Doce Pecado romance Capítulo 34

CAPÍTULO 34

Paulo Niko Sankyo

-Oi, boa tarde!

Grito chamando as pessoas desta casa.

Não há ninguém na sala.

Já passa das 17h, e a casa está em maior silêncio. Sei que Sabrina está, porque Afonso está na garagem.

Zefa já deve ter ido embora.

Tiro os sapatos e ponho a pasta em cima do sofá subindo para os quartos. Volto a chamar…

-Oi?!

E nada... Será que ela ainda está dormindo?

Falei com Zefa, eram 15h, disse que ela estava descansando.

Abro o quarto e a vejo enrolada no edredom, com a cabeleira espalhada pelo travesseiro, com apenas a luz do abajur que botei perto da poltrona. Uma luz fraquinha que não ilumina o quarto escuro.

Entro no quarto, vou até a poltrona e me sento... Deveria acordá-la... Já está na hora…

Mas não faço, fico apenas admirando aqueles cabelos perfeitos jogados no travesseiro. Aquele rosto sereno.

Só em vê-la dormir já me sinto em casa. É uma sensação de pertencimento incrível. Como que Bernardo tendo aquela cumplicidade toda que tem com Camila, possa achar que isso, não é amor? Que é só sexo?

Eu sei que eu fico animado com todas as minhas submissas. Que sempre acho que elas serão as últimas que farei contrato, mas eu tenho consciência que, por poucas, eu senti esse lance de me sentir pertencendo a alguém. Logo eu, um dominador nato... Não era pra eu sentir que pertenço a alguém…

Será que Sabrina é o famoso caso de amor à primeira vista? No caso seria amor à segunda vista.

Eu sorrio com a piada... Porque nos encontramos anteriormente... Até transamos... E por uma questão de respeito com o meu irmão e ela com o seu dominador , isso tudo que sentimos passou despercebido.

O amor que sempre foi explorado em livros de romance, aquele que meu papa sentiu, quando viu apenas uma fotografia de minha mamã... E soube que tinha que vir para o Brasil, casar com ela...

Será?

Eu suspiro e passo a mão nos meus cabelos. Tiro o paletó e vou para a cama, me deitando ao seu lado e segurando a sua cintura, me encaixando atrás dela e respirando o cheiro doce que exala de sua pele.

Como é gostoso estar aqui.

Beijo seus ombros e ela geme se mexendo.

Fica de frente para mim e acorda... Me olhando com os olhos anuviados, ainda sonolenta.

-Oi…

Ela fala com a voz rouca.

-Oi Hanī…

Ela olha pra minha roupa e pergunta.

-Chegou agora?

-Sim... Agorinha... Fiquei com pena de te acordar, mas são quase seis horas da tarde. Se eu não te acordasse, você ia perder o sono a noite.

-Nossa... Eu dormi isso tudo?

Ela se levanta sentando na cama.

-Melhorou a dor no corpo?

Ela se mexe testando os músculos.

-Sim meu mestre. Estou bem…

-Mesmo assim, não precisa treinar hoje, ok?

-Sim mestre... -ela morde os lábios e me olha, sentando de pernas cruzadas, de frente pra mim na cama. Eu me sento escorado nos travesseiros.

-Senti saudade. -diz ainda com a voz rouca.

-Sentiu falta de ir para o hospital?

-Não senhor, senti saudade do meu mestre. Deixa eu te mostrar o quanto senti saudade?

Ela está com uma camisa de malha comprida que cobre todo seu corpo e meias no pé. A desculpa de pegar minha camisa naquele dia, era que não tinha nenhuma roupa larga. E essa camisa? Parece uma menininha sem maquiagem.

-Quer me tocar Sabrina?

Ela confirma, ainda beliscando os lábios com os dentes.

-Então me mostre, o quanto sentiu saudade…

Ela sorri e vem até mim... Beijando meu lábios com um selinho. Eu seguro seu pescoço e aprofundo o beijo.

Ela sorri no beijo e eu suspiro…

-Descobri que também sentir saudade, hanī…

Falo murmurando em seus lábios.

-Eu quero te chupar senhor, cheguei até a sonhar com isso ainda agora…

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