Grávida de um mafioso romance Capítulo 84

_Carolina, acorda!_ abro meus olhos e encontro Mari sentada ao meu lado, olho ao redor e percebo que estou deitada na minha cama.

_o que aconteceu?_ pergunto e ela me ajuda a sentar, sua expressão estava me deixando um pouco nervosa, algumas cenas da noite passada passam pela minha mente e fazem com que a mesma doa ainda mais.

_Carol, você se lembra que desmaiou?_ ela me pergunta e eu afirmo que sim com a cabeça, me lembro que fiquei muito nervosa e acabei desmaiando na cozinha quando a minha mãe descobriu a verdade. Era a única coisa que me lembro da noite anterior_ e você se lembra de mais alguma coisa?_ nego com a cabeça.

_não, não me lembro de mais nada, onde está Luigi?_ olho em volta pelo meu quarto e não encontro a sua bagagem_onde está ele?!

_Carol, tenha calma vou te explicar tudo o que aconteceu enquanto você estava desacordada_ ela tenta me tranquilizar mas não adianta de muito, ainda estou muito preocupada com o que aconteceu ontem à noite e não ver que Luigi estava ao meu lado está me deixando ainda mais assustada.

_Mariana, diz logo de uma vez! O que aconteceu?!_ digo um pouco alterada e a minha amiga suspira antes de começar a me explicar os acontecimentos de ontem à noite.

_tudo bem, Carol quando você desmaiou ontem á noite acabou caindo no chão e se machucando, você não deve está sentindo nada por conta do anestésico para dor. Infelizmente você perdeu o bebê, Luigi te levou para o hospital e os médicos tentaram de tudo para salvá-lo porém foi tarde demais..._ Mari continua contando as coisas que aconteceram porém não consigo me concentrar.

Tampo a minha boca com uma mão e com a outra coloco na minha barriga, eu havia perdido o bebê em um acidente, apesar de triste que possa parecer a situação, eu deveria está aliviada porque nunca quis estar grávida porém sinto que algo dentro de mim se quebrou ou foi perdido.

Apesar de não aceitar de primeiro a gravidez, eu estava me acostumando, estava tentando ser uma mãe melhor e até estava fazendo um curso para grávidas. Agora todo o meu esforço não valeria de nada, eu tinha perdido o motivo para isso tudo.

Acaricio a minha barriga como fiz durante várias vezes em que estava sozinha, me sentindo ainda mais sozinha do que antes, era como se eu tivesse perdido uma parte de mim.

Na verdade, o bebê era uma parte de mim junto com uma parte de Luigi. E pensar que antes eu não gostava nem de ouvir a palavra gravidez. Me sinto tão vazia agora, tão triste por nem ao menos saber se era uma menina ou um menino. Eu perdi essa parte de mim, esse pedacinho que me unia com o meu italiano.

Eu tinha pensado em vários nomes, até pesquisei alguns significados, deixei tudo digitado no notas do meu celular para ler quando tivesse algum interesse. Agora aquilo só seria uma lembrança bonita de algo que nunca existiu, de algo que eu perdi, de algo que eu não dei tanto valor ou importância.

Mas agora do que me adiantava lamentar?

Se eu não tivesse sido tão covarde e tivesse falado a verdade, se eu não tivesse fugido como sempre faço quando me sinto encurralada, se eu não tivesse tanto medo de sair da minha caixinha e mudar como pessoa, se eu tivesse levado mais à sério, se eu tivesse tido mais responsabilidade o meu bebê ainda estaria aqui. Continuo acariciando a minha barriga como se ele ainda estivesse ali dentro, as lágrimas saem copiosamente dos meus olhos e molham a minha mão, que mal continha o som do meu choro.

Me sinto horrível, isso tudo foi por minha causa, porém do que me adiantaria ficar remoendo na cabeça o que aconteceria se eu não tivesse sido tão irresponsável, isso não traria o meu bebê de volta, não o traria jamais para os meus braços.

Mari me abraça bem forte, eu tinha perdido algo importante para mim, entretanto eu não sabia que era tão importe até perdê-lo.

É como dizem, você só dá valor quando perde...

_e onde está Luigi?_ pergunto entre soluços, preciso dele, preciso que ele me console em seus braços, quero dividir com ele o peso dessa perca tão importante, quero me unir ainda mais à ele. Quero tentar novamente, da forma correta agora, sem mentiras e sem fugas.

_Carol, Luigi disse que precisava de um tempo então ele voltou para a Itália e disse que não era para você procurar por ele porque ele não queria ser encontrado_saber que o meu italiano queria ficar longe de mim doeu como uma facada, mesmo Mari dizendo que foi um acidente e que eu não tinha culpa nenhuma, não consigo não me sentir culpada.

Ele estava animado com a gravidez, enquanto eu só fazia reclamar e reclamar, não o julgo por me achar culpada por isso e não querer olhar na minha cara. Entendo ele querer fugir para longe de mim, até porque eu também gostaria de fugir de mim mesma, entretanto, foi fugindo que esse infortúnio me aconteceu. Então decido a partir de hoje nunca mais fugir.

Nesse exato instante a porta do meu quarto se abre e minha mãe entra, seu rosto não esboçava nenhuma expressão além do desgosto que estava sentindo. Mari se desvencilhar-se de mim para que eu prestasse atenção ao que a minha mãe diria.

_não quero você mais debaixo do meu teto, você é uma vergonha!_ ela grita e eu com muita dificuldade me levanto da cama e vou até ela.

_mãe, por favor, me deixa explicar..._ sou interrompida pelo tapa na cara que ela me dá, o som do tapa ecoa pela minha cabeça várias e várias vezes.

Fazia muito tempo desde que ela tinha batido em mim, mas ela nunca havia me batido no meu rosto. Me sinto pior do que estava me sentindo antes, sou tão desprezível ao ponto da minha própria mãe me rejeitar?

_não quero você mais aqui, acho melhor você arrumar a sua mala, não, melhor, pode deixar que eu mesma faço_ ela vai até o meu guarda-roupa, pega algumas roupas e indo na janela mais próxima ela as j**a na rua.

_não!_ grito o mais alto que consigo, meu corpo fraco cai de joelho e não tenho forças para me levantar, quero que essa dor que estou sentindo passe o mais rápido possível, meu coração está se quebrando aos poucos, penso que se mais alguém decidi me abandonar vou quebrar por inteira.

_Carolina, está me ouvindo?_ ouço uma voz distante me chamando e a minha visão começa a embaçar.

Será que chegou a minha hora?

_Carol, está me ouvindo?_ ouço a voz da minha amiga me chamando e logo em seguida do loiro do banheiro.

_filha, por favor acorda!_ ouço a voz da minha mãe, olho ao meu redor e não consigo ver nada, será que tudo não passou de um pesadelo?

_Carol? Ela está acordando!_ouço a voz do meu italiano gato, quando abro meus olhos vejo todos amontoados ao meu redor: minha mãe, Mari, Luigi, Matteo e até mesmo Roberto.

As lágrimas são mais fortes que eu, começo a chorar e ninguém entende o porquê. Aquele pesadelo tinha me aberto os olhos, eu amava esse bebê assim como amava Luigi e jamais gostaria que nenhum dos dois me abandonassem. Luigi me abraça e eu o agarro forte, tudo não passou de um horrível pesadelo, meu bebê e Luigi estão comigo.

_o que aconteceu?_ ele me pergunta baixinho e todos que estavam ao meu redor foram se distanciando para nos dar privacidade. Até mesmo a minha mãe que estava bastante preocupada concordou em me dar espaço_ o que te fez ficar assim, huh?

_um pesadelo terrível, eu sonhei que perdia o bebê e você me abandonava sozinha. E ainda por cima, minha mãe me expulsava de casa_ começo a soluçar nos braços do meu italiano. Me sinto tão segura perto dele, tão protegida.

_minha querida, eu nunca que expulsaria você de casa e mesmo agora que você está grávida_ minha mãe se abaixa e me envolve nos seus braços também.

_ah, eu quero abraço também!_ Roberto diz se aproximando de mim.

_vamos com calma, eu ainda estou um pouco tonta_ ele sorri e leva na brincadeira, óbvio, estava bêbado demais para sentir meu sarcasmo_agora, alguém pode me ajudar a levantar do chão? Minha bunda está doendo.

N/a: chega até chorei fazendo esse capítulo ?

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