Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 36

Resumo de Allan C e o início das 48 horas (II): Como odiar um CEO em 48 horas

Resumo de Allan C e o início das 48 horas (II) – Uma virada em Como odiar um CEO em 48 horas de GoodNovel

Allan C e o início das 48 horas (II) mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Como odiar um CEO em 48 horas, escrito por GoodNovel. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Quando percebi os olhos dele nos meus, perguntei, um pouco encabulada, tentando me justificar:

- Estava tentando identificar a cor dos seus olhos.

- Oficialmente verdes. – Sorriu gentilmente. – Embora algumas pessoas achem que são azuis.

- Eu achei que eram azuis. – Bati a mão na perna, sabendo que tinha errado.

- Azuis são os seus. – Observou.

- Iguais os da minha mãe... E da minha avó. – Fiz questão de falar, orgulhosa.

- Senhor, já faz meia hora... – o homem que o acompanhava falou. – Não está cansado? Quer que eu relembre que o senhor está aqui?

- Não precisa. – Ele levantou a mão, confirmando que estava bem.

A cadeira de rodas dele era enorme e tinha vários botões. Certamente de última geração.

- Não sei qual é o seu horário, mas pode passar na minha frente se quiser. Não tenho nada para fazer mesmo... Sou uma desempregada. – Sorri da minha condição.

- Estou aguardando o resultado de alguns exames. Não tenho pressa também.

- Eu... Bem... Nunca vi um homem ir ao Ginecologista. Eu jurava que só mulheres que eram atendidas por eles. – falei confusa, mas sincera, já que aquela curiosidade me corroía por dentro.

Ele gargalhou e vi que o homem que o acompanhava também disfarçou o riso.

- Eu não vou ao Ginecologista. – Explicou. – Aguardo o Reumatologista, que atende naquele consultório ali. – Apontou para a porta.

- Mil perdões... Não quis ofendê-lo. Mas confesso que fiquei curiosa. Nunca tinha visto homens por aqui.

- Eu também nunca a vi por aqui, senhorita...

- Bárbara Novaes. – Me apresentei.

- Pois então, venho bastante aqui e nunca a vi.

- A verdade é que eu estou aqui pela segunda vez. – Cheguei mais perto dele e disse, baixinho: - Sou um pouco relapsa com estas questões de médicos.

- Hum... Entendo. Mas... Está tudo bem com você?

- Não muito... Descobri que tenho endometriose. Já ouviu falar?

- Não... Nunca.

- Doença de mulher.

- É grave?

- Descobri que não vou morrer disto. Mas tenho cólicas insuportáveis... Doem tanto que tenho que ficar na cama. E... Com isso também é difícil manter a assiduidade no emprego. É como se você tivesse que escolher entre faltar pela dor ou ir quase morrendo e não conseguir produzir nada no trabalho.

- Mas... Não há remédios que aliviem?

- Eis a questão... Agora descobri que existem. Estão estou fazendo testes. Mas o primeiro não resolveu. E por isso voltei.

- E como você sobrevive, sem emprego e... Salário?

- Sim. E vai tomar diariamente. Também vamos interromper seu ciclo menstrual.

- Interromper?

- Sim. Tomará esta pílula anticoncepcional que estou receitando de forma contínua. Assim que eu tiver o resultado dos novos exames, voltaremos a conversar. O que acontece é que talvez a medicação não passe por completo suas dores e sim diminua a intensidade.

Juro que eu pensei que ele diria que um dia aquilo ia passar e eu me livraria de vez das dores, do sangramento intenso e de tudo mais que aquela doença maldita me causava. Mas não... Quanto mais eu procurava saber e tentar encontrar a cura, mais difícil parecia ficar.

Por que eu não procurei antes o médico? Talvez se estivesse no estágio inicial poderia ter sido diferente. Mas não... Já havia avançado.

Coloquei Jardel acima de mim mesma... E agora sofria as consequências de tudo que fiz. Me tornei uma mulher covarde, impotente, sem voz, imprudente e demente... Tudo por amor. O amor era uma droga. Eu jamais amaria novamente.

Assim que saí do consultório, vi o senhor Allan e Anon 2 entrando no elevador. Corri e pedi para eles segurarem, mas não me ouviram. A porta se fechou quando parei na frente dela.

Só tinha um elevador naquele prédio e como estávamos no quinto andar, eu não desceria de escadas, porque eu fazia aquele exercício diariamente no meu prédio de quinta, que tinha um elevador quebrado há uma eternidade.

Esperei ele ir até o térreo e voltar no meu andar. A porta se abriu e entrei, sozinha. Não tinha ninguém. Olhei para o chão e vi uma carteira. Passei os dedos nos olhos, pensando ser uma miragem ou pegadinha.

Mas ela realmente estava caída no chão. Abri e vi cartões de crédito em nome de Allan C. E quantos cartões... Por Deus!

- Allan, acho que vou trocar de profissão. Vou passar de Marketing para Recursos humanos. – falei sozinha.

Eu adorava falar comigo mesma. Eu era uma pessoa sincera e educada com a minha pessoa, como eu não era com quase ninguém, a não ser meus amigos, que também entravam nesta lista de sinceridade, embora nem sempre na da educação.

Coloquei a carteira na minha bolsa e fui até a recepção, na intenção de entregar para a mulher que cuidava de tudo ali.

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