Me colocaram sentada numa cadeira, vigiada por um policial, enquanto o delegado atendia outras pessoas que estavam na minha frente. Percebi claramente que o meu “crime” era o mais leve ali.
Enquanto eu aguardava na fila dos delinquentes, batia meu tênis insistentemente no chão, ansiosa, até que vi Ben e Daniel entrando.
Ben quase atropelou o policial e veio até mim, correndo. Levantei e nos abraçamos.
- O que houve, meu amor? O que fizeram com você?
- Ben, o desgraçado do Casanova me acusou injustamente. – Menti.
- De que?
- Eu... Não sei.
- Babi, me diga que você não se meteu com o CEO da Babilônia, por favor. – Ben olhou nos meus olhos.
- Ele não é só CEO da Babilônia. É CEO da North B. também. – Daniel explicou.
Ben me encarou:
- Você é só uma pedrinha no sapato dele... Sabe disto, não é mesmo?
Assenti, assustada e me dando em conta do que eu tinha feito e o quanto poderia complicar ainda mais a minha vida, que já era mais que difícil.
Antes de eu me arrepender por completo, o Delegado chamou meu nome.
Levantei e Ben e Daniel foram comigo.
O policial abriu a porta e sentei na frente do delegado, amedrontada.
- São seus advogados? – ele perguntou.
- Amigos. E já digo: ela não fez nada. – Ben sentou ao meu lado, cruzando as pernas enquanto Daniel colocou as mãos sobre meus ombros, mostrando que também estava comigo.
Ele leu um papel que tinha em sua frente e disse:
- Quem, em juízo perfeito, provocaria Heitor Casanova? – me encarou.
- Ele me provocou primeiro... E eu posso provar.
- Então prove, senhorita Novaes. – O delegado se recostou na cadeira, espreguiçando-se. – Sinceramente, estou curioso com suas explicações.
- Heitor Casanova me chamou de bêbada, assassina, atrevida e louca.
- E você, então... O que fez?
- Eu fiquei puta e...
- Não use palavras deste tipo aqui, senhorita Novaes. – Ele falou em tom de voz alto.
Me encolhi:
- Eu fiquei... Furiosa e...
- E veio até mim. Consolei-a e disse: vamos embora, minha amiga. – Ben olhou para o delegado. – Então fomos para casa. E Babi precisou sair de novo e então a prenderam, injustamente, confundindo-a com outra pessoa, só pode.
- Hum... – ele olhou novamente para o papel na sua frente. – Como é mesmo o seu nome? – ser referiu a Ben.
- Benício, mas pode me chamar de Ben. Odeio que me chamem de Benício.
- Pois bem, “senhor Benício”. – Ele enfatizou o nome que Ben disse odiar. – Não o vi nas câmeras do prédio da North B., enquanto a senhorita Novaes escrevia “desclassificado”, riscando com uma chave, no Maserati comprado há exatos seis meses pelo senhor Heitor Casanova.
Ben começou a tossir sem parar, quase se afogando, enquanto colocava a mão no peito, parecendo numa crise de ansiedade.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...