Ele suspirou:
- Não somos amigos, Babi... Mas certamente seremos um dia. Eu me preocupo com você... E sei o quanto é perigoso se envolver com Heitor Casanova.
- Eu não estou envolvida com ele.
- Heitor não tem coração. Ele é um homem de 30 anos com a cabeça de 20. Imaturo, fora da realidade, egoísta e egocêntrico. E ele não vai mudar... Não aos 30 anos.
- Não acredito em mudanças, Sebastian. Convivi com uma pessoa por oito anos me prometendo mudanças... E isso não ocorreu.
- Então por que está cruzando a linha vermelha?
- Não estou... Na verdade, pagando o blazer eu... Quito minha dívida com ele, definitivamente. Não me sinto bem pelo que eu fiz. Quero... Distância de Heitor Casanova. Para isso... Devo lhe pagar. É o que diz minha consciência.
Ele suspirou novamente. Meu telefone tocou. Atendi:
- Senhorita Novaes?
- Ela.
- Aqui é da Clínica de saúde da mulher. Sou secretária do doutor Telles, que lhe atendeu no hospital, na sua crise aguda de cólica.
- Sim...
- Os exames que ele solicitou e foram feitos no hospital estão todos prontos. O doutor gostaria de vê-la hoje às 17 horas. É possível?
- Sim... Estarei aí.
- Ok, confirmado então. Se puder trazer seus exames anteriores.
- Levarei.
Desliguei o olhei para Sebastian:
- Ok, agora mesmo que eu preciso de um adiantamento. E se não bastasse, eu tenho que sair meia hora antes.
- Sério?
- Sim... Ou prefere que quando eu entrar no período menstrual não venha trabalhar de tão mal que fico?
- Pode ir. O adiantamento é diretamente no setor Financeiro.
- Obrigada, Sebastian. Você é um amor. – Levantei e deu um beijo nele.
- Onde está o senhor Perrone? – ele brincou.
Sai, rindo e me sentindo agradecida pelo rumo que as coisas estavam tomando... Mesmo as que eu sentia que estavam saindo de controle.
Saí praticamente correndo da Perrone as 16 horas e 30 minutos para estar no horário marcado na tal Clínica da Mulher, que eu sabia onde ficava, mas nunca havia ido.
Era um prédio enorme, que só tratava mulheres, com ginecologistas, obstetras, ecografias e tudo que se referia ao atendimento feminino.
Era um lugar caro e frequentado por mulheres de classe mais alta, visto que não atendia convênios. E o que eu faria ali? Falaria com o médico, pagaria com meu adiantamento que fiz nos primeiros dias de trabalho e certamente teria que migrar para um lugar mais barato ou que atendesse pelo meu convênio.
Mas achei o médico bom, que havia me atendido no hospital que Heitor me levou. Fiz vários exames que nunca tinha realizado antes e também foi interessante a forma como ele abordou a endometriose, de forma mais leve e menos assustadora, como o médico anterior, que descobriu a doença.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...