Quando cheguei ao café, Alex já estava me esperando na mesma mesa da última vez. Ele havia se arrumado mais do que o normal — cabelo perfeitamente penteado, camisa social azul, aquele perfume que costumava usar quando queria me impressionar. Era óbvio que tinha vindo com segundas intenções.
— Zoey — ele se levantou quando me viu, tentando me beijar no rosto, mas eu me afastei.
— Alex — respondi secamente, me sentando sem cerimônia.
— Você está linda — disse, seu sorriso carregado de nostalgia e algo que reconheci como esperança. — Esse vestido fica perfeito em você.
— Obrigada — respondi mecanicamente, colocando a bolsa na mesa entre nós como uma barreira física.
— Fico feliz que tenha ligado — continuou, se inclinando ligeiramente para frente. — Pensei muito sobre nossa última conversa, sobre tudo que conversamos. Sobre nós.
— Alex — interrompi, minha voz cortante. — Vamos jogar limpo aqui.
Ele piscou, claramente surpreso com meu tom.
— Eu sei que Elise provocou o acidente que quase matou meu marido — disse diretamente, observando sua expressão mudar. — Sei que ela fez isso com seu carro, e sei que você só se aproximou de mim porque de alguma forma vocês precisavam tirar Christian do caminho para "cuidar" — fiz as aspas com as mãos — de mim.
O rosto de Alex empalideceu instantaneamente, seus olhos se arregalando em choque genuíno.
— O que você está falando? — perguntou, sua voz subindo um tom. — Zoey, que loucura é essa?
— Não é loucura, Alex. Temos provas.
— Provas do quê? — ele se inclinou para trás, como se eu tivesse o esbofeteado. — Você acha que eu... que eu tentaria machucar alguém? Que eu usaria você dessa forma?
— Não sei o que pensar — respondi honestamente. — Por isso estou aqui. Para descobrir se você é cúmplice ou vítima.
— Cúmplice? — Alex repetiu, sua voz carregada de indignação. — Zoey, eu te amei. Ainda amo. Você acha mesmo que eu seria capaz de algo assim?
— Você me traiu com minha melhor amiga — lembrei friamente. — Então, francamente, não sei mais do que você é capaz.
Ele recuou como se eu tivesse o atingido fisicamente.
— Isso é diferente e você sabe disso — disse, sua voz ficando defensiva. — Eu cometi um erro terrível, o pior erro da minha vida, mas nunca... nunca tentaria machucar você ou qualquer pessoa próxima a você.
— Então me explique por que seu carro foi usado para tentar matar meu marido.
— Eu não sei! — explodiu, passando as mãos pelos cabelos. — Meu carro foi batido, eu já disse isso. A Elise bateu, foi ela quem cuidou do conserto...
Sua voz foi diminuindo conforme as palavras saíam, como se ele mesmo estivesse começando a conectar os pontos.
— Alex — disse mais suavemente —, pense. Realmente pense sobre tudo que aconteceu nas últimas semanas.
— Não — ele balançou a cabeça vigorosamente. — Não, isso não faz sentido. Por que ela faria algo assim? Por que ela...
— Porque ela me odeia — respondi simplesmente. — Sempre odiou. E agora que me casei com alguém importante, rico...
— Isso é loucura, Zoey. Você está paranoica — disse, sua voz ficando mais alta. — Completamente paranoica e...
— Ela o quê, Alex? — perguntei suavemente.
— Ela tentou me incriminar — disse, sua voz saindo rouca. — Quero dizer, se algo tivesse dado errado... era meu carro. Tecnicamente, seria fácil jogar a culpa em mim.
Senti uma mistura de alívio e satisfação sombria. Alívio porque confirmava que Alex era inocente no acidente, e uma satisfação que não me orgulhava de sentir ao ver Alex descobrindo que Elise, a mulher com a qual ele havia me traído, era capaz de coisas muito piores do que infidelidade.
— Ótimo — disse, minha voz mais gentil agora. — Então agora você sabe quem ela realmente é.
Alex assentiu lentamente, ainda olhando para os documentos como se não conseguisse acreditar no que estava vendo.
— O que vocês querem de mim? — perguntou finalmente.
— Sua cooperação — Christian respondeu. — Você vai nos ajudar por bem ou por mal.
Alex o encarou por um longo momento, então suspirou profundamente.
— O que posso fazer é conseguir uma cópia do HD da Elise e entregar para vocês — disse. — Ela guarda tudo no computador, e-mails, documentos, conversas...
— Preciso de tudo — Christian o interrompeu. — Todos os acessos a e-mails, senhas, backup do celular, histórico de navegação. Tudo.
— Posso tentar — Alex disse hesitantemente. — Talvez demore um pouco, mas...
— Você tem três dias — Christian o interrompeu novamente, sua voz fria como gelo.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango )
Bom dia. Poderiam liberar 10 capítulos diários. É complicado ler assim, tipo conta gotas. Por isso muitos desistem dos livros e partem pra outros. Pensa nisso com carinho autora....
Poxa q triste, ficou chata demais a história, nas partes da Maitê eu nem gasto mais moedas, reviro os olhos sem perceber…. Li os dois primeiros livros duas vezes, mas essa Maitê dá ânsia...
Que descaso! Comprei as moedas está dizendo que o capítulo 508 está disponível, da erro qdo eu tento liberar e ainda computa as moedas....
Maitê foi um erro na vida de Marco...
Não faz sentido o que aconteceu com o Marco! Essa é a história dele, como assim?...
Cansativo demais. Só 2 capítulos por dia. Revoltante. Coloca logo um valor e entrega o livro completo. Só vou ler até minhas moedas acabarem. Qdo terminar não vou mais comprar. Desanimadora essa situação....
Está ficando cansativo demais, só está sendo liberado 1 ou 2 capítulos por dia (hoje só o capítulo 483)...afff... Ninguém merece.......
2 capítulos por dia, as vezes 1, é ridículo!!! Isso é claramente uma forma de arrecadar as moedas!! Quem sabe, calculem um valor para a história, e seus capítulos … cobrem e liberem!!! Quem quer ler vai pagar, essa forma de liberação só desestimula quem está lendo!!! Está pessimo, além , de opiniões pessoais sobre a obra!...
Estou gostando muito das estórias ….a única coisa é que cobra as moedas e não libera o capítulo …. Já perdi umas 30 moedas com essa situação !...
Que história mais vida louca... AMEI!!!...