Estava pichado na fachada do prédio “LOUCA DESCLASSIFICADA”. E claro que aquilo era obra dele: Heitor Casanova.
- Olhem o que este desgraçado fez! – fiquei puta, aturdida, sem raciocinar direito.
- Não acho que tenha sido exatamente ele. Certamente pagou alguém para fazer. – Ben virou a cabeça de lado, acompanhando a escrita.
- A parte boa é... Que ninguém sabe que é para você. – Salma falou, estreitando os olhos, pensativa.
- Se eu o visse neste instante, daria tanto na cara dele... Até não suportar mais de cansaço nas mãos. – Cheguei a imaginar a cena na minha cabeça.
- Teria que subir num banquinho, cherry. – Ben falou seriamente.
- Ben, seu idiota desclassificado.
- Se eu fosse você não usava mais esta palavra. Está ficando perigoso, Babi. – Ele reagiu.
Peguei meu celular e tirei uma foto da fachada com o escrito.
- O que vai fazer com isso? – Salma perguntou.
- Levar para o Delegado e mostrar o que Heitor Casanova fez. Vou exigir que ele me pague pelos danos morais e...
- Não vai fazer nada. – Ben pegou o telefone da minha mão. – Ontem você estava na delegacia por causa deste homem, quase presa. Vai se meter com ele de novo?
- Esta é uma forma de recuperar minhas joias. Ele me acusou e tive que entregar tudo que eu tinha a ele. Agora foi ele que deteriorou a fachada de um prédio... E ainda foi ofensivo comigo. Vou pedir minhas joias de novo ou não retiro a queixa.
- Babi, entenda que ele não vai ser preso. O próprio delegado disse que faria vistas grossas ao seu caso se não fosse um Casanova acusando. Acha que tem cacife ou peito para enfrentar esta gente? Não, você não tem, minha linda.
- Ele tem razão, Babi. Afinal... Tudo isso é muito estranho. Pensa na vida de Heitor Casanova... E tudo que ele tem... De compromissos. Por que se deu ao trabalho de mandar alguém irritá-la... Ou mesmo se vingar de você? Ou o CEO mais poderoso de Noriah Norte está interessado em você... Ou quer seu sangue e o seu fim. – Salma falou calmamente. – E se ele quiser acabar com sua raça... Você está fodida, amiga.
- Ah, Salma, ela está fodida dos dois jeitos, neste caso. – Ben sorriu debochadamente, me encarando. – Eu acho que a primeira opção é mais provável.
Eu gargalhei:
- Jura que vocês chegaram a pensar isso? Ele me odeia... Porque interrompi o boquete dele, porque o enfrentei, porque disse que ele fazia xixi sentado, porque o ameacei, porque disse verdades que aposto que nunca alguém lhe disse. Foi ódio à primeira vista entre nós dois... Acreditem. E gente, é Heitor Casanova. Eu sou Babi Novaes, a pobre desempregada azarada. Jamais um homem como ele se interessaria por mim. E não é por questão de baixa estima que digo isso, não. É porque isso não acontece na vida real... Só nos filmes. Até Sebastian Perrone fugiu de mim. E o principal: jamais eu me interessaria por um tipo como este Casanova. Só de pensar nele me tocando eu sinto náusea.
- Mas que ele é lindo, ninguém pode negar. – Salma falou.
- Não mesmo. – Ben confirmou. – Estou querendo dizer que ninguém pode negar... Que é lindo e perfeito.
- Prefiro... Prefiro... Jardel.
Os dois me olharam e começaram a rir.
- Ei, o que foi? Estou sendo sincera.
- Trocando o sujo pelo mal lavado? – Ben foi irônico.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...