Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 87

Assim que abri a porta do meu apartamento, encontrei Daniel e Salma aos amassos no sofá.

Fiquei incerta sobre fingir que não vi nada e seguir ou parar e cumprimentar, fingindo que Daniel não era o otário que eu descobri.

Afinal, complicado falar para minha melhor amiga que o homem que ela estava interessado, o que era raríssimo de acontecer com ela, era um imbecil e talvez estivesse usando-a para ficar ao meu lado. Por mais que ela me conhecesse, acharia, no mínimo, que eu estava sendo uma convencida e invejando o boy dela.

- Oi... – Falei, tentando fingir que estava tudo bem.

- Babi? – Salma levantou do sofá, com a boca borrada de batom.

- Oi gente.

Daniel sentou e imediatamente olhei para sua calça. Lembrei da situação da outra vez. Mas estava tudo no lugar... Nada apontando na minha direção.

- Veio... Mais cedo? – Salma perguntou.

- Eu fui resolver uns problemas.

- Hum... Tem certeza? – ela sorriu, ironicamente.

- Sim.

- Sabia que Babi e Heitor estão... Como posso dizer... Se conhecendo melhor? – Salma falou para Daniel.

Não! Puta que pariu, não fala sobre a minha vida para ele.

Olhei na direção deles e disse, seriamente:

- Salma, eu não gostaria que minha vida pessoal virasse assunto para se conversar com qualquer pessoa.

- Ei, basta dizer que não quer que eu saiba. – Daniel levantou do sofá, colocando as mãos para cima. – O que eu lhe fiz?

- Babi... Quanta amargura! – Salma reclamou.

- Amargura? Gostaria que eu ficasse falando sobre você para os outros? Respeitei sua decisão de não aparecer para Heitor quando ele esteve aqui.

- Heitor... Casanova? – Daniel olhou para mim e depois para Salma. – O Heitor Casanova esteve aqui, é isso?

Ficamos as duas caladas. Creio que ela tenha entendido que eu não queria que Daniel soubesse.

Peguei algumas coisas para comer na geladeira e fui para o meu quarto. Agora era banho e pijama. Passava das 18 horas, mas eu não tinha intenção de sair da cama. Minha cabeça estava tão cheia que parecia que ia explodir.

Assim que deitei, escolhi uma playlist e coloquei meus fones de ouvido enquanto comia torradas com requeijão. E nem conseguia prestar atenção na música ou no sabor do meu alimento, porque minha cabeça só tinha o nome de Heitor Casanova ecoando dentro dela.

Toda aquela situação confusa entre Celine estar tentando me derrubar, Milena ser uma mulher depressiva e simpática e Allan dizer que queria eu junto de Heitor, fizeram meu mundo girar rápido demais. Já me meti em tantas confusões na minha vida. E sabia que continuar com aquilo era o mesmo que entrar no caldeirão da bruxa. E ele estava fervendo.

Bem, eu não tinha muito o que pensar. Heitor sequer falou comigo depois do que houve. Então, o fato de ele falar sobre mim aos familiares não significava que eu era importante para ele.

Terminei de comer e deitei, fechando os olhos. O fone bipou, conectado ao bluetooh do celular. Era mensagem.

- Boa noite, Bárbara!

Vi a foto de Heitor no topo da tela. Meu coração ficou desobediente no mesmo instante. Queria pular para dentro do telefone.

Sentei imediatamente na cama, pensando no que responder. Enquanto digitava e apagava inúmeras vezes, vi meus dedos tremendo. Que porra é essa? Eu nunca tive isso. Posso estar desenvolvendo alguma doença?

Uns cinco minutos depois, finalmente decidi o que responder:

- Boa noite!

- Estou em uma viagem de negócios. Desculpe não ter entrado em contato antes com você, mas não consegui.

Engoli em seco. Heitor, me dando explicações? Meu Deus, eu gosto deste Heitor perfeito ou prefiro aquele desclassificado? Porque simplesmente eu não sei lidar muito bem com homens fofos... Não estou acostumada. E isso me deixa completamente insegura e me desarma.

- Quando você volta?

Meu Deus, apaga isso, mulher! Tarde demais, ele já tinha visualizado.

- Amanhã ou depois.

- Onde você está?

- Fechando a compra de uma propriedade com cultivo de uvas.

- Para?

- Produzir nossos primeiros vinhos.

- Com tantas bebidas que vocês vendem, é necessário vender vinho?

- Ampliar os negócios.

- Ou simplesmente provocar Sebastian.

- Ele está preocupado com isso?

- Não.

- Mas pode dizer a ele, caso esteja preocupado com a concorrência, que troco a responsável pelo Marketing da empresa dele pela fabricação do vinho na North B.

- Acha que “ela” poderia valer tanto assim?

- Na minha opinião sim. E na sua?

Deitei de bruços, rindo sozinha, enquanto digitava:

- Sinceramente, não sei. Mas é sério sobre possivelmente parar a fabricação?

- Não sei... Seria possível eu ficar com a responsável pelo Marketing?

- Acho que você já tem muitas mulheres, senhor Casanova. Por que mais uma?

- Nenhuma se compara a ela.

- Ela é só uma mulher comum.

- Não para mim.

- Conheci Milena.

- Onde?

- Na sua casa.

- Milena não mora na minha casa. Neste caso, está ser referindo à casa do meu pai e dela.

- Que seja... Isso que nem sei onde mora a loira do pau do meio do pole dance.

- Bárbara, você me faz rir... No meio de uma reunião.

- Está em reunião?

- Reunião chata. Precisava urgentemente ouvir sua voz para aguentar o restante.

- Deveria ter mandado mensagem para sua noiva. Ou a sua amante.

- Isso quer dizer que não pode ser para a mulher que realmente mexe com meu coração?

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