Embora eu quisesse muito acreditar que aquilo era verdade, não conseguia. Estava feliz, mas ao mesmo tempo não via futuro nesta relação. Ele não era irônico, mas não me dizia o que eu queria ouvir: que deixaria todas por mim.
- Heitor, eu já passei por um relacionamento conturbado no passado. Sofri e fui traída. Jamais entraria neste barco furado de novo.
- Jogamos o barco furado fora. Eu posso comprar um novo, Bárbara... Só para nós dois.
- E jogamos quem está sobrando ao mar?
- Se você desejar, sim.
Não, aquilo era demais para uma mulher que nunca foi amada de verdade... E que talvez nunca tenha conhecido o amor de uma forma que não fosse a dolorida. Meu relacionamento com Jardel me trouxe tantas marcas... E um coração partido. E agora eu tentava juntar os pedacinhos com o CEO que tinha duas mulheres e me prometia exclusividade por causa de uma “bem dada” no elevador?
- Por que acha que pode brincar comigo, Heitor?
- Por que acha que é uma brincadeira? Estou saindo da sala. Vou ligar para você.
- Não! Não quero. Por favor, não.
Levantei imediatamente da cama e comecei a arrumar os meus cabelos com os dedos. Mas... Ele só ia ligar. Eu não precisava ficar apresentável. Estava até de pijamas.
Dois minutos depois ele ligou:
- Oi, Bárbara.
Aquele “Bárbara” tinha o poder de me deixar completamente sem chão. Eu ia ao céu e voltava com meu nome saindo da boca dele.
- Oi...
- Estamos com um fuso horário de quatro horas de diferença. Aqui estou bem adiantado do horário daí.
- Então está numa reunião passando das 10 horas da noite? – eu ri. – E ainda tentando me convencer de que está cansando?
- Não deveria? Afinal, são dez horas da noite. E eu estou andando num saguão de hotel, sem rumo, tentando imaginar como você está neste momento.
- Sua reunião deve ser numa boate, tipo Babilônia, cheia de mulheres no pole dance, à sua disposição. – falei com raiva.
- Ciúmes, amor?
- Eu? Claro que não.
- Ben me disse que você dança bem. Quando vai dançar para mim, Bárbara?
- Nunca. Eu não sou a loira do pau do meio.
- Não mandei você dançar “no poste” do pole dance... Mas no pau pode dançar, caso prefira. Aliás, adorei seu gingado nele.
Me senti tão vermelha que minhas bochechas ficaram quentes.
- Tarado, desclassificado.
- Já disse o quanto me excito quando você fala isso? Vou ter que ir para o jardim... Antes que todos vejam que estou ficando de pau duro enquanto converso ao telefone com minha loira preferida.
- Heitor, eu...
- Bárbara, eu não consigo parar de pensar em você. Me diga que o que houve não significou nada e prometo nunca mais voltar à sua vida.
- Não... Quero dizer, sim. Significou... Não posso e não quero negar. Mas eu tenho medo, Heitor. Isso não vai dar certo e você sabe.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Como odiar um CEO em 48 horas
Bom diaa cadê o capítulo 97...
Gostaria de saber o nome do escritor tbm, muito bom o livro, né acabei de rir e de chorar tbm.lindooooo!!!...
Gostaria de saber o nome do escritor(a), pois a leitura foi interessante, contagiante e bem diferente. Seria interessante procurar outras obras do autor....
Por que pula do 237 para o 241 ?...