Sabia que não poderia interromper, mas não tinha o que fazer. Levantei a mão e todos me olharam:
- Eu... Sinto muito interromper, mas vou pegar um copo de água. Não quis levantar sem avisar... Para que não pensassem que estou fazendo pouco caso com a apresentação da colega.
- Não pode esperar para saciar sua sede, senhorita Novaes? – a mulher já sabia até o meu nome. Isso não era bom.
- Não estou com sede... Preciso tomar um analgésico. – expliquei.
- Traga água para a candidata, senhorita Macedo. – Heitor Casanova pediu secamente.
Em pouco tempo foi trazia um copo de água numa bandeja, especialmente para mim. Abri a bolsa e retirei mais dois comprimidos. Olhei no relógio e não havia dado o intervalo de tempo que precisaria entre as doses, mas era impossível suportar mais.
Tomei os dois comprimidos de uma vez e alguns goles da água para descer pela garganta.
A mulher voltou a apresentar.
- Então não está tudo bem... Ou não tomaria remédios. – Heitor falou baixo, virando na minha direção, sem me olhar novamente.
- Por que se preocupa?
- Por que não deveria?
- Porque você não se preocupa com nada. Quer... Me desestabilizar antes da apresentação?
- É isso que pensa de mim? – agora ele me olhou diretamente.
- Sim. – Fui sincera, voltando a olhar para a moça que tentava chamar a atenção, mas não conseguia.
A mulher que estava orientando o processo não desviava os olhos de mim e eu imaginei que só não estava expulsa dali porque era Heitor que conversava comigo.
As demais apresentações seguiram e minha dor se estabeleceu num nível forte, mas suportável. Os comprimidos fizeram não chegar no nível “hard”.
O quarto candidato era o que quase foi a minha dupla. Enfim, em dez minutos eu estaria apresentando o meu projeto. Tudo que eu queria era ir embora logo.
Assim que começou a falar, minha atenção voltou-se rapidamente para ele. O desgraçado simplesmente estava falando a minha ideia, que compartilhei com ele.
Enruguei a testa e fiquei encarando-o enquanto colocava o dedo no ouvido, só para ter a absoluta certeza de que ele estava me plagiando.
Levantei e apontei o dedo para ele:
- Você é muito cara de pau. Vou matá-lo, seu desgraçado.
Avancei na direção dele, preste a acabar com sua raça quando Heitor Casanova segurou-me, impedindo que eu acabasse com o delinquente roubador de ideias.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...