Como odiar um CEO em 48 horas romance Capítulo 93

Dei a partida e o senti segurar-se com firmeza, parecendo amedrontado.

- Jura que nunca subiu numa moto? – perguntei.

- Juro... Detesto tudo que só tenha duas rodas.

- Curta o passeio e não tenha medo, Heitor. Vou trazer você vivo, juro!

Heitor me apertou ainda mais e senti seu queixo no meu ombro. Não sei se ele estava aproveitando o passeio ou só se preocupava em se esfregar em mim, deliberadamente.

As mãos de repente foram para dentro da minha jaqueta e ele tocou meus seios, fazendo eu estremecer.

Senti o rosto dele se contrair e arrumei o retrovisor, percebendo o sorriso sacana enquanto me encarava no espelho:

- Gosta disso, Bárbara? – perguntou no meu ouvido enquanto alisava-me.

- Sim... – Confessei, sem me dar conta.

O sorriso foi ainda mais lindo agora e nossos olhos se encontravam no espelho.

- Senti saudade... Muita saudade. – Ele mordeu o lóbulo da minha orelha.

- Heitor, você está me distraindo... – falei enquanto saía das ruas secundárias

- Jura? Por que mesmo estando indo em direção a autoestrada? Deve ter medo de ser sequestrado, Bárbara? – beijou meu pescoço, brincando com a língua na pele sensível.

Parei a moto na via de acostamento, a poucos metros da autoestrada.

- O que houve? – ele perguntou.

Eu não saí da moto. Coloquei minhas mãos para trás e o toquei, sentindo que ele estava duro sob a calça.

- Isso... Não vai dar certo, Casanova.

- Só se você não quiser que dê certo... Eu quero fazer dar certo. – Ele disse seriamente, enquanto nos olhávamos pelo espelho.

- Sabe que tem muitos i’s sem pontos, não é mesmo?

- Aceito todos os pontos que você quiser colocar.

Porra, ele era difícil. Não se dava por vencido. Lutava pelo que queria. E eu também era assim. A questão é que ambos queríamos a mesma coisa: um ao outro. Ou ele estava mentindo para mim... Fingindo? Mas... Com qual objetivo? Já tínhamos transado. Ele poderia simplesmente nunca mais me procurar e pronto.

Desci da moto e ele ficou sobre ela, sem eu saber o que passava na sua cabeça.

- Quer... Transar aqui? – me perguntou, debochadamente.

- Tarado, desclassificado.

Ele sentou no banco, deixando os pés no chão. Abriu os braços e me chamou com o dedo:

- Não quero só abraçar... Quero sentir o seu abraço. Me diz que não sentiu saudade de mim... Tanto quanto eu senti de você.

Fui vagarosamente até ele, deixando que os braços fortes me envolvessem. Temerosamente, passei as mãos em volta do seu pescoço, deixando meu corpo junto do dele. Meu coração batia forte e o medo voltava a me assolar.

Eu não sabia receber carinho se não fosse de meus amigos e minha avó. Por muito tempo eu não recebi abraço de homem. Então Sebastian me surpreendeu com seu abraço fraterno e cheio de carinho. E agora Heitor. Claro que ambos os abraços dos CEO’s eram diferentes.

Senti seu cheiro de perfume caro e másculo envolver minhas narinas e fechei os olhos, o apertando.

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