Grávida de um mafioso romance Capítulo 146

Abro os olhos e a primeira coisa que vejo é Luigi, deitado nas minhas pernas, as patinhas se esticam quando ele acorda da soneca e se espreguiça. Com o rabinho abanando, ele vem até mim quando eu me sento na cama. As suas tentativas de emitir um latido são tão fofas que quase me fazem esquecer do que aconteceu ontem.

Quase me faz esquecer da frieza do Luigi original quando retornamos para a mansão após o término do jantar de negócios, ele tinha assumido aquela frieza depois que atendi uma ligação do Marco. Ainda bem que quando meu ex disse que planejava fugir comigo para longe, ele me deu um prazo para pensar, o prazo era o tempo necessário para ele deixar tudo preparado na empresa dos pais.

Marco estava mesmo considerando fugir comigo para longe e deixar o seu trabalho de anos para trás, ele desistiria de todo o seu esforço por mim. Era como se estivéssemos voltando naquele tempo e ele estivesse tomando uma decisão diferente e não indo embora estudar no exterior para assumir os negócios da sua família. Era como se ele estivesse me escolhendo depois de tudo.

Eu deveria me sentir feliz por saber que tenho alguém em que posso confiar e que me ajudaria sem de importar com as consequências ruins que poderiam acontecer. Mas não me sinto assim, me sinto uma egoísta por ele estar jogando tudo para o alto por minha causa. Não era nem um pouco justo com ele.

E nem com Luigi...

Acaricio as costas do meu pet enquanto minha cabeça se enchia de conflitos internos sobre o certo e o errado a se fazer nessa situação. Eu poderia resolver tudo isso sem fugir, poderia me casar por contrato com Luigi e depois que o prazo acabasse eu poderia ir embora e ficar com quem eu quisesse. Porém que garantia eu tinha que ele me deixaria ir depois que o prazo acabasse?

Eu não tinha nenhuma garantia a não ser a pulseira de esmeraldas que ele havia me dado na noite anterior. Eu teria que confiar nas suas palavras e ultimamente, essa opção está sendo uma das últimas coisas que faria.

Vamos Carolina, admita! Admita que ainda ama aquele italiano mentiroso e que não quer de forma alguma ficar longe dele, mesmo que quando ele estivesse perto você não conseguisse segurar os tantos sentimentos á flor-da-pele que existem dentro de si.

Era muita raiva e tesão reprimidos, era também a vontade de bater na sua cara e gritar com ele misturada a vontade de puxar ele contra o meu corpo e beijar aqueles lábios até perder o fôlego dos pulmões, era também a vontade de mandá-lo ir pro inferno ao mesmo tempo de arrastá-lo até a minha cama.

É tudo tão confuso e os sentimentos durante a gestação ficam uma loucura, não quero tomar uma decisão e acabar me arrependendo depois por um ato impulsivo.

Afasto todos esses pensamentos, eu teria tempo para pensar bem antes de tomar uma decisão definitiva. Me arrasto até o banheiro para tomar um banho e despertar meus sentidos com uma ducha bem gelada. Assim que termino o banho e saio do banheiro, trombo com Luigi no closet.

- Bom dia, você vai descer pro café da manhã? - o italiano de toalha enrolada no quadril vasculhando uma gaveta me pergunta - a Giulia disse que viria.

- Bom dia, se ela for eu vou - finjo normalidade como se não estivesse me incomodando a imagem magnífica daqueles músculos á amostra para eu dar uma bela secada, porém me contenho e procuro por uma roupa numa das minhas gavetas.

Eu não vou fazer o joguinho dele, sei que Luigi fica de toalha só pra me provocar, só porque sabe que tenho uma fraqueza por tanquinhos malhados super gostosos e de gominhos definidos como o dele. Me recuso a dar a satisfação dele me fisgar com uma atitude tão baixa e dou as costas para ele, porém acabo ficando de frente para o espelho, o italiano arranca a toalha do quadril e fica como veio ao mundo.

Ele demora para se vestir e quando dá o nó numa gravata azul, completando o look social usual, se vira na direção do espelho me pegando no flagra. Me viro e pego o primeiro vestido da gaveta voando como um foguete para fora do closet. Não deveria ficar com vergonha de ver ele pelado quando já havia visto tantas vezes porém já fazia um tempo desde a última vez que vi Luigi nu.

***

Descendo depois de alguns minutos que Luigi desceu, apareço na sala de jantar vestindo um vestido rodado amarelo com decote em V. A parte superior da peça deveria ser pequena ou os meus seios deveriam estar crescendo porque o decote ficou bastante indecente para um café da manhã com Giulia e Luigi.

Em outra ocasião, adoraria saber que os meus seios estavam crescendo, sempre me senti uma despeitada, em todos os sentidos. Porém agora, os seios estavam ficando grandes demais, tive que comprar sutiã com numeração maior porque a numeração que eu normalmente usava não me cabia mais.

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