Grávida de um mafioso romance Capítulo 25

_antes disso, eu queria te dizer a verdade..._tampo a sua boca com as minhas mãos, ainda estou traumatizada com aquele sonho, digo, pesadelo.

_não quero ouvir_ ele me olha confuso e eu acrescento_ não mais.

Antes eu faria questão de saber de tudo sobre ele, sobre sua vida, o seu trabalho, amigos e etc. Porém agora, para mim isso não é mais importante.

Nunca tinha sentido uma conexão assim com alguém, e não queria complicar ou estragar isso com a verdade.

Se tudo isso que estamos vivendo é mentira, então deixe-me enrolar, sonhar e me iludir nessa mentira.

Não quero que a realidade me puxe de volta, estou nos braços do meu italiano gato e me sinto muito bem aqui.

É muito seguro aqui, longe da megera da Cassandra e dos problemas cotidianos da minha vida.

Me sinto em um sonho e Luigi estava querendo me acordar.

Ele remove as minhas mãos e continua, desejo tampar os ouvidos e gritar como uma criança, entretanto um pouco do senso que existia em mim me aconselha à ouvi-lo.

Deveria ser algo importante e mesmo não querendo, fico atenta para ouvir. Luigi parece por um instante nervoso, passa a mão pelo cabelo da nuca e o bagunça como se decidisse como começaria aquela conversa.

_quer ir lá para fora?_ ele pergunta e percebo que ele está com dificuldade de continuar, ele deve está tão nervoso que o carro deve parecer abafado para ele.

_okay_ abro a porta do carro e saio primeiro, a hesitação dele estava me deixando tão nervosa que nem ao menos esperei o cavalheirismo dele abrir a porta para que eu pudesse sair.

Estou mais nervosa que o normal, o que que fosse que Luigi diria para mim não mudaria nada, não é?

Não faria me arrepender de nenhuma atitude minha, não é? Não me faria arrepender de cada coisa que lhe disse ou fiz com ele, não é? Não me faria sentir infeliz ao lembrar de cada beijo, não é? E não me faria sentir suja por ter dormido aconchegada em seus braços, não é?

Infelizmente, não tenho nenhuma garantia de que tudo isso não aconteceria.

Olho para Luigi que sai em seguida do carro. E observo ao redor, o vento bagunça algumas mechas do meu cabelo e as prendo atrás das orelhas. O lugar parecia um tipo de parque abandonado, o tipo de lugar que acontecem assassinatos ou execuções.

Ele vai o quê? Me matar e depois enterrar meu corpo?

Okay, Carolina, não exagera, você tem que parar de ser paranoica com essas coisas.

Porém é quase impossível eu não ser paranoica, depois de ler aquela fanfic e depois de ver na internet o que a máfia italiana fazia com os que eram contra eles, eu devo ter ficado cismada.

Desde o dia em que pisei em Roma, no aeroporto, tive que constantemente sorrir para qualquer estranho, não me importo se eles acharam que sou doida da cabeça.

Porém não arriscaria levar uma bala de graça por fazer cara feia para algum homem de terno.

Vai que o cara fosse mafioso, Melissa que não iria dar uma salvadora e me protegeria.

A puxa-saco com certeza diria que não me conhecia e sairia correndo me deixando lá nas mãos dos mafiosos.

Não gosto de imaginar o que de ruim poderia acontecer comigo.

E o pior é que se eu fosse morta e jogassem meu corpo no mar, Cassandra soltaria fogos de artifício quando soubesse, iria ao meu enterro apenas para cuspir no meu túmulo e quando voltasse para casa daria uma grande festa.

Aquela mulher é o cão!

Mesmo hipoteticamente, não duvido que ela faria isso, e com certeza levaria a puxa-saco da Melissa de lado para acompanhá-la em tudo. Pensar nas duas só me daria dor de cabeça após tudo o que fizeram comigo nessa viagem.

Tento manter o foco porém é difícil quando tem um italiano super gostoso com a camisa toda desabotoada mostrando o corpo escultural.

Fica difícil, amiga ?.

Ele encosta na traseira do carro e me olha confuso, devo estar admirando demais o seu corpo porque ele então me puxa pelo braço e me prende contra o porta-malas do carro.

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