Jogo de Intrigas romance Capítulo 16

Resumo de Capítulo 16: Jogo de Intrigas

Resumo do capítulo Capítulo 16 do livro Jogo de Intrigas de Rebecca Santiago

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 16, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Jogo de Intrigas. Com a escrita envolvente de Rebecca Santiago, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.

Um cumprimento desajeitado e formal, essa é a reação de Heitor e Joaquim na presença um do outro.

Observar os meus filhos juntos, pela primeira vez, é como ter uma escola de samba inteira dentro do meu coração. Eu queria me ajoelhar, abrir os braços e apertar os dois com força até que eles sufocassem.

Theodoro costumava dizer que era o meu jeito brasileiro. A carioca que habita em mim é calorosa o suficiente para adorar beijos e abraços. E para gostar de ver o circo pegar fogo, claro.

Só que não posso fazer isso agora. Não posso agarrar aqueles dois e enchê-los de carinho, exatamente como eu desejo. Primeiro, eu preciso conceder espaço a eles.

Durante a apresentação desengonçada dos filhos, Theo está presente e não está, ao mesmo tempo. O cappo está ao telefone ditando ordens em italiano naquele seu tom imperioso. Ele corre as mãos pelo cabelo e esfrega o rosto, visivelmente irritado.

Eu que não queria ser a pessoa do outro lado da linha. Ela, com certeza, está passando por um mau momento.

Quando Theodoro desliga o telefone, a expressão do seu rosto vai modificando até atingir aquele ar impassível ao qual eu já estou habituada.

Quim esfrega a ponteira do seu tênis novo na grama do jardim. Enquanto Heitor permanece de braços cruzados encarando o chão.

— Eu tive uma ideia — digo de repente e Theo revira os olhos.

Quim me olha, curioso.

— Qual, mãe?

— Vamos ao parque de diversões! O que vocês dois acham?

Os olhos dos dois garotos se iluminam e eles se viram para mim ao mesmo tempo, mas assim que percebem a reação do outro, voltam a se encolher, envergonhados.

— Não vou poder participar — Theodoro diz, depressa. — Tenho uma reunião de negócios em uma hora.

Heitor não parece se incomodar, mas Quim levanta os olhos para o pai, notoriamente desapontado.

— Nem um pouquinho? — meu filho pergunta. — Quer dizer, só uns minutinhos...

— Infelizmente, não — Theo conclui, mas ao perceber o olhar de Quim, ele franze o cenho e coça a nuca. — Podemos marcar alguma coisa no final de semana. Você, Heitor e eu.

Joaquim se vira para mim, com interesse.

— Mas e a mamãe? Você esqueceu dela?

Theo não responde. Em vez disso, grunhe alguma coisa ininteligível.

Idiota.

Decido botar lenha na fogueira.

— Bom, eu sei que eu não posso esperar até o final de semana — provoco os meninos. — Quero ir agora. E vocês dois?

— Sim — eles respondem em uníssono.

Eu me viro para Theo com um sorriso triunfante.

O cappo está com cara de quem comeu e odiou.

Bem feito!

— Então vamos, garotos. Vai ser uma tarde excepcional.

Envolvo os dois com meus braços, como uma boa mamãe polvo, empurrando-os gentilmente para que saiam do lugar em direção a nossa nova aventura até que...

— Esperem — Theo ordena, dando uma olhadela no Patek Phillipe em seu pulso. O relógio de pulseira dourada é de fazer qualquer ricaço babar. — Acho que posso demorar alguns minutos.

Depois de brincarmos até cansar, Theodoro anuncia que precisa mesmo ir embora. Para minha surpresa, apesar das nossas desavenças constantes, desde que eu voltei a Itália, não o via daquele jeito. Durante aquela hora no parque, Theo estava muito diferente do carrasco que ele havia se apresentado nos últimos dias. E muito mais parecido com o homem com que eu havia me casado. O sorriso leve e solto, o brilho nos olhos...

Apesar daquele terno e gravata, que gritavam a palavra “MAFIOSO!”, a quilômetros, todo o resto se parecia muito com um homem de família.

Depois de se despedir dos garotos, ele acena com a cabeça para mim, de maneira formal e distante. Mas a raiva em seus olhos parece finalmente aplacada. Pelo menos por enquanto.

— Vou levar o Vitório e mandar outro motorista para ficar à disposição de vocês. E, também, um segurança, por precaução.

— Pai, eu adoreeeei a tarde! — Quim vibra, abraçando Theo na altura da cintura.

O cappo se curva, beijando a cabeça do caçula e sorrindo.

—  Eu, também, gostei — então se vira para Heitor. —  E você, Heitor, se divertiu?

O filho mais velho assente, depois de uma breve hesitação.

—  Ótimo, não cheguem muito tarde — ele avisa. — A Sicília não é o lugar mais amistoso para nós depois de um certo horário.

Depois que ele vira as costas, finalmente, Joaquim me puxa para baixo pelo pulso, sussurrando no meu ouvido:

—  O que ele quis dizer com isso, mamãe? “Para nós”? Como assim?

Eu começo a tossir. Preciso de um refrigerante e rápido!

Quim faz perguntas demais.

Perguntas demais para alguém que está longe de ter todas as respostas.

 

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Jogo de Intrigas