sabrina becker
Termino de arrumar a cozinha em tempo recorde.
Está sendo um teste de paciência conviver com Paulo. Ele me deixa excitada o tempo todo.
A impressão que tenho é que a qualquer momento vou me desfazer em sua frente.
É numa simples conversa, num simples toque…
Pra começo de conversa, quando ele me toca, eu sinto sempre minha pele arrepiar, não importa aonde seja.
E eu quase não o toco. Só quando ele me pede, seja por um gesto ou com palavras.
Posso enumerar as vezes que toquei nele. Então era para eu sentir isso tudo, sem ao menos ter tocado direito?
Os cinco sentidos são super valorizados no Bdsm. Quando um Dom priva seu fundo de alguns dos sentidos, as sensações triplicam de tamanho.
Quando ele me priva de tocar nele, a vontade aumenta.
Eu queria tocar nele ao chupar o seu pau... Mas isso não significa que não tenha sido tão gostoso, quanto seria se eu tivesse o tocando…
Com os outros dominadores nunca foi assim... Eu sempre senti falta do sentido, que me era tirado.
Muitas vezes me sinto frustrada!
Apesar de ser submissa a seis anos, e de ter uma certa experiência com outros dominadores, Paulo está despertando sensações em mim, nunca antes despertadas por um outro dominador.
E eu devo me preocupar?
"Sim deve... Porque quando tudo isso terminar, o seu coração vai estar muito mais machucado do que quando o Arthur tirou a sua coleira." -diz a minha consciência.
Eu suspiro e tiro esses pensamentos da minha cabeça. Agora devo me concentrar no jogo. Eu já devo ter demorado demais.
Subo as escadas com uma certa pressa, e vou andando calmamente pelo corredor.
Não devo transparecer ansiedade.
Alguns dominadores não gostam disso. Chego no cômodo que é todo feito de vidro. Claro que eu ia investigar onde era o quarto de jogos, quando estava sozinho. A curiosidade era enorme. Mas fiquei meio desapontado, quando vi uma cortina preta cobrindo todo o ambiente.
Bota minha mão na maçaneta da porta e abre. Desta vez ela abre...
Entro e vejo apenas uma iluminação suave no local.
Tiro o roupão e penduro num cabide que tem no canto. Mantenho minha cabeça abaixada, portanto, não sei onde ele está, mas sei que ele está no quarto, pois sinto seu cheiro. Há uma música tocando suavemente.
Me ajoelho na porta e espero na posição submissa. Alguns minutos se passam e escuto um barulho dentro do quarto, mas contínuo com a cabeça abaixada.
Vejo seus pés se aproximarem de mim e ele estender uma mão em minha direção.
Eu seguro sua mão e ele me levanta, me levando até o meio do quarto.
-Pode olhar Sabrina.
Olho para frente e vejo um balanço erótico preso no teto do quarto. O quarto é todo forrado de carpete negro, móveis pesados de madeira escura.
Como um bom quarto de jogos, tem ganchos para todos os lados do teto; No canto uma cruz de Santo André; Uma mesa ginecológica e alguns móveis; paredes cinzas; armários que vão até o teto.
Não há chicotes e nenhum outro apetrecho de bdsm exposto. O lugar parece sinistro, quando visto pela primeira vez, mas a decoração foi feita para que parecesse exatamente isso.
Ele está parado me olhando, sem camisa, com os cabelos molhados, com apenas uma calça de moletom preta.
Ele observa a minha lingerie.
Escolhi para essa noite uma lingerie vermelha toda rendada e transparente. Comprei ela pensando em nosso primeiro jogo. Espero que ele tenha gostado.
Ele passa o vôo pela renda do meu sutiã e diz:
-Amei uma surpresa! Pena que não vou poder aproveitar ela em seu corpo. Mas posso pensar em algumas coisas…
Ele se aproxima mais um pouco e diz:
-Mãos para trás, Sabrina.
Faz o que ele diz. E ele me segura pela cintura, colando seu corpo ao meu. Segura um peito em sua mão e morde o bico por cima da lingerie, fazendo eu arfar.
Faz a mesma coisa com o outro. Se esfregou em minha virilha, morrendo seu pênis duro na minha boceta. Tira o sutiã em seguida.
Ele se agacha em frente a mim, olha para a minha calcinha e faz um movimento com o dedo para que eu vire. Eu viro, mostrando para ele a minha bunda desnuda com apenas um fio dental.
Ele puxa o fio dental e solta, fazendo que eu sinta uma chicotada bem em cima do meu buraquinho. Ele pega o cós da calcinha, e desce ela até meus pés. Pega a calcinha e guarda no bolso.
-Essa é minha!
Se levanta e pega todo meu cabelo botando para trás. Começa a fazer uma trança e depois prende com um elástico que estava em seu pulso.
Sai das minhas costas e diz.
-Bota está balaclava.
Eu olho para o que ele me estende. É uma máscara própria para o bdsm. Ela apenas tem o buraco da boca e pequenos buracos para o nariz. Me deixando no escuro. Definitivamente não dá pra ver nada com ela.
Começo a pôr a máscara.
- Você confia em mim, Sabrina?
- Sim meu mestre!
-Quais são suas palavras de segurança?
- Amarelo e vermelho.
Eu encaixo a máscara e ele me ajuda a arrumar ela direito no rosto.
- Tudo bem?
- Sim meu mestre!
- Fique aí…
Ele se afasta novamente. A partir deste momento estou no escuro. Minha audição fica mais aguda. Vejo que ele caminha para longe, ouço uma porta se abre, o barulho de uma gaveta... A música aumenta um pouco de volume, e sinto que ele se aproxima de mim novamente.

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Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Doce Pecado
Cadê os capítulos...
A leitura não abre... Por quê???...
Cadê os capítulos...