Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 275

- Eu vou lhe mostrar, não se preocupe. Aliás, nós dois vamos lhe apresentar. – Ele sorriu e olhou em direção ao próprio pau.

- Como você consegue ser tão safado?

Ele me puxou pela cintura:

- Como você consegue ser tão persuasiva?

- É meu jeitinho meigo.

Ele gargalhou e pôs os lábios no meu pescoço, dando um leve chupão finalizado com uma lambida com a língua quente:

- Você me tem nas suas mãos, Bárbara! E eu nem sei como consegui ficar assim, tão entregue a você.

- E você tem meu coração, Heitor Casanova, desclassificado mor, o homem que fez ter sentimentos muito, mas muito profundos... – Beijei sua boca, tentando não me preocupar com mais nada.

Sim, porque uma hora eu teria que parar de pensar no pior. E por hora, sair de Noriah Norte era a melhor saída.

Assim que chegamos no apartamento, encontramos uma Nicolete confusa e atrapalhada, descendo uma mala pelas escadas:

- Que bom que vocês avisam com antecedência sobre viagens. Eu tinha entendido que não haveria lua de mel...

- Não haveria. Mas enfim, eu tenho uma esposa que gosta de me surpreender... – Heitor explicou.

Ouvimos a campainha. A empregada foi abrir a porta. Paramos olhando em direção à porta.

Sebastian entrou ao mesmo tempo que Ben descia com Maria Lua.

Todos ficamos atônitos vendo meu irmão com um filhote de gato cinza claro nos braços, trazendo como se fosse um bebê.

- Eu tinha entendido que você se mudaria para o mesmo condomínio que nós porque queria ter cachorros – Heitor arqueou a sobrancelha – Mas gatinhos são mais a sua cara – debochou – Ainda mais com laço vermelho no pescoço.

- Malu, olha o que o titio trouxe. – Sebastian abaixou-se, mostrando o gato para ela.

Maria começou a remexer-se no colo de Ben, que desceu quase correndo as escadas, o mais rápido que podia. Assim que chegaram ao final do último degrau, ele soltou-a.

Ela andou a passos curtos e precisos até a direção de Sebastian, gargalhando. Quando viu o gato, pegou-o imediatamente, de qualquer jeito, deixando cair.

Sebastian juntou e colocou-o junto dela novamente, fazendo-a acariciar o animal:

- É um presente para você. Toda criança precisa de um animal de estimação.

- Um gato? Não... Eu sou alérgico a gatos – Heitor disse firmemente – Se você acha que toda criança precisa de um animal de estimação, por que não comprou um peixe?

- Porque um peixe não tem graça.

- Claro que tem. Eu já tive um peixe.

- Aposto que daqueles que nadam solitários numa bola de vidro. Devia ser laranja, acertei? E morreu porque você esqueceu de alimentar.

- Não! Morreu de velho – Nicolete falou – Mas ele nem sequer se importava com o peixe – Ela veio em direção ao gato, abaixando-se a acariciando.

- Fez o enterro do seu peixe? – Sebastian perguntou seriamente.

- Claro que não! Era só um peixe, porra!

- Não fale palavrões na frente da pequena, Heitor – Sebastian criticou – Eu enterrei meu peixe no fundo do quintal. Meu cachorro desenterrou e comeu. Foi horrível.

- Meu Deus, que tipo de pessoa você é? – Heitor ficou pasmo.

- Ele tem alergia a gatos? – Olhei para Nicolete preocupada.

- Quando era criança, tinha. Por isso só teve um peixe, que viveu quase uma década eu acho. Não tenho certeza se ainda ele é...

Heitor espirrou e logo disse:

- Foi o gato. Leve de volta.

Maria Lua veio até nós e levantou o gato pelo rabo na direção de Heitor:

- Papai... Meu. – Falou, sorrindo.

Ele se derreteu antes do gato cair e correr na direção dele, tentando subir pela sua calça, puxando um fio do tecido na mesma hora.

- Devo providenciar colherinhas, Thorzinho? – Ben perguntou debochadamente.

- Não... Providencie uma faca, Ben. Eu vou matar Sebastian.

O gato saiu correndo e Malu gritando feliz atrás dele.

- Ah, Heitor, ela ficou feliz. – Falei.

- É um gato! Eu sou alérgico. – Ele espirrou de novo.

- Se é só espirros está de boa, Thorzinho – Ben bateu nas costas dele – Aposto que ele vai adorar andar de jatinho particular.

- Jatinho particular? – Sebastian olhou para as malas – Onde vocês vão?

- Por que quer saber? Vai junto? – Heitor foi sarcástico.

- Sempre pensei em viajar para um lugar qualquer... Onde vamos mesmo?

- Sem destino.

- Este mesmo. Meu sonho conhecer este lugar.

- Isso é uma fuga, não é mesmo? Vocês podem deixar o país? E a certidão de Malu? – Ben perguntou.

- Daniel disse que é o pai de Maria Lua – falei – Isso aconteceu hoje, a menos de uma hora atrás.

- Como assim? Isso... É possível? – Ben ficou confuso.

- Eu acho que não. Ele está blefando. – Heitor deu sua opinião.

- E se não estiver? Ele deixou claro que era só fazer o DNA quantas vezes quisesse.

- Eu mesmo falei isso para Breno e Anya, lembra-se? – Heitor disse, tranquilamente, parecendo que aquele assunto não lhe preocupava de forma alguma.

- E vocês vão para onde? – Sebastian perguntou – Tem todo o processo de guarda tramitando.

- Liguei no caminho para os advogados e qualquer coisa vamos alegar que foi viagem de lua de mel. Como o voo é particular, podemos burlar a questão da certidão da nossa filha. Estaremos aqui em breve, antes de darem o veredicto.

- E a North B... A Babilônia? Você sempre alegou que não queria deixar... – Ben questionou.

- Você vai cuidar da Babilônia, Ben. Sei que fará isso com o mesmo amor que eu tenho àquele lugar.

- Jura, Thorzinho? Eu... Até me emocionei agora. – Ben abraçou-o, fascinado com a confiança que Heitor depositava nele.

- E a North B.? – perguntei – Já pensou nisso?

- Sim. Sebastian fica na North B.

- Como? – Eu e Sebastian perguntamos ao mesmo tempo.

- Me diga que aceita, “querido cunhado”.

- Só pode estar brincando!

- Eu não brincaria com algo tão sério quanto a North Bárbara. – Heitor disse.

- North Beatriz. – Ben lembrou.

- Agora é minha oficialmente. Então é North Bárbara.

- Ah, não importa, Heitor. Afinal, é North B. E... E você quer deixar tudo que tem nas mãos de meu irmão?

Aquela pergunta não era uma crítica. Pelo contrário... Eu estava completamente maravilhada com a atitude dela. Quando eu pensava que nada mais vindo daquele homem pudesse me surpreender, ele vinha e me provava que sim, que podia surpreender-me o tempo todo.

- Eu não faria isso. – Sebastian disse.

- Por mim. – Pedi, com as mãos juntas, em prece.

- Isso... É jogo sujo, Babi.

- Você me deve isso, “cunhado” – Heitor espirrou – Trouxe um gato para dentro da minha casa.

- Aliás, vou ver se ele ainda está vivo. – Ben saiu procurando Maria Lua.

- Eu cuido da North B., Heitor. Em troca, vocês viajam para minhas terras. Quero que Bárbara conheça o lugar onde nasci e me criei... E que poderíamos ter vivido juntos. É parte dela... Mesmo que não queira, tem sangue Perrone, Babi. – Olhou na minha direção.

- Eu aceito, Sebastian. – Falei imediatamente.

Eu só queria partir de Noriah Norte o mais rápido possível, pois Daniel tinha me deixado completamente assustada com a possibilidade de ser pai de Maria Lua.

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