Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 39

- Você a conhece? – a mulher olhou para Anon 1.

Ele assentiu, com a cabeça.

- O senhor Casanova mandou que a moça entre. – disse Anon 2.

Ela saiu da minha frente, a contragosto. Dei um sorrisinho irônico e não pude deixar de alfinetar:

- Sou íntima dos Anon’s. – Pisquei.

Entrei, acompanhada dos dois seguranças gigantescos, um de cada lado, fazendo-me sentir ainda mais baixa do que já era. Eu nem alcançava nos ombros deles.

- Ok, Anon 1 cuida do Casanova filho.

- Anon 2 do Casanova pai. Estou certa? – sorri, puxando assunto.

- Não... Eu não me chamo Anon. – disse Anon 2. – Sou Otávio.

- Me desculpe, Otávio. Segurança do senhor Casanova, isso?

Ele assentiu, com cara de poucos amigos.

- Eu reconheci você. Pois bem, encontrei a carteira do senhor Allan Casanova no elevador e vim entregar-lhe pessoalmente. Sabe como é...

- Me acompanhe, senhorita? – Anon 2 não lembrou meu nome.

- Bongiove. – Anon 1 respondeu por mim.

De que adiantava mesmo eu dizer que meu sobrenome era Novaes? O homem jurava que eu era Bongiove... E acho que ele nem sabia ao certo que era o sobrenome de John, meu ídolo da infância e adolescência. Ou será que ele achava que eu era a esposa de John Bongiove? Arregalei os olhos, na direção dele.

- Vou para perto do senhor Heitor. – Anon 1 disse para Anon 2.

- Ok. Vou levar a senhorita aqui até o senhor Allan.

Acompanhei Anon 2, que na verdade se chamava Otávio, que era muito fácil de ser confundido com o verdadeiro Anon, pois tinham a mesma altura, eram morenos e se vestiam de forma igual. A única diferença é que um tinha barba e outro não.

Atrás da porta principal tinha uma espécie de hall, com piso em mármore branco mesclado com cinza claro. Outra porta foi aberta por Anon 2 e entrei numa espécie de sala gigantesca, com uma enorme escada seguindo o mesmo tom no piso, que ligava os andares.

O ambiente era agradável, tinha lustres que pareciam valer uma fortuna e garçons vestidos de branco, com gravata borboleta, serviam os convidados, alguns sentados, outros de pé, com música clássica ao fundo, tocando em volume baixo, assim como o tom de voz dos presentes. Procurei rapidamente e não vi o aniversariante.

- Bárbara Novaes? – Ouvi a voz de Allan Casanova atrás de mim.

Virei-me e deparei com ele, elegantemente vestido, sentado na cadeira de rodas. O sorriso dele era acolhedor... E encantador.

- Boa noite, senhor. Me desculpe chegar assim... Eu nem sabia que tinha convidados. Mas encontrei sua carteira... – retirei da bolsa e entreguei a ele. – Estava no elevador. Cheguei a gritar, pedindo que vocês me esperassem para descermos juntos, mas não ouviram. Então o elevador subiu... E encontrei no chão. Pensei em deixar na recepção, mas a recepcionista do prédio não tinha cara de honesta. Então fiquei com medo de ela não entregar a carteira. Enfim... Está tudo aí. Só mexi mesmo para encontrar seu endereço. No entanto o cartão com endereço era antigo. Então achei no Google mesmo. – expliquei enquanto ele me olhava sem dizer nada, com um meio sorriso no rosto.

Quando acabei as explicações, os lábios dele se iluminaram num largo sorriso:

- Obrigada, Bárbara. Fiquei preocupado, imaginando onde eu poderia ter perdido. Não precisaria ter se dado ao trabalho de ter vindo até aqui devolver.

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