Os dois riram e eu fiquei séria. Não duvidava de que realmente ela me jogasse pelos degraus. Será que eles achavam que não?
- Eu... Vou indo. Fique à vontade, Bárbara. Foi um prazer conversar melhor com você. E entendi agora porque Heitor... Como posso dizer... Fala tanto em você. – Piscou.
Engoli em seco novamente. Pai do céu, olhe por mim! Estou completamente fodida. Fico feliz por Heitor contar a toda família que existe uma Bárbara Novaes que chama a sua atenção? Ou devo pensar que a noiva dele quer a minha cabeça numa bandeja de ouro e tudo isso não passa de uma armadilha?
E se me matarem aqui e enterrarem debaixo de uma árvore? Jamais vão achar meu corpo. Ben e Salma vão procurar e jamais encontrarão meus restos mortais. E o pior: ninguém será preso, porque nunca alguém pensará que os Casanova me mataram.
Acenei para Milena, que antes de descer a escada, disse:
- Podemos marcar um café para qualquer dia. O que acha?
- Sim... Claro.
Ouvi o som dos saltos dela enquanto descia. Olhei para Allan e perguntei:
- Ela... É carente? De amigas... De noivo?
Ele sorriu:
- Milena tem depressão. Se trata há muitos anos, ainda assim é uma doença que vai e volta. Ela realmente tem poucas amigas. Raramente sai... Ou se diverte.
- Eu... Sinto muito. Ela parece uma mulher legal.
- Ela é... A considero uma filha.
- E... Heitor não a leva para sair e se divertir? Não fazem coisas juntos?
Ele demorou um pouco para responder:
- Heitor não consegue pensar em quase nada a não ser ele mesmo. Os dois tiveram alguns problemas no passado e Celine achou melhor que eles casassem.
- Mas... Não são praticamente irmãos?
- Sim e não. Tiveram um relacionamento que não era de irmãos assim que entraram na adolescência. No entanto hoje me parece que se tratam com irmãos... E se preocupam um com o outro, como tal. Mas... Você conhece bem Heitor, então sabe do que estou falando. – ele sorriu ironicamente para mim.
- Não... Eu não conheço, não... Eu juro por Deus que eu não conheço.
Ele gargalhou e depois pegou minha mão:
- Estou brincando, Bárbara.
- Não quero que pense que eu e Heitor... Bem... Que nós...
- Que nós... – ele me incentivou, olhando nos meus olhos.
- Eu... – as palavras não saíam.
Ao mesmo tempo que eu queria que ele não pensasse que eu tinha algo sexual com o filho, não conseguia me expressar sem dizer claramente o que era.
Ele apertou a minha mão:
- Não sabe como eu faria gosto de você e Heitor juntos.
A minha garganta começou a coçar e meu coração ficar completamente enlouquecido dentro de mim. Tossi repetidas vezes, tentando voltar ao normal.
Ele apertou um botão na cadeira de rodas e pediu para alguém me trazer água.
Sim, eu não consegui parar de tossir até tomar um copo cheio de água.
- Que vergonha, Allan. Eu... Estou com... Alergia. – Inventei.
- Na garganta?
- Sim... Na garganta.
- O que a traz até minha casa, Bárbara?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...