Grávida de um mafioso romance Capítulo 110

Empurro ela e a mesma cai no chão como um pastel de vento, fico em cima dela e dou mais algumas tapas na cara plastificada da loira azeda, eu estava mesmo precisando extravasar a raiva e o que seria melhor do que bater em uma piranha?

Exatamente nada!

_não foi você que disse que ia me matar, então?_ minha mão acerta em cheio a bochecha dela fazendo um estalo alto e deixando o local avermelhado_ por que não me mata agora, hein?_ ela tenta se proteger colocando os braços na frente do rosto mas como estou por cima dela, pego seus braços e os prendo junto do seu corpo bem apaixo de mim, já posso até sentir a raiva se esvaindo aos poucos.

É tão terapêutico bater em uma Ferraza, talvez eu deva experimentar fazer isso com a loira aguada também.

Sem nada para se proteger e sem nada pra me atrapalhar, cravo minha mão em seu cabelo levantando assim o seu rosto inchado e com a outra mão bato no seu rosto, ora com a palma da mão ora com as costas da mesma, em cada lado do seu rosto o deixando cada vez mais avermelhado. Era tão gratificante e ao mesmo tempo se tornava tão chato, ela não sabia se defender então não tinha como ser uma boa briga mas pelo menos estou obrigando a raiva se dissipar dentro de mim.

_Carol!_ Giulia grita ao me ver caída no chão estapiando a loira azeda, não ouso olhar para trás para não me desconcentrar em quebrar a cara dessa vagabunda, entretanto posso ouvir o som dos saltos da minha cunhada correndo na minha direção_ Carol, solta ela!

Giulia vendo que eu não sairia de cima de Raquel, ela começa a me puxar para trás para me afastar porém eu agarro as minhas duas mãos no cabelo da loira azeda e bato com força contra o chão, ela tem sorte do tapete está impedindo que o estrago seja maior. Bato mais algumas vezes antes de sair de cima dela.

_Carol, você está grávida! E também por que está batendo na Raquel? Foi ela quem me ajudou a descobrir que Frederico não valia nada, ela me ajudou à abrir os olhos..._ quando Giulia diz isso eu imediatamente ligo os pontos, foi loira azeda que inventou a história da suposta traição pra acabar com o casamento da minha cunhada, e o pior de tudo isso é que a Giulia foi manipulada e nem percebeu nada.

_Giulia, acorda! Foi essa vagunda que te disse sobre a suposta traição?_ ela acena que sim com a cabeça_ ela inventou tudo, tenho certeza que Federico não te traiu, ela inventou tudo isso porque ela quer destruir os Benacci, acorda pra vida Giulia! Pensa bem!_ Giulia fica um pouco confusa, talvez ela pensasse que Raquel só tinha feito um bem para ela quando na verdade ela queria destruir sua felicidade. Olho para a vagabunda caída ainda no chão e digo_ então foi mais que merecido o pau que você levou_ sorrio satisfeita.

Além de fazer passar a minha raiva eu ainda tinha vingado a minha cunhada.

O famoso dois em um.

_você está maluca! Giulia, minha amiga você não pode acreditar nessa maluca, ela está inventando calúnias de mim e começou a me bater do nada como uma selvagem_ ela começa a soluçar e fazer a cara de pobre coitada de sempre, igual a que ela tinha feito naquela noite no restaurante quando Luigi me encontrou batendo nela na calçada.

A Globo tem que contratar essa mulher senão vai perder um talento nato desses!

_e você como sempre foi a vítima, que engraçado né?_ debocho na cara dela e Giulia me olha como se estivesse perdida, como se não soubesse em quem acreditar. Talvez não seja isso, talvez ela estivesse perdida pensando na burrada que fez em ter cancelado o casamento com o seu noivo por causa da mentira dessa loira azeda.

Dito isso ela desce na frente enquanto eu a sigo bem atrás segurando as lágrimas, a única pessoa que poderia me ajudar e quem eu podia confiar não acreditava em mim, era como se tudo estive desmoronando para mim, como se uma onda do mar viesse a cada momento e levasse consigo uma parte do meu castelinho de areia. Era por isso que eu estava sentindo aquela sensação ruim, talvez meu sexto sentido quisesse me avisar para tomar cuidado mas eu não liguei, me fiz de desentendida e me fodi.

Quando finalmente descemos as escadas para o térreo, Giulia procura Luigi para um lado e eu o procuro pelo outro, nesse momento eu precisava ter o meu italiano gato bem perto de mim, necessito do seu abraço para me sentir segura e calma outra vez. Ele era o meu porto seguro e o único em que eu podia confiar de olhos vendados nesse mundo ainda desconhecido da máfia.

Meus olhos varrem o salão do térreo e acabam encontrando meu italiano gato no bar, porém ele não estava sozinho, tinha uma mulher loira ao seu lado e por incrível coincidência era a sua ex-noiva, Bárbara Ferraza. A mesma loira com cara de aguada e sem sal, que mais parecia um encosto ou um abutre ao redor do meu italiano. Nossos olhares se cruzam e ela sorri vendo a raiva estampada na minha cara.

Gostando da provocação, ela se aproxima do meu italiano gato e põe a mão no rosto dele, tocando sua barba do jeito que eu fazia quando queria beijá-lo e então ela se inclina e para a minha desgraça Luigi não a afasta, mas quando ela estava prestes à beijá-lo ele vira o rosto. Sinto uma golpeada forte no meu coração, se ele não desviou ou a impediu antes foi porque talvez esperasse pelo beijo dela.

Ele ainda sente algo por aquela mosca morta.