Passava das 10 horas da noite quando a campainha tocou. Salma ainda nem tinha saído para o trabalho e eu e Ben estávamos decidindo o que iríamos jantar.
Ben foi atender e eu segui olhando o cardápio das tele entregas de comida da vida.
- Babi, tem um Anon na nossa porta. – ele gritou, segurando a maçaneta, a porta entreaberta.
Olhei surpresa:
- Anon 1? O que houve? – me encaminhei para a porta. – Quer entrar?
- Não, senhora Bongiove, obrigado. Vim lhe trazer isso... A pedido do senhor Casanova.
- Pai ou filho? – Ben perguntou, curioso.
- Heitor Casanova. – explicou.
Peguei o envelope e abri. Meu coração quase saltou pela boca e comecei a pular.
- O que é? – Salma veio até nós.
- Um ingresso VIP, eu disse “VIP” para o show do Bon Jovi. Primeira fila... Tem noção? – abracei Anon com força e lhe deu um beijo. – Diga ao senhor Casanova que eu amo ele.
- Ok, senhora Bongiove. Boa noite.
Ele se virou em direção a escadaria e eu parei na frente dele, impedindo-o de sair:
- Entendeu que foi uma brincadeira, não é mesmo, Anon 1? Tipo... Eu não amo ele verdade.
- Dizer que você o ama de brincadeira, senhora? – arqueou sobrancelha, seriamente.
- Não... Diga, apenas... “Obrigada”. Você entende tudo muito no sentido literal.
- O quer que eu diga afinal, senhora Bongiove?
- “Obrigada”. – fiquei séria, ainda sentindo meu coração querendo saltar pela boca. – Nada mais que isso.
Entrei e fechei a porta, colocando o ingresso junto do meu peito.
- Caralho, agora você tem dois. E a gente aqui se esforçou bastante para lhe dar um ingresso barato. – Ben ficou me olhando, decepcionado.
- Podemos ir juntos. Tenho dois ingressos agora.
- Eu não gosto do Bon Jovi, “senhora Bongiove”. – Imitou Anon falando.
- É só um show, Ben. Não tem como não gostar.
- Ficaremos separados, Babi. Não teria graça. Acho que deve vender o ingresso que lhe demos.
- Eu não faria isso.
- Não pode usar dois.
- Vou usar o de vocês.
- Só se estiver louca. – Salma falou. – Claro que vai no VIP. Você vai ficar na frente do palco. Venda o outro e está tudo certo. Sem ressentimentos... Pelo menos da minha parte.
- Porra, estou curioso sobre qual será o próximo presente. – Ben bateu palmas. – Já temos uma fachada pintada com flores, joias devolvidas, que na verdade, é um presente... E bem, bem caro. Agora um ingresso que vale quase o valor de um mês de aluguel... Se ganhar um carro, será que pode escolher a marca?
- Você só pode estar louco, Ben.
- Por que tanta gentileza? Você nem é experiente sexualmente, tipo, uma deusa do sexo selvagem.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...