Grávida de um mafioso romance Capítulo 92

Luigi fica em completo silêncio e eu fecho a porta, a pergunta de Matteo me fez pensar que Luigi ainda gosta da Bárbara e o seu silêncio não me agradou em nada. Mas se ele ainda gosta da ex dele então porque infernos vai me pedir em casamento?

Claro, ele vai esperar por ela e se certificar se ela vai querer ou não voltar para ele e então se ela não quiser, a segunda opção aqui será pedida em casamento. Meus olhos se enchem de lágrimas e sou obrigada a tambar a boca para que os soluços não sejam escutado por eles.

Me deito na cama e me cubro com o cobertor, preciso tanto da Mari porém não posso contar com ela nesse momento e também não sei se consigo mais confiar nela.

Calma Carolina, respira! Ah, malditos hormônios que não me deixam em paz!

Ouço o barulho da porta do quarto se abrindo e finjo que estou dormindo, fico mais calma quando Luigi não vem verificar se estou mesmo dormindo antes de se deitar do meu lado. Assim que ele se deita, seus braços braços envolvem e o calor do seu corpo me aquece.

Lágrimas escorrem dos meus olhos e gritos são calados dentro de mim, não quero pensar que o meu italiano gato me deixaria com o nosso bebê para voltar para a sua ex-noiva. Ele parecia tão feliz com a minha gravidez mas o silêncio dele quando Matteo perguntou o que aconteceria comigo e com o bebê se Bárbara voltasse para tentar ter uma segunda chance com ele, me deixou afligida.

Ele aceitaria?

Ele ainda gostava dela?

_eu amo você_ ele sussurra e planta um beijo doce no meu ombro desnudo, não consigo me segura, é mais forte que eu.

Me viro e o abraço, deixo meu rosto bem enterrado no seu pescoço para que ele não veja que estava chorando. Luigi passa a mão pelos meus cabelos e o seu carinho me faz ficar calma, assim adormeço em seus braços tranquilamente.

Meu italiano gato não era só bom no chá como também no cafuné.

***

_sua cara está toda amassada_ Matteo aponta para o meu rosto e Luigi me dar um beijo sorrindo em seguida com o comentário do loiro do banheiro.

_pelo menos não é o meu cabelo que está parecendo que passou um furacão_ retruco, o cabelo de Matteo estava uma mistura de sobrevivente de um furacão com uma pessoa que acabou de sair de uma briga.

Sei disso porque já deixei várias meninas assim na escola quando me metia em brigas.

Matteo faz uma careta para mim e eu mostro a língua para ele, Luigi apenas sorri das nossas alfinetas durante o almoço. Quando chegamos em Roma já deveriam ser umas três horas da tarde, um carro nos aguardava fora do jatinho do meu italiano para nos levar para sua casa.

Todos entramos e o chofer seguiu para o nosso destino, continuo olhando as ruas de Roma através da janela, listo na cabeça todas as lojas em que gostaria de entrar para conhecer e gastar o dinheiro de Luigi.

Se ele pretendia me largar com o bebê, então eu deveria aproveitar e fazer um rombo no patrimônio dele. E se ele não fosse me abandonar para ficar com a tal da Bárbara, então ele teria que se acostumar com os meus gastos daqui por diante porque a minha barriga está crescendo e as roupas que comprei não estão cabendo mais.

O que você queria Carolina? Você come parecendo que tem um buraco negro no estômago.

De repente o carro para na rua e todos ficam sem saber o que está acontecendo, Luigi pergunta ao chofer porque paramos e o mesmo se vira para nos dizer o motivo. Era simples, o chofer na verdade era a Giulia, irmã de Luigi.

_chegamos ao seu destino irmãozinho, você desce aqui, vou raptar Carolina só um pouco e te devolvo á noite_ meu italiano gato tenta fazê-la mudar de ideia mas Giulia está decidida a me raptar para algum lugar que eu não sei_ não estou pedindo, Luigi. Isso é uma ordem.

Luigi vendo que não teria uma forma de mudar o plano da irmã, só lhe resta descer do carro e esperar um outro carro vir buscar ele. Quando Matteo estava prestes a descer do carro também, Giulia o dete e j**a o quepe no seu colo.

_aonde pensa que vai? Você vai dirigir para nós hoje, vai ser nosso motorista particular_ a notícia parece não ter agradado muito o mesmo, que se nega no mesmo segundo_ não negue querido, você sabe que eu consigo sempre o que eu quero então agilize o processo e pegue o seu lugar de direito.

Dito isso ela passa para o banco de trás para se sentar ao meu lado enquanto o loiro do banheiro se senta no lugar do motorista. Ele pergunta o destino e Giulia diz que iríamos para o salão dos Milani, nunca nem ouvi falar sobre esse salão mas pelo nome já percebi que deve custar os olhos da cara.

Como não sou eu que estou pagando e sim Luigi, então estou tranquila em relação á fatura do mês.

Durante todo o trajeto até o salão, Giulia vem me contando todas as coisas que vamos fazer, desde as unhas e cabelos até massagem tailandesa que ela diz ser dos deuses. Ela continua contando sobre os tratamentos de beleza que existem no salão enquanto a minha mente voa para a conversa que ouvi entre Luigi e Matteo.

_acho que se eles usarem cactos durante a massagem facial deve ser muito bom para pele, você não acha?_ Giulia me pergunta e eu afirmo com a cabeça_ você não ouviu nada do que eu disse, não foi?

_ouvi sim, é só que eu estava pensando em uma coisa, mas eu ouvi sim sobre os...tratamentos...massagens né?_ ela sorri enquanto eu me enrolo ainda mais na mentira.

_Carol, eu falei sobre passar cacto na massagem facial e você concordou_ me pergunto quando foi que eu concordei com isso, devo está tão aérea que nem percebi.

_desculpa, eu estava meio que perdida em pensamentos_ evito olhar para ela e continuo admirando a área verde por onde estamos passando. Se eu continua remoendo esses pensamentos pode ser que faça mal para o bebê então é melhor eu parar de pensar nisso.

Giulia segura a minha mão e me faz olhar para ela.

_não precisa se desculpar, eu entendo que deve ser difícil para você essa nova vida então pode contar comigo para qualquer coisa. E foi por isso também que decidi te raptar para um dia no salão, nada mais levanta o astral de uma mulher do que dar uma repaginada no visual_ observo a animação da Giulia, ela realmente queria me ajudar e parecia ser uma ótima pessoa.

_muito obrigada_ seguro a mão dela e lhe dou um sorriso sincero, a sua animação tinha me contagiado e me feito repensar em tudo. Se Luigi quisesse me deixar, tudo bem, se a ex-noiva dele queria se reconciliar com ele, tubo bem também, essa decisão não era minha porém não vou mais ficar paranoiando e sofrendo por causa de Luigi. Eu agora tenho o meu bebê e sinto que sou capaz de fazer qualquer coisa por ele.

_desde a primeira vez que o meu irmão falou de você, eu senti que nos daríamos muito bem. No começo achei que ele estava exagerando mas assim que te conheci percebi que ele tinha sido até humilde quando estava falando de você_ fico um pouco envergonhada, eu estava sendo elogiada pela minha futura cunhada e não sabia como corresponder á isso.

_olha, ela é tão fofinha quando está com vergonha_ Matteo resolve que é uma boa hora para os seus comentários_ nem parece a mesma pessoa que roncou durante toda a viagem e não me deixou dormir.

_cala a boca, eu não ronco!_ era verdade, bom, para mim era a verdade. Eu não tenho como saber se ronco ou não porque estou dormindo.

Talvez eu pergunte depois para Luigi.

_ronca sim! O jatinho até tremeu de tão alto que ela roncava_ Matteo implica comigo e Giulia sorri com a brincadeira_ não negue, você ronca sim! Você é uma ronconilda...

_ah, cala a boca loiro do banheiro!_ me descontrolo e acabo falando o apelido que dei para ele, Giulia começa a ter uma crise de riso e Matteo frea o carro imediatamente e olha para trás.

_do que você me chamou?_ ele me encara pedindo uma explicação.

Posso fazer nada, ele que provocou, eu só revidei.

_loiro do banheiro, de onde veio esse apelido?_ Giulia pergunta tentando se recuperar.

_foi de quando a gente se conheceu_ sem perceber eu acabo falando demais, nem ela e nem Luigi sabiam como eu conheci Matteo, todos pensavam que eu só conheci ele na empresa quando o mesmo viajou para o Brasil.

_é, foi uma história muito engraçada, eu encontrei ela..._ Matteo começa a falar e eu o interrompo na mesma hora, ele não estava nem louco de contar como a gente se conheceu.

Se ele contar, eu mato ele e aproveito que estamos em uma área de bosque e escondo o corpo por aqui mesmo. Qualquer coisa digo que foi um acidente e que ele foi sequestrado por alguma máfia rival. Ou invento qualquer outra história.

Mas matar ele é obrigatório!

_é uma longa história, muito chata e longa, você não vai ter paciência de ouvir tudo...falta muito para chegarmos?_ mudo de assunto para que ela não insista em saber da história.

_eu vou querer saber mesmo assim da história, mas terá que ser depois porque acabamos de chegar!_ olho pela janela, não vejo nada além de mato.

É o salão da Maria Florzinha, é?

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