Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 285

- Depois de Malu e Anon, não é mesmo? – ironizei – Fiquei chateada quando confessou que sou a terceira na sua lista de amor verdadeiro.

Anon olhou para Ben, arqueando a sobrancelha:

- Você me ama, Ben?

Ah, porra, eu não acredito que Ben não havia dito a Anon ainda!

- Amor? Eu disse amor? Não, eu quis dizer “sentimentos profundos”. – Tentei disfarçar.

- Ben, abra o console no painel, na sua frente, por favor. – Heitor pediu.

- Agora? Sim... – Ben concordou, abrindo – O que precisa, Thorzinho? Não tem nada aqui.

- Achei que pudesse ter uma colherinha. Creio que nosso amigo Anon está precisando. – Heitor começou a rir debochadamente.

- Colherinha? Por que eu precisaria de colher, senhor? – Anon perguntou, confuso.

- Sabe o que eu mais gosto neste bando de doidos? – Ben tocou o braço de Anon – É que temos uma criança sequestrada, várias vidas em perigo e o dono da porra toda me prega uma peça perguntando se há colherinhas para o meu homem... Tenho certeza de que outro como você não existe, Thorzinho! Ao menos não tão parecido com a minha Babi.

Peguei a mão de Heitor e apertei-a contra meus dedos. A escuridão tomava conta do interior do carro e a única claridade que havia era dos faróis na estrada completamente branca de neve.

- A estrada está escorregadia – Anon falou – Não estou acostumado a dirigir na neve, senhor.

- Quer que eu dirija, Anon?

- Claro que não, senhor.

- Anonzinho consegue, Thorzinho. – Ben falou.

Quando eu ia perguntar se demoraria muito, o carro parou, de frente para uma propriedade com cerca de madeira e um portão grande, mal fechado.

- É aqui, conforme o GPS. – Anon avisou.

- Não é melhor vocês levarem uma camiseta branca, balançando para cima? – Ben sugeriu – Por que se Daniel olhar para fora e não os reconhecer... E se ele achar que é a Polícia? Bandeira branca é sinal de paz.

- Não estamos em sinal de paz, Ben. – Heitor abriu a porta do carro.

- Vou escolta-los armado, senhor. Quando chegar perto da casa, aguardo mais distante.

- Ok.

Desci do carro, sentindo o ar gélido novamente. Ben tentou abrir a porta e Anon impediu com o próprio corpo:

- Você fica aqui, Ben.

- Não... Nem pensar. Não vou ficar aqui sozinho. Se ouvir tiros eu morro do coração... E se ver fantasmas morro também. Não tem uma viva alma nesta porra de lugar.

Ben retirou uma arma de dentro do casaco e engatilhou, entregando a Ben:

- Qualquer coisa suspeita que ver, atire.

- Anonzinho, eu nunca dei um tiro na vida.

- Para tudo existe uma primeira vez. É arriscado você ir junto e não vou deixá-lo aqui desprotegido.

Ben pegou a arma cuidadosamente:

- Por meus sais... Se isto disparar acidentalmente e eu me matar?

Anon alisou o rosto dele e disse, abaixando-se em sua altura:

- Eu confio em você, ok? Vai dar tudo certo.

- Ah, Anonzinho. Eu amo você... Preciso confessar isso.

Anon nos olhou. Fiquei ali, imóvel, assistindo a tudo como se fosse uma novela no penúltimo capítulo.

- Acho... Que podemos ir andando devagar, Bárbara. – Heitor disse.

- Não... Eu quero ver o beijo. – Falei, seriamente.

- Senhora Bongiove, eu não faria isso na sua frente.

- Imagine, Anon, fique à vontade. Eu não vou me importar.

- Mas Heitor, me parece que ele sabe que não vai ganhar nada disso tudo. Os pedidos dele foram completamente absurdos.

- Senhor, eu vou ficar por aqui. Consigo me esconder atrás deste arbusto e visualizar vocês daqui. Ficarei com arma em punho. – Disse Anon.

- Ok, Anon.

- Heitor, nós vamos nos separar. – Falei.

- Como assim?

- Eu vou ir na frente e bater na porta.

- Não foi este o combinado, Bárbara.

- Não pode ser nós dois juntos. Eu bato, Daniel aparece e você o pega. Ele vai estar desprevenido e confuso quando me vir.

- Ele saberá que não está sozinha.

- Precisamos ao menos tentar.

Ele balançou a cabeça:

- Você é doida.

Soltei a mão dele e segui, me distanciando um pouco. Andávamos na mesma velocidade. Conforme ia me aproximando, começava a sentir meu coração batendo mais e mais forte. E se Maria Lua estivesse chorando? E se ela não estivesse ali? E se Daniel não estivesse mais ali?

Quando cheguei na varanda, percebi luz ligada no interior da casa. Olhei para todos os lados e não avistei ninguém, sequer Anon. Heitor estava próximo da varanda, mas não entrou.

Respirei fundo e bati na porta. Minhas mãos estavam trêmulas. Demorou até que eu ouvisse passos.

- Quem é? – Perguntou a voz feminina do outro lado da porta.

Uma mulher? Aquela voz não era estranha... Enruguei a testa, tentando encontrar uma resposta:

- Sograsta? – Falei, confusa, ao mesmo tempo que a porta se abriu e vi Celine, com Maria no colo.

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