- Depois de Malu e Anon, não é mesmo? – ironizei – Fiquei chateada quando confessou que sou a terceira na sua lista de amor verdadeiro.
Anon olhou para Ben, arqueando a sobrancelha:
- Você me ama, Ben?
Ah, porra, eu não acredito que Ben não havia dito a Anon ainda!
- Amor? Eu disse amor? Não, eu quis dizer “sentimentos profundos”. – Tentei disfarçar.
- Ben, abra o console no painel, na sua frente, por favor. – Heitor pediu.
- Agora? Sim... – Ben concordou, abrindo – O que precisa, Thorzinho? Não tem nada aqui.
- Achei que pudesse ter uma colherinha. Creio que nosso amigo Anon está precisando. – Heitor começou a rir debochadamente.
- Colherinha? Por que eu precisaria de colher, senhor? – Anon perguntou, confuso.
- Sabe o que eu mais gosto neste bando de doidos? – Ben tocou o braço de Anon – É que temos uma criança sequestrada, várias vidas em perigo e o dono da porra toda me prega uma peça perguntando se há colherinhas para o meu homem... Tenho certeza de que outro como você não existe, Thorzinho! Ao menos não tão parecido com a minha Babi.
Peguei a mão de Heitor e apertei-a contra meus dedos. A escuridão tomava conta do interior do carro e a única claridade que havia era dos faróis na estrada completamente branca de neve.
- A estrada está escorregadia – Anon falou – Não estou acostumado a dirigir na neve, senhor.
- Quer que eu dirija, Anon?
- Claro que não, senhor.
- Anonzinho consegue, Thorzinho. – Ben falou.
Quando eu ia perguntar se demoraria muito, o carro parou, de frente para uma propriedade com cerca de madeira e um portão grande, mal fechado.
- É aqui, conforme o GPS. – Anon avisou.
- Não é melhor vocês levarem uma camiseta branca, balançando para cima? – Ben sugeriu – Por que se Daniel olhar para fora e não os reconhecer... E se ele achar que é a Polícia? Bandeira branca é sinal de paz.
- Não estamos em sinal de paz, Ben. – Heitor abriu a porta do carro.
- Vou escolta-los armado, senhor. Quando chegar perto da casa, aguardo mais distante.
- Ok.
Desci do carro, sentindo o ar gélido novamente. Ben tentou abrir a porta e Anon impediu com o próprio corpo:
- Você fica aqui, Ben.
- Não... Nem pensar. Não vou ficar aqui sozinho. Se ouvir tiros eu morro do coração... E se ver fantasmas morro também. Não tem uma viva alma nesta porra de lugar.
Ben retirou uma arma de dentro do casaco e engatilhou, entregando a Ben:
- Qualquer coisa suspeita que ver, atire.
- Anonzinho, eu nunca dei um tiro na vida.
- Para tudo existe uma primeira vez. É arriscado você ir junto e não vou deixá-lo aqui desprotegido.
Ben pegou a arma cuidadosamente:
- Por meus sais... Se isto disparar acidentalmente e eu me matar?
Anon alisou o rosto dele e disse, abaixando-se em sua altura:
- Eu confio em você, ok? Vai dar tudo certo.
- Ah, Anonzinho. Eu amo você... Preciso confessar isso.
Anon nos olhou. Fiquei ali, imóvel, assistindo a tudo como se fosse uma novela no penúltimo capítulo.
- Acho... Que podemos ir andando devagar, Bárbara. – Heitor disse.
- Não... Eu quero ver o beijo. – Falei, seriamente.
- Senhora Bongiove, eu não faria isso na sua frente.
- Imagine, Anon, fique à vontade. Eu não vou me importar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...