Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 88

Embora eu quisesse muito acreditar que aquilo era verdade, não conseguia. Estava feliz, mas ao mesmo tempo não via futuro nesta relação. Ele não era irônico, mas não me dizia o que eu queria ouvir: que deixaria todas por mim.

- Heitor, eu já passei por um relacionamento conturbado no passado. Sofri e fui traída. Jamais entraria neste barco furado de novo.

- Jogamos o barco furado fora. Eu posso comprar um novo, Bárbara... Só para nós dois.

- E jogamos quem está sobrando ao mar?

- Se você desejar, sim.

Não, aquilo era demais para uma mulher que nunca foi amada de verdade... E que talvez nunca tenha conhecido o amor de uma forma que não fosse a dolorida. Meu relacionamento com Jardel me trouxe tantas marcas... E um coração partido. E agora eu tentava juntar os pedacinhos com o CEO que tinha duas mulheres e me prometia exclusividade por causa de uma “bem dada” no elevador?

- Por que acha que pode brincar comigo, Heitor?

- Por que acha que é uma brincadeira? Estou saindo da sala. Vou ligar para você.

- Não! Não quero. Por favor, não.

Levantei imediatamente da cama e comecei a arrumar os meus cabelos com os dedos. Mas... Ele só ia ligar. Eu não precisava ficar apresentável. Estava até de pijamas.

Dois minutos depois ele ligou:

- Oi, Bárbara.

Aquele “Bárbara” tinha o poder de me deixar completamente sem chão. Eu ia ao céu e voltava com meu nome saindo da boca dele.

- Oi...

- Estamos com um fuso horário de quatro horas de diferença. Aqui estou bem adiantado do horário daí.

- Então está numa reunião passando das 10 horas da noite? – eu ri. – E ainda tentando me convencer de que está cansando?

- Não deveria? Afinal, são dez horas da noite. E eu estou andando num saguão de hotel, sem rumo, tentando imaginar como você está neste momento.

- Sua reunião deve ser numa boate, tipo Babilônia, cheia de mulheres no pole dance, à sua disposição. – falei com raiva.

- Ciúmes, amor?

- Eu? Claro que não.

- Ben me disse que você dança bem. Quando vai dançar para mim, Bárbara?

- Nunca. Eu não sou a loira do pau do meio.

- Não mandei você dançar “no poste” do pole dance... Mas no pau pode dançar, caso prefira. Aliás, adorei seu gingado nele.

Me senti tão vermelha que minhas bochechas ficaram quentes.

- Tarado, desclassificado.

- Já disse o quanto me excito quando você fala isso? Vou ter que ir para o jardim... Antes que todos vejam que estou ficando de pau duro enquanto converso ao telefone com minha loira preferida.

- Heitor, eu...

- Bárbara, eu não consigo parar de pensar em você. Me diga que o que houve não significou nada e prometo nunca mais voltar à sua vida.

- Não... Quero dizer, sim. Significou... Não posso e não quero negar. Mas eu tenho medo, Heitor. Isso não vai dar certo e você sabe.

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