Comprei um Gigolô e ele era um Bilionário (Kayla Sango ) romance Capítulo 468

~ MAITÊ ~

O jatinho pousou no Brasil com uma suavidade que contrastava completamente com a turbulência emocional que sentia por dentro. Enquanto taxiávamos pela pista do aeroporto, fiquei apreensiva, como se alguma coisa pudesse acontecer a qualquer momento. Era como se outra bomba estivesse esperando por nós a qualquer momento, escondida em cada sombra, cada movimento suspeito, cada pessoa que se aproximasse.

Não conseguia me livrar da sensação de que estávamos caminhando direto para uma armadilha. Cada segundo que passávamos em solo brasileiro parecia um segundo a mais de exposição a um perigo que eu havia escolhido enfrentar, arrastando pessoas inocentes comigo.

Descemos do jatinho em silêncio, todos nós claramente tensos apesar dos esforços para parecer normais. O aeroporto privado era luxuoso e discreto, mas mesmo assim eu me sentia exposta, vulnerável, como se estivesse num campo aberto esperando o tiro que sabia que viria.

Enquanto esperávamos os carros que iriam nos buscar, me aproximei discretamente de Christian. Precisava fazer uma coisa que vinha pensando durante todo o voo.

— Christian — chamei baixinho, me certificando de que Marco e as garotas não estavam ouvindo.

Ele se virou para mim, sua expressão imediatamente alerta. Provavelmente, anos liderando nos negócios haviam lhe ensinado a identificar quando alguém estava prestes a fazer um pedido importante.

— Posso te pedir um favor?

— Claro.

— Você pode levar a Lívia com você e a Zoey?

Christian piscou, claramente não esperando por esse pedido.

— Tudo bem — disse depois de um momento — mas posso perguntar o motivo?

Respirei fundo, organizando meus pensamentos antes de responder.

— Não sou boba, Christian. Sei de tudo o que está acontecendo e tenho certeza de que você vai deixar a Zoey o mais segura possível. E se a Lívia estiver junto, estará segura também.

Ele concordou com a cabeça, mas pude ver em seus olhos que havia mais perguntas.

— Você tem certeza de tudo o que está fazendo?

A pergunta era simples, mas carregada de todo o peso das consequências que minha decisão havia colocado em movimento.

— Não — admiti honestamente. — Não gosto da ideia de outras pessoas correndo risco por minha causa, especialmente o bebê. E queria que o Marco também me deixasse sozinha, mas...

— Mas ele jamais faria isso — Christian me interrompeu imediatamente — porque ele te ama.

Senti uma pontada familiar de dor no peito ao ouvir aquelas palavras que eu sabia que não eram verdade.

— Você não precisa mentir — disse, tentando manter minha voz firme. — Já tenho clareza sobre como funcionam as coisas com o Marco.

Christian piscou, confuso.

Verifique o captcha para ler o conteúdoVerificar