Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 274

Heitor pegou o telefone da minha mão. Fiquei imóvel. Não sei se tinha mais forças para lutar contra tudo que estava acontecendo. Aquilo parecia um pesadelo sem fim.

Peguei o telefone de volta das mãos de Heitor, sem ouvir o que ele tinha dito ou deixá-lo terminar:

- É mentira, Daniel! Você não é o pai dela. Eu apresentei você e Salma e lembro muito bem disso. Trabalhavam no mesmo lugar, mas só se conheciam de vista. E Salma estava grávida quando você foi pela primeira vez no nosso apartamento.

- Eu transei com ela antes, Babi. Numa noite em que ela saiu da Babilônia tão bêbada que não lembrava sequer do próprio nome. Ela pouco se importava com preservativo. Gostava de ser fodida de qualquer jeito...

- Mentiroso! – gritei - O que quer agora? Dinheiro? Bens? Para você e Anya e Breno?

- Tenho DNA em mãos, Babi. E se vocês leram os diários, saberão que Salma transou comigo, pois ela menciona.

- Por que você não teria dito isso antes, caso isso fosse verdade? Por que só agora?

- Porque eu não queria porra nenhuma de filho. E também não tinha passado pela minha cabeça essa loucura toda.

- Mas Salma deixava claro que o bebê era de Heitor.

- Eu transei com ela antes, Babi. Maria Lua é minha.

- Você... Nem se parece com ela. – Aleguei, sem saber o que falar naquele momento.

- Jura? Ela é a cara de Heitor e não é filha dele. – Deu uma risada debochada do outro lado da linha – Podem fazer mais exames de DNA, inclusive em laboratórios diferentes, só para terem certeza.

- Quanto você quer?

- Nada. Eu quero a minha filha. E vou tirá-la de você, linda e gostosa Babi.

- O que ganha com isso? Eu sei que você não quer a menina, Daniel. Só se importa com dinheiro.

- Não mais. Quero minha filha e ponto final. Sei que vocês entraram com o pedido de guarda. E eu vou apresentar os documentos que provam que Maria é minha filha e de Salma.

- Eu... Nós podemos pagar. O que você quiser.

- Vocês não foram muito bondosos comigo, Babi. Então não quero mais negociar. Sou um homem honesto. Tudo que quero é viver em paz com minha filha. – Falou enquanto ria.

Heitor pegou o telefone da minha mão e desligou. Olhei-o, sentindo meu coração bater fortemente, sem saber o que dizer. Minhas pernas estavam trêmulas.

- Chega disto, Bárbara! Vamos deixar o juiz decidir. Daniel pode estar blefando. Qualquer um pode ser o pai biológico de Maria Lua. Mas sabemos que nós somos os verdadeiros pais dela, meu amor. Nada tirará esta criança de nós. Eu prometo.

- E se ele for o pai, Heitor? Agora ele não quer mais nem dinheiro...

- E não há mesmo como seguir dando dinheiro pela nossa filha para sempre, como se ela fosse uma mercadoria, algo que alugássemos para ter. Chega, Bárbara. Vamos enfrentar.

Encarei Heitor, sem saber se deveria ou não dizer o que estava pensando naquele momento.

- Eu vou matar Daniel, Bárbara. Nem que seja a última coisa que faça. Ainda mais agora, que o desgraçado me impediu de fazer amor com minha esposa na inauguração da nossa casa. Nada pode me deixar mais puto que isso: acabarem com nosso tesão, desclassificada.

- Heitor... Não acredito que esteja preocupado com isso.

- Estou... Porque sinceramente, não me preocupo com a questão de Maria Lua. Ninguém vai tirá-la de nós. Daniel está mentindo... Nos testando. Estou tranquilo quanto a tudo.

- Heitor, se Daniel for o pai, estamos fodidos.

- E se não for ele e estiver mentindo? Não acredito nele... Principalmente por não querer dinheiro desta vez.

Olhei para o interior da casa maravilhosa. A sala enorme, com pé direito alto, bem iluminada, com vidros por todos os lados, deixando o sol entrar diretamente em todo ambiente. Adiante, uma sala um pouco menor, com uma sala de jantar, rodeada de espelhos.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas