Eu tentei aparentar tranquilidade, mas meu corpo tremia e o coração estava disparado. Nunca alguém me deixou tão amedrontada com ameaças do que aquela mulher.
Depois de um tempo, andando a passos largos, virei para trás e vi que ela já tinha ido embora.
Como Heitor Casanova tinha a coragem de colocar a noiva e a amante no mesmo lugar? Será que Milena sabia da traição? Será que... Eu ia conseguir esquecer a porra da boca dele na minha tatuagem do Bon Jovi? Ah Bon Jovi, me perdoe... Mas que boca aquele homem tem... E... Certamente ele me deixou marcada no pescoço e no ombro, para eu ficar com a lembrança dele me perturbando por uns bons dias.
Retirei os saltos dos pés e corri por um tempo, tentando apressar minha chegada ao portão da rua. Ainda assim só via árvores por todos os lados e postes baixos iluminando o caminho.
Mas por que Cindy chegou só naquela hora? Afinal, Milena estava cansada e pelo que Celine falou, queria dormir com o noivo... Que neste caso, dormia com qualquer mulher que aparecesse no caminho dele.
Será que ele dormiria com Milena, que literalmente “dormiria” depois do sexo e então em seguida ele sairia com Cindy? Ou dormiria com Cindy num quarto da mansão mesmo? Será que ele a noiva dormiam no quarto dele? Ou Cindy?
Enfim cheguei ao portão. Liguei para Daniel e perguntei se ele poderia me buscar e levar-me para casa.
Esperei um tempo na guarita, do lado de fora, até ele chegar. Assim que o carro estacionou, entrei.
- Você me ligando? Devo me sentir lisonjeado?
- Só chamei um motorista de aplicativo e apareceu você. – brinquei.
Ele me deu um beijo no rosto e partimos.
- Não sei se fico mais curioso por você sair desta mansão no bairro mais rico do país, ou pelo fato de estar usando um blazer masculino que deve valer o preço do meu carro.
- Não é legal ser curioso, Daniel.
- Mas eu sou... Muito. Principalmente quando se trata de pessoas com as quais tenho uma forte ligação.
- Não temos uma forte ligação. – Eu ri.
- Não você comigo, mas eu com você, neste caso.
- Você não existe, Daniel. Mas para matar sua curiosidade, encontrei uma carteira e vim devolver ao dono. Tive um acidente com meu vestido e ele me emprestou o casaco.
- Emprestou o casaco caro?
- Como sabe que é caro?
- Tem a marca no punho. – Ele levantou o tecido, me mostrando.
- Bem, a letra inicial diz tudo. – Toquei no tecido.
- Certamente ele vai buscar de volta. Ou... Recompensou você por ter devolvido a carteira.
- Acha que eu devo vender o casaco dele? – Questionei.
- Não... Se você devolveu a carteira do ricaço, não penhoraria o casaco.
- Folga de segunda? – perguntei, trocando de assunto.
- Sim... Além da folga de segunda, aniversário do dono da porra torra.
- Hum... Será que ele fez festa?
- Certamente. Neste caso, particular, com Cindy.
Senti uma certa raiva tomar conta de mim. Respirei fundo e disse:
- Estou cansada. E louca para chegar em casa.
- E como está Ben?
- Ele está legal. Saiu com um “peguete”, que parece estar enrolando-o.
- Coitado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...