Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 271

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- Por Deus, Bárbara... O que houve? – Sebastian implorou, a voz embargada.

- Ela não sabe nadar... Deve ter se afogado. – Heitor explicou.

Pisquei os olhos repetidas vezes, sentindo o corpo voltar a ficar quente. Nicolete entrou trazendo uma xícara fumegante numa bandeja:

- Vamos beber um chá, querida. Precisa se aquecer. É calmante. E não se preocupe, tudo vai ficar bem. A víbora está viva.

Ela me ajudou a sentar, enquanto Heitor cobriu meu corpo com uma manta fina, evitando expor minha nudez. Tomei o chá e senti o aquecimento interno.

Suspirei e comecei a chorar, copiosamente, com tristeza, sentindo as lágrimas quentes e generosas caírem pela minha face ruborizada.

Heitor sentou ao meu lado e abraçou-me. Senti seu corpo no meu e a segurança voltar novamente. Ele não questionou o que houve ou o motivo pelo qual fiz aquilo. Simplesmente me abraçou, demonstrando estar do meu lado.

Levantei a cabeça, repousando o queixo no ombro dele e estendi minha mão na direção de Sebastian, que sentou na cama e pegou-a, enlaçando os dedos nos meus.

- Está tudo bem... Pare de chorar que passou... – Sebastian disse, olhando nos meus olhos.

- Deixe-a chorar... Ela precisa botar para fora os sentimentos... – Nicolete disse firmemente, deixando claro sua experiência.

Não sei quanto tempo fiquei ali, na mesma posição, sem ser questionada, apenas sentindo o coração do meu noivo junto do meu e seus braços fortes me amparando, assim como a mão gentil do meu irmão, com a certeza de que podia contar com eles, não importava o motivo que fosse.

Soltei a mão de Sebastian, limpei as lágrimas e me senti um pouco melhor, voltando a mim mesma.

Heitor me deu um beijo no rosto e retirou o próprio casaco, jogando-o longe.

- Onde está Maria? – Perguntei, preocupada.

- Ela está com Ben e Anon. Ele foi trocá-la. – Nicolete avisou.

- Celine tentou matar Maria... – balancei a cabeça, aturdida, relembrando da cena, tentando não deixar as lágrimas voltarem – Ela estava com a nossa filha, Heitor. Levou-a para a cobertura... E chamou-a para dentro da água... Maria foi e caiu e...

- Eu... Não acredito que esta doida fez isso... – Sebastian levantou imediatamente, furioso.

- Não acredita? – Perguntei, confusa.

Ele suspirou:

- Modo de falar, Babi. Eu sei que ela é capaz de qualquer coisa. Não esqueça que ela fez a minha mãe perder o bebê. Além de tudo o possível para me separar de Milena.

- Bárbara... Você que retirou Malu da água? – Heitor olhou nos meus olhos.

- Sim... E eu nem sei como...

- Ela não sabe nadar – Heitor repetiu para Sebastian – Tem noção que as duas poderiam ter morrido?

- Eu não matei Celine? – Perguntei, tentando levantar da cama, contida por Heitor.

- Não... Ela abriu os olhos – disse Nicolete – Viva está... Mas creio que bem, não.

- Então eu vou matar de novo – fiz menção de levantar, contida novamente por Heitor e Sebastian - Eu preciso ir até lá... Saber o motivo que ela tanto odeia a nossa filha... Ela é só uma criança, Heitor.

- Acho melhor deixá-la ir, Heitor. Esta situação precisa ser finalizada e Celine pagar pelo que fez.

- Não quero que Bárbara fique nervosa. Ela estava em estado de choque... Acalmou-se agora. Não podemos expô-la novamente a uma situação desta.

- Eu quero falar com ela, Heitor... Por favor. – Implorei.

- Vamos, precisamos saber o que aconteceu de fato. Celine precisa se explicar para todos e quero saber como ela ficou. Porque ainda pode tentar incriminar Babi. – Sebastian disse firmemente.

- Eu... Vou pegar uma roupa para ela. Poderia nos deixar a sós, por favor? – Heitor se dirigiu ao armário, abrindo em busca de roupas secas para mim.

Sebastian me deu um beijo na testa e saiu, fechando a porta, junto de Nicolete.

Heitor me ajudou a pôr uma roupa e antes de sairmos pela porta, parei na frente dele, levantando o rosto na sua direção:

- O inimigo mora dentro da nossa própria casa...

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