- Você já me ajuda tanto... Sendo Mandy Novaes, minha avó que tanto amo.
Ela levantou e me abraçou, mesmo à mesa.
- Amo você, Babi.
- E não estou falando isso porque você fez macarrão para mim. – Comecei a rir.
- Macarrão e pizza... É só isso que você come, menina. Carboidrato em cima de carboidrato. Vai ficar doente.
- Vou nada...
Ela saiu e voltou com um pacote, me entregando.
- O que é?
- Abra.
- Vó...
- Um presente. Não vai rejeitar, não é mesmo? Ficarei extremamente ofendida se fizer isso.
Retirei da sacola a caixa, rasguei a embalagem e abri. Era um celular de última geração.
Olhei para minha avó, sem saber o que dizer.
- Diga só obrigada. – Ela sorriu. – Sei que conseguir um emprego sem ter no mínimo um celular é bem difícil. Além do mais, não quero ter que incomodar Ben ou Salma cada vez que tiver que falar com você.
- Obrigada, vó. – falei, levantando da cadeira e abraçando-a.
Eu poderia negar, mas viver sem celular era simplesmente a pior coisa do mundo.
- Eu sei que Bon Jovi vai estar em Noriah Norte. – Ela disse, como quem não quer nada.
Bem que ela poderia me oferecer um ingresso. Confesso que aceitaria de bom grado, sem fazer drama.
No entanto, ela disse:
- Que loucura os preços dos ingressos. Pesquisei, pensando em lhe fazer um agrado. Mas não teria coragem de pagar o que querem para ver um homem gritando num microfone por uma hora. É quase o preço de um bezerro.
- Sim... Um bezerro. – Arqueei a sobrancelha, confusa com a comparação dela.
Ok, o ingresso do Bon Jovi não ia rolar. Vó, posso trocar meu celular por um ingresso? Não, eu não teria coragem de falar aquilo.
- Além do mais, lembrei que você não é mais aquela adolescente louca pelo homem do pôster da parede. – Ela sorriu. – Já tem 27 anos...
- Sim... – sorri, fingindo concordar.
Vó, é o Bon Jovi. Eu vou amar ele quando eu tiver 60 anos da mesma forma de quando eu tinha 15. Sabe que pensei em vender meu rim por um ingresso? O que acha disso, vó? Ah, sei... Acha que eu cresci. Sim, mas quando se trata deste homem aí, que você comparou com o bezerro, eu continuo adolescente.
Passei um final de semana agradável com Mandy. Ela era tranquila e passava sua serenidade para mim, que estava sempre a mil por hora. Então sair do tumulto da capital de Noriah Norte e ir para o interior me trazia uma certa paz que eu não conseguia explicar muito bem.
Na tarde de domingo, eu estava sentada na rede da varanda, quando ela veio com uma caixa.
- O que é isso? – perguntei, curiosa, vendo o caixote antigo, em madeira nobre.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...