Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 46

Eu tentei aparentar tranquilidade, mas meu corpo tremia e o coração estava disparado. Nunca alguém me deixou tão amedrontada com ameaças do que aquela mulher.

Depois de um tempo, andando a passos largos, virei para trás e vi que ela já tinha ido embora.

Como Heitor Casanova tinha a coragem de colocar a noiva e a amante no mesmo lugar? Será que Milena sabia da traição? Será que... Eu ia conseguir esquecer a porra da boca dele na minha tatuagem do Bon Jovi? Ah Bon Jovi, me perdoe... Mas que boca aquele homem tem... E... Certamente ele me deixou marcada no pescoço e no ombro, para eu ficar com a lembrança dele me perturbando por uns bons dias.

Retirei os saltos dos pés e corri por um tempo, tentando apressar minha chegada ao portão da rua. Ainda assim só via árvores por todos os lados e postes baixos iluminando o caminho.

Mas por que Cindy chegou só naquela hora? Afinal, Milena estava cansada e pelo que Celine falou, queria dormir com o noivo... Que neste caso, dormia com qualquer mulher que aparecesse no caminho dele.

Será que ele dormiria com Milena, que literalmente “dormiria” depois do sexo e então em seguida ele sairia com Cindy? Ou dormiria com Cindy num quarto da mansão mesmo? Será que ele a noiva dormiam no quarto dele? Ou Cindy?

Enfim cheguei ao portão. Liguei para Daniel e perguntei se ele poderia me buscar e levar-me para casa.

Esperei um tempo na guarita, do lado de fora, até ele chegar. Assim que o carro estacionou, entrei.

- Você me ligando? Devo me sentir lisonjeado?

- Só chamei um motorista de aplicativo e apareceu você. – brinquei.

Ele me deu um beijo no rosto e partimos.

- Não sei se fico mais curioso por você sair desta mansão no bairro mais rico do país, ou pelo fato de estar usando um blazer masculino que deve valer o preço do meu carro.

- Não é legal ser curioso, Daniel.

- Mas eu sou... Muito. Principalmente quando se trata de pessoas com as quais tenho uma forte ligação.

- Não temos uma forte ligação. – Eu ri.

- Não você comigo, mas eu com você, neste caso.

- Você não existe, Daniel. Mas para matar sua curiosidade, encontrei uma carteira e vim devolver ao dono. Tive um acidente com meu vestido e ele me emprestou o casaco.

- Emprestou o casaco caro?

- Como sabe que é caro?

- Tem a marca no punho. – Ele levantou o tecido, me mostrando.

- Bem, a letra inicial diz tudo. – Toquei no tecido.

- Certamente ele vai buscar de volta. Ou... Recompensou você por ter devolvido a carteira.

- Acha que eu devo vender o casaco dele? – Questionei.

- Não... Se você devolveu a carteira do ricaço, não penhoraria o casaco.

- Folga de segunda? – perguntei, trocando de assunto.

- Sim... Além da folga de segunda, aniversário do dono da porra torra.

- Hum... Será que ele fez festa?

- Certamente. Neste caso, particular, com Cindy.

Senti uma certa raiva tomar conta de mim. Respirei fundo e disse:

- Estou cansada. E louca para chegar em casa.

- E como está Ben?

- Ele está legal. Saiu com um “peguete”, que parece estar enrolando-o.

- Coitado.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas