Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 56

Sabia que não poderia interromper, mas não tinha o que fazer. Levantei a mão e todos me olharam:

- Eu... Sinto muito interromper, mas vou pegar um copo de água. Não quis levantar sem avisar... Para que não pensassem que estou fazendo pouco caso com a apresentação da colega.

- Não pode esperar para saciar sua sede, senhorita Novaes? – a mulher já sabia até o meu nome. Isso não era bom.

- Não estou com sede... Preciso tomar um analgésico. – expliquei.

- Traga água para a candidata, senhorita Macedo. – Heitor Casanova pediu secamente.

Em pouco tempo foi trazia um copo de água numa bandeja, especialmente para mim. Abri a bolsa e retirei mais dois comprimidos. Olhei no relógio e não havia dado o intervalo de tempo que precisaria entre as doses, mas era impossível suportar mais.

Tomei os dois comprimidos de uma vez e alguns goles da água para descer pela garganta.

A mulher voltou a apresentar.

- Então não está tudo bem... Ou não tomaria remédios. – Heitor falou baixo, virando na minha direção, sem me olhar novamente.

- Por que se preocupa?

- Por que não deveria?

- Porque você não se preocupa com nada. Quer... Me desestabilizar antes da apresentação?

- É isso que pensa de mim? – agora ele me olhou diretamente.

- Sim. – Fui sincera, voltando a olhar para a moça que tentava chamar a atenção, mas não conseguia.

A mulher que estava orientando o processo não desviava os olhos de mim e eu imaginei que só não estava expulsa dali porque era Heitor que conversava comigo.

As demais apresentações seguiram e minha dor se estabeleceu num nível forte, mas suportável. Os comprimidos fizeram não chegar no nível “hard”.

O quarto candidato era o que quase foi a minha dupla. Enfim, em dez minutos eu estaria apresentando o meu projeto. Tudo que eu queria era ir embora logo.

Assim que começou a falar, minha atenção voltou-se rapidamente para ele. O desgraçado simplesmente estava falando a minha ideia, que compartilhei com ele.

Enruguei a testa e fiquei encarando-o enquanto colocava o dedo no ouvido, só para ter a absoluta certeza de que ele estava me plagiando.

Levantei e apontei o dedo para ele:

- Você é muito cara de pau. Vou matá-lo, seu desgraçado.

Avancei na direção dele, preste a acabar com sua raça quando Heitor Casanova segurou-me, impedindo que eu acabasse com o delinquente roubador de ideias.

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