Jogo de Intrigas romance Capítulo 30

Resumo de Capítulo 30: Jogo de Intrigas

Resumo de Capítulo 30 – Capítulo essencial de Jogo de Intrigas por Rebecca Santiago

O capítulo Capítulo 30 é um dos momentos mais intensos da obra Jogo de Intrigas, escrita por Rebecca Santiago. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Eu abro a boca, chocada demais para dizer alguma coisa durante um longo tempo.

 

Não posso evitar. O que Theo está dizendo é surreal demais. E doentio. Não consigo nem imaginar de onde ele possa ter tirado aquela ideia absurda e, por isso, eu pergunto:

 

 — E como eu posso ter traído você, Theodoro? Será que você pode me dizer?

 

Ele me olha, astuto.

 

— Você se lembra do homem que estava conversando aquela noite, há seis anos? Na festa de Isabela?

 

— Eu não me lembro de homem nenhum.

 

— Seu nome era Rico Salazar — acrescenta e eu balanço a cabeça, em negativa.

 

— Não reconheço esse nome.

 

Theodoro ri sem humor.

 

— Imaginei que diria isso — sua expressão se torna mais grave. —  Esse homem assassinou os meus pais, Vitória.

 

Eu petrifico, só então fazendo a relação entre os fatos. 

 

— Eu nunca faria isso com você — digo, possessa. — Nunca mesmo. Será que não vê o quanto isso é absurdo?

 

Não é possível que ele esteja mesmo falando sério. Não depois dos três anos que passamos juntos. Não depois de eu abrir mão da minha liberdade para viver um relacionamento com um homem marcado pela polícia e por facções rivais. Não depois de eu arriscar minha vida durante todo aquele tempo ao seu lado.

 

— Mas estava falando com ele, não estava? —  Theo insiste, irritado. — Na festa de Isabela, a sós, na biblioteca. Você não tem como negar isso. Eu vi tudo.

 

Suas palavras são como um punhal cravado bem fundo em meu peito.

 

Ele quer que eu confesse um crime que não cometi. Pior ainda, quer me confundir para que eu tropece em minhas próprias palavras. Mas ele pode tentar o quanto quiser, porque eu sou inocente e não tenho nada a temer.

 

— Eu não me lembro, já disse.

 

— Mas você fez.

 

— Então, com certeza foi algum engano. É claro que eu não faria isso de propósito, Theodoro.

 

Em vez de dúvida ou arrependimento, o que vejo em seus olhos é impaciência e deboche.

 

— E qual foi o motivo então, Vitória? Alguém estava obrigando você? Tinha alguém com uma arma na sua cabeça, te obrigando a falar com Salazar, o meu pior inimigo?

 

Respiro devagar, a cabeça girando. Fico nauseada com a ideia do que ele vem pensando a meu respeito esse tempo todo. Só de pensar que Theo esteja guardando essa teoria consigo, há tanto tempo, tenho até vontade de vomitar e minhas pernas tremem.

 

— Você está me acusando de conspirar contra você?

— Vitória...

Quando estou me virando para sair, ouço o som de pneus derrapando no asfalto. É um som característico e estridente, e Theodoro fica de pé em um salto.

 

Gritos ecoam pelo jardim. As crianças correm para longe da área da recreação, em direção aos seus pais e, em seguida, muitos tiros são disparados. O barulho é alto, ensurdecedor. Cubro os meus ouvidos e me abaixo, por reflexo. Mulheres gritam e se encolhem com seus filhos, algumas debaixo das mesas, mas a maioria dos homens parte para a ação, sacando pistolas como em uma porra de filme de ação.

 

É horrível e assustador. Meu coração dispara e eu entro em um estado de pânico.

 

Vejo Vitório e Vincenzo, os motoristas - cães de guarda de Theodoro, cruzarem o jardim, juntos, como um borrão. Eles também estão armados, é claro. E parecem preocupados, o que acende em mim um sinal de alerta.

 

— O que está acontecendo? — eu me viro para Theo, alarmada. — Onde estão os meus filhos?

 

— Fiquei aqui e não se mexa — ele avisa, tirando uma pistola enorme e cromada da cintura e destravando, ao mesmo tempo que levanta da mesa. — Não saia daqui, Vitória!

 

Assisto a tudo com o coração apertado. Toda a movimentação de Theodoro e dos outros homens, que disparam para a rua, alucinados. Eles atravessam o portão e, ainda que não possa ver, escuto perfeitamente o som do motor acelerando. Não é apenas um carro, mas vários deles.

 

O que está acontecendo? Enfrento uma taquicardia, uma sensação de pânico crescente e sufocante.

 

Vejo mães abraçando e protegendo os seus filhos e meu olhar, instintivamente, sai em busca dos meus garotos, mas eu não os encontro e o medo crava suas garras geladas no meu peito. Minha garganta se fecha.

 

Onde estão Joaquim e Heitor?

 

Cadê os meus filhos?

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