Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 64

Desci as escadas tão rápido que cheguei no carro ofegante. Abri a porta e sentei no banco de trás.

- Para casa, senhor? – Anon perguntou, me olhando pelo retrovisor.

Respirei fundo, repetidas vezes, tentando recuperar o ar:

- Casa... Minha casa. – falei, me recostando no banco.

Virei o rosto e vi, mesmo com a pouca iluminação, a pichação do “louca desclassificada” na fachada do prédio dela.

Louca, sim... Desclassificada, sei lá o que diabos isso significava, mas era ruim... Então ela não era.

Fechei meus olhos. Foi um dia cansativo, mesmo ao lado dela. Aquela mulher me sugava todas as energias. Como os amigos conseguiam ficar ao lado dela tanto tempo? Ela era como um furacão, destruindo tudo por onde passava.

Tentei botar meus pensamentos em ordem, mas não conseguia tirar aqueles olhos azuis da minha cabeça... Nem a boca, que beijava bem para caralho.

Peguei meu telefone, para distrair-me e tirar os pensamentos que voltavam para aquela “desclassificada”.

Tinha dez ligações de Cindy e duas do meu pai. Nenhum deles deixou recado.

Liguei para o meu homem de confiança na Babilônia e expliquei que não iria naquela noite. Inventei uma desculpa qualquer.

Cheguei tarde da noite no meu apartamento. Assim que inseri o cartão na porta e entrei, as luzes se acenderam automaticamente. E vi Nicolete deitada no sofá. Ela estava dormindo e a TV ainda ligada.

Sorri e fui até ela, lhe dando um beijo, com o intuito de acordá-la.

Ela abriu os olhos:

- Heitorzinho?

- Oi Nic.

Ela olhou no relógio, levantando:

- Chegou cedo hoje. Não ficou até a Babilônia fechar?

- Não. Não estava lá.

- Quer que eu prepare algo para você comer?

- Não... Estou bem. Não comi praticamente o dia inteiro e estou sem fome. Acabo de tomar um café puro... Puro açúcar. – Riu. – Vou tomar um uísque para tentar dormir.

- Duvido que consiga dormir. – Ela revirou os olhos e apontou para a escada.

- Ela está aqui?

- Sim. – Assentiu.

Suspirei, cansado. Enfrentar Cindy depois de um longo dia não seria nada fácil.

Cantarolei uma música enquanto me dirigia para a escadaria e retirei meu casaco, afrouxando a gravata:

- Vá dormir no seu quarto, Nic. Vai acordar com dores no corpo se pegar no sono neste sofá.

- Heitorzinho... Você está cantarolando?

Parei e olhei para ela, já no segundo degrau:

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