- Por meus sais, estou ficando nervoso... Muito nervoso. – Ben disse, certamente esperando Heitor atrás da porta.
Meu coração disparou e fui, quase sem sentir minhas pernas, até lá. Meus dedos tocaram a maçaneta e tive medo de girá-la.
Então dei de cara com Anon 1.
- Anon 1? – estreitei os olhos.
- Bom dia, senhora Bongiove.
- O que... Você faz aqui?
Ele me entregou a caixa, que eu reconheci imediatamente.
- O senhor Casanova mandou entregar, com seus cumprimentos.
- Diga a ele que... Que... – meu Deus, eu nem sabia o que mandar dizer. Tipo, que ele não é tão desclassificado quanto pensei? Que no fundo ele tem coração? Que talvez eu possa transar com ele, onde ele quiser? Que... Eu passei a noite sem dormir pensando no beijo dele?
- Digo? – Anon me olhou.
- Obrigada. Diga... Obrigada.
Anon sorriu:
- Senhora Bongiove, eu não sou Anon 1. Porque não existe Anon 2. Então... Pode me chamar só de Anon. O outro segurança, que acompanha o senhor Allan Casanova, é o Otávio.
- Ok... Obrigada por me avisar, Anon 1. – falei, nervosamente, não conseguindo assimilar direito que Anon 2 não era Anon também.
Ele balançou a cabeça e saiu. Fiquei olhando enquanto ele descia as escadas. Quando ele desapareceu eu falei, em voz baixa:
- Anon 1... A propósito, não sou senhora Bongiove.
Claro que ele não ouviu.
Fechei a porta e abri a caixa, olhando as joias dentro. Tudo que eu tinha da minha mãe estava ali. Achei que ele tivesse jogado fora... Se desfeito da pior maneira possível. Mas não... Ele guardou. E me devolveu.
Ben levantou da cadeira:
- Ele devolveu as joias?
- Sim... – eu ainda segurava a caixa quase sem acreditar.
- Caralho! Você está fodida.
- O que houve? – Tony perguntou, curioso.
- Nada, bebê... Nada... – Ben respondeu.
Sentei e Sebastian me olhou:
- Tudo certo?
Assenti, com a cabeça, tentando recuperar o fôlego.
- Por qual motivo Casanova mandou entregar isso para você?
- São... Joias da minha mãe... Que já morreu. Eu e Heitor tivemos um desentendimento... E precisei entregar as joias para ele. Mas... O que importa é que estão comigo de novo. E desta vez não vou perde-las novamente... Por nada nem ninguém.
- Eu... Posso ver? – ele perguntou.
- Claro. – Entreguei para ele a caixa, confusa.
Sebastian abriu e olhou peça por peça, atentamente:
Ele riu:
- Achei que falava do emprego.
- Do emprego... Também. – Tentei consertar, envergonhada.
- Que bom. Porque eu vim até aqui convidar você para trabalhar comigo. Quero Bárbara Novaes na Perrone... Ao meu lado.
- Na Perrone? Ao seu lado?
- Trabalhando. – Ele sorriu, sem jeito. – Não... Tipo... Um casal.
- Eu entendi que não vamos ser um casal, porra. – levantei. – Eu... Vou trabalhar com você? – quase não acreditei.
- E então? O que me diz?
- O que... Aconteceu com o outro rapaz que você contratou? Aquele experiente, que faria tudo acontecer porque tinha anos de sabedoria guardada no cérebro. – Ironizei. – Agora vem aqui e implora por mim.
- Eu... Não estou implorando. – Ele arqueou a sobrancelha, franzindo a testa.
- Ah, finja que está. Sempre sonhei em dizer: “já que você insiste tanto... Eu vou”.
Ele gargalhou:
- Não sei se tenho estrutura para trabalhar ao seu lado.
- Ok, Sebastian... Já que insiste tanto... Eu vou pensar. – Me ouvi dizendo.
- Como assim? Isso é um não?
- Isso é um “vou pensar”.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Decidi terminar de ler o livro.....
Decidi terminar o livro.......
Estava amando este livro envolvente,cativante que realmente prende atenção do leitor por ser bem escrito,mais infelizmente desisti de ler "dropei" quando Daniel começou a chantagear a Barbará,to indignada!...
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...