Grávida de um mafioso romance Capítulo 43

Ando pelo corredor como se estivesse à caminho para o matadouro, Mari estaria me esperando no elevador caso precisasse de ajudar. Tenho fé de que não precise da sua ajuda.

Vou informar da minha demissão, passar no Rh e ir embora dessa empresa, repasso na minha cabeça tudo que o pretendo fazer ao entrar naquela sala. Seria muito fácil, não precisa se preocupar Carolina, basta você seguir o cronograma que montou na cabeça que vai dar tudo certo.

Errado, nunca dar certo as coisas que tenho na minha cabeça.

Bato primeiramente na porta e a voz grossa do loiro do banheiro avisa para que eu entre, abro a porta hesitante, não queria entregar a minha demissão para ele porém como ele havia se tornado sócio e além disso, era o sócio majoritário, automaticamente ele virou o meu chefe.

O encontro sentado em frente à sua mesa, vestindo o mesmo estilo de roupas, ternos caros acompanhados de gravatas que valeriam mais que todos os salários que recebi em todos esses meses que trabalhei na revista.

Acho que não vai ser tão fácil sair dessa sala quanto imaginei.

_pode entrar_ele diz num tom calmo e através da sua expressão neutra confirmo que ele ainda não estava sabendo sobre o meu verdadeiro nome. Ótimo, continuo segura.

_soube que o senhor queria falar comigo_ele faz um gesto para me aproximar e tenho medo do que possa acontecer se não ficar em um distância segura dele.

_sim, pedir que chamassem você para..._ele começa a falar e minha mente só entende como blá-blá-blá, minha cabeça gira com as imagens do sonho que tive na noite passada. Céus como posso olhar na cara dele agora?

Imagens dele me beijando, me agarrando e me deitando sobre aquela mesa...não, não Carolina, tenha foco! Foco!

Tento olhar para ele porém não consigo manter o contato visual e deixo meus olhos vagarem por toda a sala menos para Matteo. Posso sentir meu rosto esquentar ao lembrar das palavras dele no sonho, "não fuja de mim, Carolina, porque eu sempre vou te encontrar".

_me compreende?_ele diz e aceno com a cabeça mesmo não tendo ouvido nada do que ele havia dito. Ele para de falar e noto que essa deve ser a minha deixa para falar sobre a minha demissão.

_quero me demitir_as palavras simplesmente saltam para fora da minha boca, eu tenho que parar de fazer isso. O loiro do banheiro arregala os olhos incrédulo.

_mesmo depois de ter proposto triplicar o seu salário?_ele pergunta e eu fico sem saber o que dizer, então era isso o que ele estava falando enquanto eu estava tendo devaneios dentro da minha cabeça sobre o sonho erótico que tive com ele_você está tão aérea que nem ouviu nada do que falei. Qual é o problema? Minha proposta não te agrada?_ ele vem na minha direção e sinto a tensão no ar.

Ele continua se aproximando de mim e eu continuo dando passos para trás, ele me rodeia como um tubarão prestes à atacar sua presa. Então me dou conta que agora estou encurralada, entre a mesa e o dono dela.

_não é isso, eu...eu queria mesmo me demitir da empresa antes mesmo do senhor virar o sócio..._ele continua se aproximando até ficar frente a frente comigo.

_não me chame de senhor, vou me sentir velho assim_ele acaricia meu rosto com uma de suas mãos e completa_por que você está me olhando assim? Seu rosto está vermelho, por acaso estava tendo pensamentos impróprios com o seu chefe, Mariana? Ou...teve algum sonho erótico com o seu chefe durante à noite?

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