Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 40

- Querida, esta é Bárbara Novaes. – disse Allan Casanova, enquanto a mulher se posicionava ao lado dele. – Ela encontrou minha carteira e veio entregar.

- Boa noite, Bárbara. Sou Celine Casanova. – Apresentou-se, me entregando a mão como se fosse para eu beijar.

Segurei a ponta dos dedos dela e levei para cima e para baixo, incerta se era assim que se cumprimentava uma mulher rica.

Ele ficou observando minha mão movendo a dela e quando soltei, olhou para os próprios dedos, parecendo ficar com nojo. Meu Deus, como ela era diferente do marido. Mas certamente agora eu sabia de onde Heitor Casanova tinha herdado o jeito esnobe de ser. Mamãe Casanova não fazia questão de ser simpática.

- Ela disse isso? – Heitor riu, sarcasticamente. – E você acreditou nela, pai? – ele me olhou.

- Não estou entendendo... – olhei diretamente nos olhos dele.

- Pai, certamente esta mulher roubou a sua carteira.

- Eu não acredito que está me acusando. Está querendo o que? Me botar na cadeia de novo?

- Como assim “botá-la na cadeia de novo”? – Allan encarou o filho e depois a mim.

- Lembra a louca que falei que riscou meu carro? Foi ela.

- Explicou o que você disse antes para mim? – olhei para o Casanova pai. – Seu filho é um esnobe, metido, tarado, safado, miserável e desprezível.

- Como ousa falar isso de Heitor na nossa casa? – Celine defendeu o filho imediatamente.

- Eu... Não quero confusão. – Levantei as mãos, em sinal de paz. – Só vim devolver a carteira do senhor. – Olhei diretamente para Allan.

- Não duvido que só tenha vindo mesmo trazer a carteira, Bárbara. Mas confesso que fiquei muito curioso para saber o que realmente houve entre você e meu filho.

Olhei para Heitor, que ficou esperando minha resposta. Eu poderia dar mil explicações. Mas preferi a verdade:

- Me senti ofendida pela forma como ele me tratou na entrevista na North B. no sábado e risquei o Maserati. – Abaixei os olhos. – Ele me mandou para delegacia. Então eu paguei o prejuízo com algumas joias que eu tinha. Achei que era o suficiente. Mas não... Ele pichou a fachada do meu prédio.

- Eu? Eu não fiz isso. – Ele se defendeu.

- Certamente não fez mesmo. Mas mandou fazer.

- Querido... Você... Fez isso? – a mulher agarrada a ele estreitou os olhos, encarando-o, confusa.

- O que exatamente foi pichado da fachada, Bárbara? – Allan perguntou.

- “Louca Desclassificada”.

- Alguém além de mim deve achar você uma “louca desclassificada” e decidiu que todo mundo deveria saber. – Ele se justificou. – Mas não fui eu, senhorita Novaes. – Mentiu descaradamente.

- Heitor não faria isso. – A namorada dele garantiu, me olhando.

- Vamos parar com este assunto um tanto quanto... Ridículo. – disse Celine. – Obrigada pela carteira, Bárbara. E está liberada. Saia pela porta dos empregados, por favor.

Olhei para ela, perplexa. Eu havia entregue a carteira com todos os cartões do homem e ela me mandava sair pela porta dos fundos? E eu era louca de arrumar mais confusão ainda com os Casanova? Não.

Virei as costas quando Allan Casanova disse:

- Bárbara, não vá. Fique para apreciar a festa. Você é minha convidada.

Parei e fiquei um tempo tentando absorver as palavras dele. Então virei-me novamente e disse:

- Não, obrigada, senhor Casanova.

- Allan, por favor. – ele pediu.

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