Grávida de um mafioso romance Capítulo 147

Assim que Giulia vai embora a campainha toca, olho para o lado não vendo nem a Holga e nem o Matteo, que sempre estava por perto quando precisamos.

- Será que a Giulia esqueceu alguma coisa? - pergunto ao italiano que agora tinha deixado sua xícara de café de lado e havia se levantando para ir até a sala para atender a porta.

- Não, deve ser outra coisa - ele diz num tom misterioso, sorrindo de canto e logo em seguida me perguntando - você não vem?

Olho desconfiada para ele até a curiosidade falar mais alto e me fazer levantar da mesa para ir atrás de Luigi na sala de estar. Ele caminhava calmamente e aquilo estava me deixando um pouco nervosa.

O que ele estava pretendendo? Qual era o seu plano? Será que ele descobriu o plano de Marco?!

Minha mente se inunda com vários pensamentos sobre Luigi descobrindo o plano do meu ex-namorado e planejando uma vingança fria e perversa como nas fanfics de mafiosos que leio na Internet.

Pai do céu! Sou ainda tão nova pra morrer e ter o corpo jogado no mar! Eu ainda estou grávida, isso seria um pecado maior! Não! Não, Luigi não teria coragem, não pira Carolina!

- Pronta, Carolina? - Luigi se vira para mim com aquele olhar sinistro que me fazia arrepiar de medo. Engulo em seco e balanço a cabeça normalmente, se caso ele descobriu sobre o plano de Marco, não fazia sentindo nenhum ele o sequestrar e obrigar a entrar pela porta da frente da mansão em plena luz do dia.

Ou será que o italiano que tanto pensei ser gentil e cuidadoso na verdade era um mafioso perigoso e vingativo que não tolerava traições? Céus, será que ele virou um vilão de novela das nove e sequestrou Marco pra "capar" o pobre na minha frente?

Afasto os pensamentos quando Luigi segura a maçaneta da porta e abre, escancarando a porta de madeira grande e revelando duas figuras que aguardavam lá na frente. Meu coração para pelo choque e depois volta a bombear o sangue novamente.

- Surpresa! - minha mãe agitava as mãos em animação ao passar pela porta como uma bala e me dar um abraço aconchegante ao mesmo tempo sufocante e apertado, como antigamente.

Eu vou matar Luigi! Ele não disse nada sobre a minha mãe me visitar...

Claro que ele não diria nada! Esse é o seu plano para tentar se reconciliar comigo, eu bem que achei ele estranho na noite anterior quando propus um casamento por contrato e ele aceitou quase no mesmo segundo. Luigi já deveria está planejando isso faz tempo.

E como se não pudesse piorar a situação, ainda trouxe o traste do encostado do Roberto á tiracolo!

Eu juro que mato esse italiano mentiroso!

- Como vai o meu netinho ou netinha? - minha mãe acaricia minha barriga, enquanto eu mantinha meu olhar mortal no italiano cumprimentando o traste na porta - a Giulia me falou e me mandou as fotos e a gravação do ultrassom, uma pena que não deu para ver o sexo do bebê. Mas não se preocupa, filha, tenho certeza que vai dar pra ver na próxima consulta...

Minha mãe continuava fazendo seu questionário de sempre, me perguntando se eu estava me alimentando bem, se estava sentindo dores e etc. Mas minha atenção e ira estavam focadas em uma pessoa vestindo terno, de olhos verdes e sorriso brilhante.

Em outra ocasião eu teria me derretido por aquele sorriso porém hoje, eu tinha vontade de quebrar cada dente perfeito dele no murro, pra ele sorrir com gosto!

Calma, respira Carolina senão você vai acabar surtando como a Carminha de Avenida Brasil e isso não vai ser nada bom para o bebê!

- Então esse é o seu plano? Parabéns, Luigi! Não pensei que você chegaria tão baixo! - grito jogando uma pasta que estava em cima da mesa grande de madeira, Luigi desvia e segura a pasta com papéis antes que caia no chão.

- Não sei de que plano você está falando, Carolina - ele mente cinicamente, com a cara mais lavada do mundo, como se não fizesse ideia do que eu estava falando e põe a pasta de volta na mesa.

- Ah, não sabe? Então vai me dizer que isso tudo - gesticulo com as mãos para a entrada da mansão, de onde minha mãe e o traste tinham entrado - essa suposta surpresa, não é na verdade um plano seu para tentar uma reconciliação comigo?

- Não é nenhum plano, sua mãe estava com saudades então surgiu a ideia durante uma conversa, ela queria te visitar e não achei oportunidade melhor - Luigi se senta na cadeira de couro preta atras do móvel de madeira.

- Óbvio que você não viu oportunidade melhor - gargalho - era tudo o que você queria, não é? Mas eu vou repetir pra ver se entra na sua cabeça, Luigi - me aproximo, colocando as mãos na mesa e me inclinando na sua direção - não vamos mais ficar juntos, nunca mais!

- Nunca diga nunca, Carolina - ele se levanta e circula a mesa vindo até mim, se aproximando a cada passo que eu dava para trás - a sua boca diz uma coisa mas seu coração diz outra coisa, eu sei disso - seus olhos verdes me penetram com aquela mesma intensidade daquela noite - e principalmente o seu corpo...

- Não diga besteiras... - começo dizendo porém ele me corta e continua se aproximando, meus pés se fincam no chão forrado por um tapete grande e desisto de tentar recuar, isso apenas mostraria que eu tinha medo da sua presença.

- Besteiras? Aquele beijo não me pareceu nem um pouco besteira pra mim, nem o beijo que demos no meu quarto quando você foi me espionar, nem o beijo no banheiro e muito menos o beijo no jantar de negócios - ele agora estava na minha frente, seus pés alinhados com os meus, os olhos vidrados nos meus e sua mão se erguendo na direção do meu rosto para segurar minha bochecha.