a escolha dependesse ele. – Ben disse.
- E passa por ele sim. – Salma explicou. – Teste de dança, professora que ensina coreografia e depois a última fase é dançar para ele.
- Na caixa de vidro? – perguntei.
- Não. Ao vivo e a cores, a poucos metros de distância.
- Ele é um tarado doente. Depois ele faz o teste drive? – Perguntei, atônita.
- Não sei com as outras. Comigo ele não fez. E agora, com Cindy no pé dele, duvido que haja teste drive. Eu bem que queria... Ser o teste drive dele.
- Heitor Casanova é um desclassificado barato. – Dei de ombros.
- Barato ele não é não, Babi. – Ben riu.
- Eu não quero falar de Heitor Casanova. Quero falar do Bon Jovi.
- Por que, se você não vai, my cherry?
- Eu vou morrer... – fechei meus olhos, me recostando no encosto do sofá. – Vou assistir da rua. Assim ouço a voz dele de perto.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...