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Doce Pecado romance Capítulo 23

Sabrina Becker

Ele está no balcão da cozinha com uma caneca de café olhando algo no celular, quando desço as escadas. Escolhi para ocasião um vestido de malha esportivo. Todo preto com tiras brancas nas extremidades. Ele tem uma gola pólo, e um sapatênis branco que colocarei na saída. Fiz um rabo de cavalo no cabelo e pus a coleira para sair, que é bem mais discreta.

Ele está de short de malha branco e camisa pólo preta. Um gato, como sempre.

Adorei meu café da manhã.Começar o dia engolindo a porra do meu mestre, é no mínimo excitante, para uma submissa como eu. Eu adoro agradar ele, e saber que ele gostou tanto quanto eu, é maravilhoso!

Saio dos meus pensamentos, quando ele diz:

-Quer um café para despertar antes de irmos?

-Sim mestre.

Ponho o tênis na porta e me sento em sua frente no balcão da cozinha, e ele enche uma xícara me dando em seguida. Põe açúcar na minha frente. Eu adoço e bebo. Ele costuma tomar café amargo. Acho que todos eles... Lembro que Arthur até nisso se metia quando era sua submissa. Nunca deixou eu adoçar o meu café. Então com o tempo parei de tomar café.

As diferenças entre ele e Arthur eram muitas... E toda hora eu me via comparando os dois.

Hoje em dia, se eu pudesse fazer as escolhas, sabendo de tudo que rolou no passado, eu nunca teria aceitado o contrato com Arthur. Nós éramos muito diferentes. Estava na cara que não daria certo.

É que às vezes, a minha impulsividade ditava as regras. Eu queria encontrar alguém e construir uma família, então eu achava que todos os dominadores que apareciam em minha vida, era minha última opção.

Isso era perigoso! Porque as chances de eu me enganar nas minhas escolhas eram enormes. Porque eu escolhi não pela compatibilidade, e sim, pela oportunidade.

Tomo um gole do café para experimentar se está doce do jeito que gosto, e vejo ele me observando.

-Esta linda Sabrina! Sabe jogar tênis?

-Não, meu mestre! Mas gosto de assistir…

- Se quiser aprender, posso falar com os meninos e revezar as últimas meia hora pra você…

-Acho que não tenho talento para jogar... Acho que só vou apreciar ver vocês jogando…

Falo sentindo minhas bochechas corarem.

Eu não sou talentosa com esportes. Sempre fui considerada desengonçada e sem coordenação motora para atividades em grupo…

Então, não obrigada!

Ele confirma com a cabeça e olha para o relógio.

-Temos que ir, eu odeio atrasos.

-Sim mestre!

Tomo mais um gole do café e começo a calçar meu sapatênis pra sair e ele faz o mesmo.

Descemos no elevador, ele segurando minha mão. Ao chegar no estacionamento, vejo Afonso nos esperando.

-Senhor, sua bolsa já está no porta mala.

-Obrigada Afonso, você dirige…

Ele joga as chaves para ele, e abre a porta traseira do seu Audi A8 sedan para mim.

Eu entro, e logo depois ele entra atrás de mim. Afonso dá a volta e se prepara para começar a dirigir.

-Sabrina você deve se comportar na etiqueta do bdsm. Olhos baixos, um passo atrás, eu toco, e você não me toca.

-Sim meu mestre.

-Ir ao banheiro ou passear pelo clube, apenas com Afonso em seu encalço. Vocês vão ficar sozinhas enquanto estivermos jogando, então siga as regras, se não teremos acertos de contas depois.

-Sim, meu mestre!

- Animada?

- Sim, estou ansiosa para ver Duda.

- Será nosso primeiro evento juntos. O clube costuma ser frequentado por pessoas do nosso meio, então precisa seguir a etiqueta. Não me envergonhe Sabrina. Sei que sou um dominador mais maleável e que você tem algumas liberdades comigo, que não teria com outra pessoa. Mas em público as regras continuam sendo as mesmas.

-Farei tudo a contento!

Eu suspiro... Eu sei bem que a etiqueta é importante neste mundo. É a forma que eles têm de dizer que respeitam a hierarquia... E a hierarquia em nosso mundo é importantíssima.

Ele segura minha mão e começa a passar o polegar na palma, fazendo círculos e acalmando meus nervos logo em seguida.

Será a primeira vez que verei Arthur depois de tanto tempo. Estou meio ansiosa, pois tenho medo da forma que ele vai me tratar.

Não por sentir algo por ele ainda... Nada disso... Pra mim essa história já morreu, mas tenho medo de que ele me trate com indiferença ou seja até grosso comigo... Ou que ache que eu estou querendo ficar perto dele... Sei lá... Qualquer coisa desse tipo.

Pode ser constrangedor, como vai ser quando eu jogar com ele... Mas desde o princípio sabia que isso iria acontecer. Então eu tenho que me preparar para o inevitável.

Capítulo 23 Clube 1

Capítulo 23 Clube 2

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