- Celine Casanova.
Peguei minha bolsa e saí correndo dali, cega de raiva, em direção à Mansão Casanova.
Agora eu andava de táxi, para evitar o risco de cruzar com Daniel se chamasse um motorista de aplicativo. Eu até o considerava um homem legal, até a conversa que tivemos depois que o vi com Salma na sala.
Eu era o tipo de pessoa que tive poucas experiências com homens. Mas o suficiente para reconhecer os mau caráter de longe. Claro que não era tão rápido, ou certamente eu não teria ido ao Motel com o ladrão de bolsas. Mas a mínima atitude me levava a comparação com Jardel, que era o pior tipo de homem que podia existir.
Claro que tinha os tipos “Heitor Casanova”... Desclassificado gostoso, implorando por ser “domado”, exalando masculinidade e molhando calcinhas de mulheres inocentes, como eu, por onde passava.
O desgraçado fez eu perder minha segunda virgindade. E nem doeu, mesmo com a endometriose. Aliás, não doeu nem como a primeira vez, com o insensível do Jardel.
Pensando em Heitor, cheguei em frente à Mansão Casanova, pertencente ao pai dele e à madrasta má, que neste caso, não era da Branca de Neve e sim do CEO.
Aquela desclassificada de quinta teria que me dar satisfações do motivo pelo qual tentou sabotar minha entrevista. O pior é que eu quase sabia o que a levou a fazer aquilo: me afastar de Heitor.
Mas porra, ela me viu uma vez e achou-me tão ameaçadora assim? Eu era só uma mulher de 27 anos, desempregada até então, que foi bondosamente até a casa dela devolver a carteira do marido, com tudo que tinha dentro. E o que ganho em troca? Uma rasteira.
- Que eu seja tão boa de briga com mulheres como sou com homens... – falei sozinha, enquanto parava em frente à guarita do guarda.
- Pois não, senhora.
Conseguia vê-lo pelo vidro, mas ele falou comigo através de um equipamento de voz. Olhei para os lados, tentando entender de onde vinha a voz dele, mas não consegui.
- Seguinte: preciso falar com Celine Casanova. Avise ela que é Bárbara Novaes, a mulher que ela tentou prejudicar na vaga da North B. E diga que eu já sei toda a verdade e que ela me receba se for bem mulher, porque senão eu vou fazer um escândalo e levar o nome dela para a lama.
- Senhora, não escuto o que fala. Poderia usar o microfone à sua direita, por favor?
Olhei para o lado e vi o minúsculo círculo, por onde eu deveria falar. Já tinha até esquecido tudo que eu disse anteriormente.
E acho que foi sorte. Claro que Celine não me atenderia. Se ela pagou alguém para me derrubar, não me deixaria entrar na sua casa.
- Eu gostaria de falar com o senhor Allan. – falei. – Diga-lhe que é Bárbara Novaes.
O homem pegou um aparelho e provavelmente ligou para a mansão. Logo o portão se abriu automaticamente e entrei.
Não foi tão fácil quanto na primeira vez que estive ali. Certamente entrei mas fácil em função de ser a festa de Heitor.
- Está sem carro? – ele me perguntou.
- Sim. É possível que me busquem aqui?
- Claro, vou solicitar.
Acho que eu começava a entender um pouco como tudo funcionava ali, mesmo tendo estado só uma vez naquele lugar.
- Ei, você não escuta nada do que eu falo do lado de fora quando está aí dentro? – perguntei, curiosa.
- Não, senhora. A cabine é a prova de balas e de som.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...