Grávida de um mafioso romance Capítulo 80

_meu nome é Carolina, tenho vinte e três anos, estou no primeiro mês de gestação e não sou mãe solteira_ digo um pouco sem graça e todos me aplaudem.

_então, ele é o pai?_ Regina pergunta e eu aceno que sim_ apresente-se se quiser_ ela diz gentilmente.

_boa tarde, meu nome é Luigi e eu sou..._meu italiano gato olha para mim, se ele disser que era o meu amante, sou capaz de baixar a Nazaré Tedesco, empurra ele até uma escada e jogá-lo de cima_ namorado dela.

Ele alcança a minha mão e a beija, algumas grávidas e casais acham fofo enquanto a morena ao meu lado era corroída por inveja.

Após esse momento super fofo e satisfatório para a minha parte, começamos de uma vez o bendito curso.

Primeiro, Regina fez um tipo de questionário oral para todos na sala, Luigi e as grávidas responderam tudo corretamente, exceto eu que errei quatro vezes a mesma pergunta. Meu italiano gato me disse que não tinha problema por eu não ter acertado nenhuma das questões, até porque todas as grávidas na sala estavam com a gestação avançada, diferente de mim que estou apenas com um mês.

Segundo faríamos uma aula prática com bebês de mentira, deveríamos dar banho nele, trocar as fraudas e aprender alguns truques que todos os pais deveriam saber sobre a gestação e principalmente sobre o bebê.

Quando iniciamos essa aula, Luigi foi de muito utilidade, até de mais para o meu gosto. Algumas grávidas que não conseguiam acertar a temperatura da água para o banho pediram a sua ajuda.

E como ele é super prestativo, claro, foi ajudar e me deixou sozinha. Olho ao redor, tinha duas grávidas fofoquieras no final da sala cochichando e olhando para mim, devem está achando que não sei fazer nada sem o meu italiano gato.

O pior é que era verdade.

Nunca pensei que Luigi fosse tão bom nesse negócio de gravidez, ele era bem desenrolado e sabia de tudo. Me arrisco a dizer que ele sabia mais que a própria professora. Não sei explicar como ele sabe de tanta coisa, era como se ele já tivesse tido um filho.

Carolina, não comece a paranoiar! Você sabe que só dá merda quando você faz isso!

Olho para as grávidas fofoqueiras e vejo que ambas estavam rindo de mim, me sinto desafiada a mostrar do que sou capaz. Vamos, Carolina você consegue! Digo a mim mesma e começo a preparar o banho de bebê, aumento um pouco a temperatura para aquecer mais rápido e aproveito para policiar o meu italiano, havia muitas piranhas de olho no meu Nemo.

Observo ele de longe, parecia um pai, bom, na verdade ele era um. Tinha a experiência e a dedicação, além da eficiência que poucos possuíam, espero que ele não mude com o tempo.

Luigi era um pai de verdade, ele se preocupava com o nosso bebê e isso me faz lembrar do meu pai. Não sei porque estou lembrando daquele traste que nem ao menos se importou comigo quanto abandonou a minha mãe grávida, aquilo não se pode ser chamado de pai.

Acho que deve ser Luigi, ele está me fazendo lembrar de algo que nunca tive, um pai. Talvez seja a sua dedicação para com o bebê, uma dedicação que nunca recebi ou sua preocupação que apenas tinha chegado à mim por parte da minha mãe.

Tenho muito orgulho dela, por ter me criado sozinha sem depender de homem algum, ela foi guerreira apesar de que uns tempos para cá, ela tenha perdido um pouco da visão.

Porque ficar com aquele encostado do Roberto e ainda o deixar morar conosco, só pôde ser causado por uma cegueira m*****a.

_Carolina, não é?_ uma das grávidas fofoqueiras vem até mim e olha para a banheira em que estou preparando o banho do bebê.

_sim?_ digo querendo que ela diga o que quer e vá embora com urgência antes que eu derrube essa água quente nela. Porém mudo rapidamente de ideia, esse era um momento propício para que mostrasse que sou capaz de preparar algo sozinha e sem a ajuda de Luigi_ah, você pode ver se está certa a temperatura da água?

Já imagino a cara de surpresa quando ela colocar a mão e sentir que está na temperatura certa. A fofoqueira coloca a palma da mão bem próxima à água, sem tocá-la e diz:

_está perfeita_ posso sentir meu ego aumentando aos poucos, eu sabia que poderia fazer uma coisa certa, bastava apenas prática e nesse caso acertei de primeira sem precisar praticar_ para cozinhar o bebê vivo!_ ela diz um pouco alto e algumas grávidas ao redor sorriem.

Como se chama o bullying de uma grávida com outra grávida mesmo? Porque acho que vou processar todas!

_você precisa de ajuda, Carol?_ Luigi vem até mim e sinto raiva por não conseguir preparar um simples banho, era humilhante, acho que todas as grávidas nesse curso devem me achar uma péssima mãe.

Quando ligo a torneira para colocar a mão debaixo, sou puxada para longe. Antes que eu questione alguma coisa, Luigi pega um pano, ensopa de água fria e enrola na minha mão. Ele diz para todos que está tudo bem e que vai me levar para o hospital mais próximo.

_eu não preciso ir para o hospital, é só colocar uma pomada que num instante passa a dor. Você está fazendo dramático!_ Luigi olha para mim e segura na minha mão que sofreu a queimadura_ ai!

_você ainda acha que estou sendo dramático?_ ele me arrasta pelo shopping apressadamente até o estacionamento.

***

_me encontra no hospital, vou levar a Carolina para lá porque sofreu um grave acidente_ Luigi manda uma mensagem de voz para Matteo.

Sinceramente, nem a própria xuxa faz um show desses que Luigi está fazendo, foi só uma queimadura e apesar de está penicando um pouco, acho normal, não era como se fosse a primeira vez que me queimei e nem seria a última. Do jeito que sou atrapalhada, Luigi teria um ataca se soubesse quantas vezes eu me queimo na cozinha.

_você está sendo muito dramático, sabia?_ele abre a porta do carro para que eu entre dentro do mesmo, quando ele rodeia o carro rapidamente e se senta no lugar do motorista, se vira para mim e assume um tom muito sério.

_você quer perder a sua mão?_ Luigi me pergunta e sinto como se a minha vida dependesse dessa mão que sofreu a queimadura.

Que papo é esse de perder a minha mão?!

Pronto, já não sou muito boa com duas mãos, com uma então....Senhor!

N/a: Luigi, para de show q tu n é xuxa!