Grávida de um mafioso romance Capítulo 30

Acordo com o som do meu celular tocando, tateio sobre a cama com os olhos fechados. Minhas mãos agarram alguma coisa dura porém quente. Forço meus olhos para ver o tanquinho do meu italiano gato.

Eu tinha adormecido em cima dele, ele não era um bom travesseiro mas era muito bom para outras coisas. Olho para cima e fico envergonhada quando vejo que ele estava me observando enquanto eu babava no seu abdômen definido.

_quer alguma coisa aí, Carolina?_ tinha aquele sorriso sedutor de canto no rosto. Deus, ele pode parar de ser tão lindo?

_estou procurando meu celular_ digo, não era mentira, eu realmente queria achá-lo e parar com esse toque infernal.

Ergo meu corpo para sair de cima dele mas de repente sou jogada novamente na cama. Luigi agora está por cima de mim, me esmagando com aquele corpo escultural e gostoso.

_Carolina, isso era só uma desculpa para...

_para nada_mesmo gostando de ser esmagada por esse homem, alguém estava ligando para o meu celular e deveria ser algo urgente levando em conta o horário.

Tento retirá-lo de cima de, o empurro e sou empurrada de volta deixando escapar um sorrisinho de derrota, a essa altura o celular já havia parado de chamar.

_está vendo? Até o celular parou de chamar, esse deve ser um sinal_ se diz elevando meus braços acima da minha cabeça e os prendendo no lugar.

Sua boca rasteja pelo meu pescoço, um arrepio é causado pela sua barba pouco crescida na minha pele sensível.

Ele tinha parado de se barbear quando eu lhe disse que gostaria de ver se ele ficava bonito de barba. Como se ele homem pudesse ficar feio, né Carolina?

E ele tinha dito que gostaria que eu ficasse para poder vê-la crescer. Claro isso demoraria muito e eu não teria tempo para ficar.

Logo após o nosso jantar naquele dia, quando havíamos chegado no hotel, recebi um recado reportado por um funcionário do hotel. Cassandra havia dito que eu voltaria logo logo.

Até hoje ninguém sabe exatamente o que aconteceu no casamento, nenhum jornal ou revista havia compartilhado sobre o cancelamento. Era como se quisessem encobrir o fato de um dos noivos foi largado, ou coisa pior.

Os Benacci era uma família bem influente, tinham muitos contatos e provavelmente os usaram para ocultar esse acontecimento. Assim como ocultaram a presença e imagem do filho mais velho do Sr. Benacci, o tal Kai.

Não consegui nenhuma informação sobre o dito cujo, nem mesmo na festa eu tinha o visto. Mas isso era impossível, até porque ninguém conhecia o seu rosto. Mariana havia me dito uma vez que em Tóquio tiraram uma foto dele, mas ele era muito novo e o seu pai tinha dado ordens para removê-la de qualquer jornal, revista, site.

Ele deveria ser um jovem bem rebelde, levando em consideração todos os estragos que ele fez naquela época.

Ninguém sabia sobre a sua mãe e o seu pai, como era o chefe da família Benacci encobria suas sujeiras.

Nós só sabíamos o que ele nos permitia saber. Ele encobria todas as merdas que o filho fazia, até os estragos acontecidos em Tóquio foram ocultados. Apenas sabíamos que envolvia uma morte de alguém, porém nem nomes e nem testemunhas foram mencionadas nas manchetes. "Apenas um acidente" dizia nos jornais e na Internet.

E tudo foi assim...tão encoberto facilmente.

Me pergunto até onde essa família seria capaz de fazer.

_você está imersa novamente_ olho para baixo para encontrar Luigi deitado entre as minhas pernas.

Quando ele chegou aí?

_o que..._ estou prestes a questioná-lo o que ele pretendia fazer ali naquela região quando o meu celular começa a tocar novamente.

Me levanto e vou em direção à mesa onde o celular estava vibrando e tocando, ouço de longe o meu gato italiano xingando o celular por interromper.

Me inclino para pegar o celular no centro da mesa e ouço a voz de Luigi bem alto no meio da escuridão.

_querida, você nessa posição é provocação demais para mim_ sou incapaz de não me sentir a maior gostosa, assim como qualquer mulher que recebe um elogio quando está toda desarrumada. Posso provocá-lo um pouquinho com isso.

E como vou.

Me inclino mais para frente, posso sentir a parte debaixo do meu pijama subir e deixar minha bunda mais à amostra. Ouço um assobio seguido de uma série de ameaças que ele faria comigo depois que desligasse o celular.

Olho para a tela do celular e o nome de Mari brilhava na escuridão. Já prevejo uma notícia ruim, não que a minha amiga fosse portadora de más notícias, só que quando ela me ligava era para contar algo sobre a ditadura de Cassandra na revista.

E não era as melhores notícias.

Ligação on:

_finalmente você atendeu esse celular, Carolina! Me diz, por que caralhos você tem um celular se não o atende?!

_calma, eu não tinha visto. Você ligou antes?

_não, só passei o dia todo ligando para você!

_desculpa, eu tinha deixado o celular no hotel e saí com o meu....com Luigi.

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