Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 47

Salma arqueou a sobrancelha, encarando-o:

- Você... Não é um dos dançarinos homens, não é mesmo?

- Não... Sou só o barman. – Ele sorriu.

Ela sentou no sofá, com as pernas para cima, abrindo espaço para nós:

- Desculpe um sofá de três lugares apenas... Mas somos três por aqui. – Sorriu, explicando-se.

Ele sentou e eu puxei uma das poltronas, pois achava estranho conversar com ele e Salma estando nós três um do lado do outro, tendo que olhar para os lados. Acho que às vezes eu tinha certos TOC’s também, como o senhor Allan.

- Vocês trabalhando juntos e não se conhecem? Que louco!

- Bem, ela que não me conhece. Eu... A conheço. – Ele enrugou a testa, olhando para ela.

- Claro... Quem esqueceria a ruiva linda da caixa de vidro? – percebi o olhar dele para ela, de admiração.

Ok, eu posso ser um cupido. E faria duas coisas perfeitas: arranjar um homem legal para minha melhor amiga e ao mesmo tempo fazê-lo desistir de mim. Afinal, eu não queria fazê-lo sofrer, pois Daniel era um homem legal.

- Mas me contem... Como é trabalhar na Babilônia? Você também coloca conhecidos pela porta dos fundos, Daniel? – comecei um assunto que envolvesse os dois.

Eu pouco me importava em como era dançar na caixa de vidro ou vender chope naquela porra de lugar. E agora, ali, tentando conversar com eles, sentada na poltrona da minha humilde casinha, me senti péssima por ter deixado aquele tarado desclassificado me tocar. E não, eu não estava bêbada. Isso era o pior. Mas como dizia Ben, sexo e sexo. No entanto... Eu não fiz sexo com ele. E nem faria, jamais. Eu não era como as prostitutas dele... Meu Deus, eu deixei Heitor Casanova me beijar e... Toquei meu pescoço e falei:

- Eu... Preciso ir ao banheiro.

Levantei e corri para o meu quarto. Retirei o casaco dele e antes de jogar na cama cheirei, sentindo o perfume importado impregnado no tecido de grife. Olhei para a marca no punho e dentro:

- Vou vender você, amigo! Eu estou sem grana... Seu dono pegou minhas joias de herança de família. Não sei quanto você vale, mas acho que paga um mês de aluguel. Ele nem vai dar falta... Deve ter uns vinte iguais você. E não é roubo... Ele me deu. Eu nem queria.

Retirei o vestido, com o zíper estragado, completamente aberto nas costas e fiquei só de calcinha. Ergui meus cabelos e olhei para meu pescoço, para a área mais de trás, onde caíam os cabelos, próximo da tatuagem e tinha uma marca avermelhada que já começava a arroxear. Caralho, ele deixou os dentes marcados no meu ombro. Desgraçado, ordinário, safado, asqueroso...

A porta se abriu e Ben ficou com os olhos arregalados:

- Oh, my God. Quem chupou e mordeu você deste jeito? Você foi finalmente fodida de verdade? Conta tudo e não esconde nada. E me diga, por Deus, que ele não roubou sua bolsa.

Soltei rapidamente meus cabelos, sentindo meu coração bater mais forte. Contar ou não para Ben?

Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele trancou a porta com a chave e sentou na minha cama:

- Daniel e Salma estão... Tendo algo que eu não sei? Será que ele é o pai do nosso bebezinho?

- Certamente ele não é o pai... Porque eu acabo de apresentá-los. Então... Ele pode ser o pai adotivo. Afinal, pai é quem cria, não é mesmo?

- Ah, eu não quero dividir nosso filho com outra pessoa. Ele já tem três mães. Não precisa de um pai. Sabe que sou ciumento... Tão ciumento que exijo saber quem fez isso com a minha amiga... Quem lhe deu uma foda de qualidade? Amo homens que deixam marcas na pele... São os melhores.

- Não... Foi nada.

- Não foi nada? Babi, você foi deixada na casa do Casanova velho com a carteira dele. E Daniel está aqui, na nossa casa. Então, ou você foi comida na mansão... Por... Um Casanova? – ele ficou confuso. – Ou... No carro, pelo Daniel? Amiga, você não foi comida pelo Daniel, porque ele está tão sorridente conversando com Salma na sala.

- Ben, isso foi... Não foi nada sério. – repeti.

Ele levantou:

- Casanova pai fez isso com você? – ele colocou a mão no peito. – Me diga que sim, que foi ele e meu coração vai ficar tranquilo, juro.

- Não foi... – abaixei a cabeça.

Ele pegou meus ombros, virando-me na direção dele e me encarando no fundo dos olhos:

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