Grávida de um mafioso romance Capítulo 33

_não, não estou_forço um tom casual mas a minha cara entrega a verdade.

_tudo bem, eu finjo que acredito_ele planta um beijo no meu pescoço fazendo meu corpo se arrepiar.

_já falei o quanto apetitosa você está nesse vestido?_ele diz baixinho e eu sorreio de lembrar ele dizendo essa frase quase o caminho todo até o teatro.

_já. E eu acho melhor nós assistirmos antes que a ópera acabe_ele ainda relutante me guia para uma cortina no fim da sala, onde aguardava os nossos assentos.

Não quero força a barra com ele, mas eu ainda vou descobrir quem é aquela loira aguada, não sei por que mas fiquei cismada com essa história. Para mim, tem muito mais coisa oculta aí. Minha intuição nunca falha.

Quem sabe eu não descubra uma história interessante entre as máfias? Ou algum podre da família Agostini?

Talvez Cassandra me contrate novamente se eu voltar com uma manchete reveladora. Mas isso é só uma hipótese, acho muito difícil ela me querer na revista depois que levou uma surra da minha mãe.

Ainda mantenho aquele vídeo guardado na minha galeria. Só para o meu entretenimento.

Estou quase pegando no sono, nunca achei que ópera fosse tão...desgastante. Me encosto no meu assento para ter mais conforto, minhas pálpebras estão ficando cada vez mais baixas e pesadas. O teatro é escuro e estamos no último andar, ninguém me veria tirar um cochilo.

Olho para Luigi que está concentrado, parece mesmo que ele gosta de ópera. Meu corpo vai relaxando ao poucos até eu fechar meus olhos completamente. Ainda consigo ouvir o som das vozes líricas e do meu italiano me chamando.

Abro meus olhos e acordo em um pulo, olho para a sala e não encontro o meu italiano gato. Aonde ele foi? A ópera ainda não acabou e acho que não vai terminar nunca.

Será que ele foi atrás dela?

Okay, Carolina, mantenha a calma e não faça nenhuma besteira. Se ele saiu foi por algo contundente, ele parecia está muito focado na ópera.

***

Segundos depois estou andando pelos corredores, devo está perdida. Por que infernos tem tantos corredores nesse lugar?

As portas estão todas fechadas e não ouso bater para não interromper. Ouço alguém gritando, aquela voz eu já havia ouvido antes, era da loira aguada!

Me aproximo da sala, aonde o barulho era emitido, coloco meu ouvido contra a porta e escuto a conversa lá dentro.

_sim, eu o vi e já estava com outro brinquedo!...sinceramente homens são todos iguais!_presumo que ela falando ao telefone porque não consigo ouvir outra voz que não seja a dela berrando dentro do cômodo.

A voz dela é tão irritante, tenho vontade de enfiar uma meia dentro da boca dela para fazer parar de falar. Mesmo não gostando do som irritante, tenho que ouvir o resto da conversa. Não quero cometer os mesmos erros como nas novelas, que uma pessoa ouve apenas uma frase e tira conclusões precipitadas.

_sim...estou no teatro...como não posso ligar? Ele está...tudo bem não precisa me lembrar!_não sei com quem ela estava falando ao telefone mas parece que a pessoa disse algumas verdades que ela não gostou. Ouço o som de algo batendo na parede, deveria ser o celular dela.

A partir daquele momento o barulho cessou, Luigi com certeza não estava aqui dentro. Tenho certeza por causa do barulho das coisas quebrando, se ele realmente estivesse dentro dessa sala, não seria barulhos de coisas quebrando que seriam emitidos.

Se é que você me entende...

Uma ponta de alívio me atinge, só de saber que o meu italiano gato não estava com essa loira aguada, já si to um peso saindo das minhas costas, ou melhor, da minha cabeça.

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