Maserati... Ah, Maserati!
Fui andando devagar até o estacionamento do Deus da porra toda, tarado, patife, desclassificado.
- Oi... – falei para o segurança que estava próximo dali atento a tudo.
- Pois não. Posso ajudá-la?
- Pode sim. Tem um tal de... Acho que é Anon o nome dele. Conhece alguém com este nome?
- Sim. – Ele me olhou atentamente, ficando ereto quando mencionei o nome do segurança de Casanova.
- Ele pediu para avisar que precisa que você suba imediatamente até o 21º andar. Parece que algumas garotas nuas invadiram a sala do senhor Casanova.
- Meu Deus! – ele saiu correndo.
- Oi, Maserati. Agora somos eu e você. E sei que seu dono pode pouco se importar com qualquer coisa... Menos com você. Deve ser o nenenzinho dele... Assim como seria o meu, caso eu fosse sua dona. Então, me perdoe pelo que vou fazer. Não é nada pessoal, juro.
Peguei a chave do apartamento e comecei na porta traseira, riscando com força, tirando a tinta, até chegar no final da porta dianteira. Quando acabei, admirei meu trabalho. Até que minha letra não era ruim escrita na lataria de um Maserati.
Virei as costas e saí dali, tranquilamente, feliz com o resultado do meu trabalho. Heitor Casanova, saiba que sou muito criativa. E verá isso na prática.
Andei duas quadras quando um carro parou ao meu lado. O vidro desceu e vi Daniel:
- Babi?
- Daniel? Quanto tempo!
- E você está viva?
- Bem viva. – sorri.
Ele desligou o carro e desceu, vindo até mim e me dando um forte abraço:
- Tentei ligar... Seu número dava inexistente.
- Uma longa história. Fui roubada.
- Como?
- Por um prostituto pilantra e desclassificado.
Ele riu:
- Adoro seus adjetivos para os homens que encontra no caminho.
- Não são adjetivos.
Ele riu, parecendo não acreditar em mim.
- Está trabalhando de motorista?
- Sim.
- Me diga: você nunca descansa?
- Raramente. – Sorriu.
Daniel era um homem batalhador. Trabalhava dia e noite. Este sim merecia meu respeito. Percebi os cabelos molhados e aspirei o cheiro de shampoo.
- Recém-saído do banho. – Observei. – Do bar para o carro.
- Exatamente. Quer me cheirar? – ele perguntou.
- Claro que não. – falei envergonhada.
Ele riu:
- Eu soube que o emprego não deu certo no restaurante.
- Não deu mesmo.
- E você já encontrou algo?
- Não... Aliás, acabei de sair de uma entrevista. E você não vai acreditar com quem.
- Quem?
- O desclassificado mor.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...