Jogo de Intrigas romance Capítulo 24

Resumo de Capítulo 24: Jogo de Intrigas

Resumo do capítulo Capítulo 24 do livro Jogo de Intrigas de Rebecca Santiago

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 24, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Jogo de Intrigas. Com a escrita envolvente de Rebecca Santiago, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.

Se eu achei que o pior havia passado, quando saio do banheiro e dou de cara com Isabela Tremesso, no andar superior da casa, percebo que estava enganada.

Era esse o momento que eu vinha adiando a noite toda.

A irmã de Theo parece deslumbrante em um vestido azul de veludo. A gola alta deixa seu pescoço ainda mais longo e ressalta o os traços marcantes do rosto, como a boca larga e os olhos castanhos impiedosos.

Não há ninguém naquele andar além de nós duas e eu presumo que aquilo não seja obra do acaso.

— Vitória Prado— ela me olha com desprezo. — Parece que Theo esqueceu de me contar as novidades. Quando foi que você voltou?

— Há alguns dias. Como você vai?

— Eu? — ela me mede de cima a baixo. — Já estive melhor com certeza. Era para ser uma noite incrível, mas eu tive algumas surpresas... indesejadas.

— Bom, você sabe o que dizem: nem tudo e perfeito.

— É verdade.

— Agora, se me dá licença, eu vou voltar lá para baixo.

Viro de costas para ela e começo a me afastar. mas paro, no topo da escada, ao ouvi-la chamar o meu nome.

— Vitória, eu ainda não acabei de falar com você.

— É uma pena. Porque com certeza eu já escutei o bastante.

Decido ignorar Isabela, deixá-la falando sozinha do jeito que ela merece. Continuo minha descida pela escadaria em espiral, mas ela vem atrás de mim e me alcança no meio do caminho.

— Você é muito mal educada. Eu imagino que isso tenha a ver com sua maldita raça brasileira.

— Não, isso não tem nada a ver com meu país de origem, nem mesmo com a minha classe social. Tem a ver com sua falta de respeito mesmo — respondo, irritada, e ela agarra o meu antebraço. — Do que adianta o sobrenome e a fama, se você é uma maldita bruxa mal amada e amargurada? E solta o meu braço. Agora!

— Isso, isso. Comece a gritar, faça um escândalo. Theo merece descobrir de uma vez por todas, a vadia ordinária com quem ele se casou.

– Eu. Mandei. Você. Me. Soltar — grunho com o maxilar trincado.

Ela abre um sorriso vingativo.

— É verdade que você trouxe um bastardo com você? O garoto é filho de quem, afinal? De qual dos seus amantes?

Puxo o meu braço e Isabela se desequilibra. Ao escorregar com o salto do seu sapato no degrau, ela solta um grito tão alto que irrompe pelo salão lotado no primeiro andar. A banda interrompe a música que está tocando e todos os olhares se voltam para nós duas.

Ela continua gemendo, o rosto transfigurado pela dor. Mas quando tento ajudá-la, a irmã de Theo me afasta com raiva.

— Sua maldita, olha o que você me fez fazer — ela diz entredentes.— Por que você tinha que voltar e estragar nossas vidas de novo? Por que não podia ficar satisfeita no buraco onde estava?

Fico sem ar e o meu coração quase sai pela boca.

Sem pensar, desço correndo pelas escadas e vou para o mais longe possível dela. Não vou mais ouvir aquelas barbaridades.

Atravesso todo o salão do baile, em meio aos olhares de reprovação dos outros convidados, e alcanço o jardim, com lágrimas inundando os meus olhos. De frente para a piscina imensa e iluminada, seco o rosto com as costas das mãos.

Já chega.

— O que? Você ficou maluco?! Isabela escorregou. Eu não tive nada a ver com isso — o olhar dele continua afiado sobre mim e eu fico furiosa. Me jogo sobre ele e começo a socar o seu peito, sem querer pensar em mais nada. — Você está mesmo falando sério? Acha que eu sou a porra de uma psicopata?! Maldito Theodoro Tremesso, como eu te odeio.

Ele me segura pelos pulsos.

Um soluço escapa da minha garganta, mas eu contenho minhas lágrimas. Não vou chorar na frente dele de jeito nenhum.

— Quero ir embora para casa — aviso, a voz baixa e rouca. — Por favor, invente uma desculpa. Eu quero ir embora.

— Para a minha casa, você quer dizer, certo?

As palavras dele me magoam tanto que eu nem tenho forças para enfrentá-lo.

— Para onde for. Eu já não me importo...

— Com nada? Nem mesmo o seu filho? — nos encaramos em silêncio, cheios de mágoa e rancor. Ele engole em seco e dá meia volta em direção à casa. — Vou mandar Vitório levar você.

— Theodoro — eu o chamo e ele se vira sobre o ombro. — Você pode não acreditar, mas não foi culpa minha.

— Você está falando de Isabela?

— Estou falando de tudo.

Ele lança um olhar amargo para mim.

Depois balança a cabeça e se afasta, me deixando no jardim, sozinha.

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