- Eu... Acho que seria melhor você perguntar a ela. – respondi.
- Acha que ela me responderia a verdade? – me olhou seriamente.
Meu Deus... O que eu estou fazendo aqui, conversando civilizadamente com a noiva de Heitor Casanova? Eu não preciso passar por isso. Eu “não quero” passar por isso.
- É sua mãe. Quem tem que saber é você.
- Eu sou Milena Bayard. – ela estendeu a mão para mim. – Acho que não nos apresentamos direito naquela noite.
Apertei a mão dela, que estava gelada. Fiquei imaginando se a minha também estava assim.
“Oi, Milena, queria dizer que eu transei com seu noivo no elevador dia destes. Desculpe a sinceridade, mas foi a melhor foda da minha vida. Aliás, quantas vezes vocês fazem sexo por dia, ou por semana? Sabe que além de ter dormido comigo, há sérias probabilidades de ele ter uma amante fixa, que se chama Cindy? E pelo que sei, sua mãe sabe sobre isso. Você também sabe e aceita? Você é legal assim com todas as mulheres que dormem com Heitor? Me desculpe... Eu não vou fazer isso novamente. Até porque sei que vocês vão casar em breve. E acredite: eu sou contra a infidelidade e a traição. E me tornei o que eu mais temia: “a outra”, a que não passa de uma diversão no elevador. Aquela que ele só queria experimentar, como se tivesse que provar para ele mesmo que conseguia “domar”.
- Sou...
- Bárbara Novaes. – ela completou. – Heitor falou sobre você.
- Falou? – engoli em seco.
- Sim... Sobre o que houve na seleção... Do seu concorrente roubar sua ideia... E também que foi você parar no hospital.
- É? – eu quase não tinha voz para responder.
Ok, eles sabem tudo da vida um do outro. Será que ele contou que nós dois...
- Ele ficou preocupado com a sua doença.
A estas alturas eu não respondia mais, só mexi minha cabeça e nem tenho certeza se foi afirmativa ou negativamente.
- Nós pesquisamos juntos sobre a endometriose. Minha mãe falou que era uma doença sexualmente transmissível.
- Não... Não é. É... Genético.
- Sim, em torno de 50% dos casos. – Ela disse, sorrindo, parecendo saber mais do que eu sobre minha própria doença.
- Vocês... Procuraram bastante.
- Ele ficou preocupado. Heitor é uma boa pessoa.
- Jura? Não conheço este Heitor. Digo, senhor Heitor. – corrigi.
- Espero que minha mãe não lhe tenha trazido problemas.
- Não... Muito. Afinal, acabou tudo terminando como tinha que ser.
- E me conte... Você já começou na North B.?
- Não... Eu não fui para a North B.
- Mas... Allan disse que você iria trabalhar lá... Ele gostou de você... Heitor gostou de você... O que deu errado?
- Minha ideia foi roubada durante a apresentação. Enquanto o senhor Heitor pensava em refazer o processo eu... Fui chamada para a Perrone. Estou trabalhando lá.
- Sebastian? – ela levantou imediatamente, aturdida.
- Sim... Estou trabalhando para Sebastian Perrone. – falei, confusa com a atitude dela.
- Eu... – percebi o nervosismo dela, que ficou ofegante na mesma hora. – Eu... Fico pensando como é trabalhar na empresa rival. – Sentou novamente, fingindo estar tudo bem, embora as mãos estivessem trêmulas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...