Jogo de Intrigas romance Capítulo 37

Suas palavras me deixam ofegante, à beira de um ataque cardíaco. 

Theodoro é safado, descarado e não mede esforços para conseguir o que quer: me seduzir. A única coisa que me impede de cair de vez na sua lábia é não saber por que mudou de repente de ideia. Quais são suas verdadeiras intenções?

Isso e, também, o fato de saber que, com a casa assim tão cheia de gente circulando, podemos ser flagrados a qualquer momento.

Faço que não com a cabeça para sua pergunta e um riso nervoso ameaça escapar da minha garganta, porque nós dois sabemos que é uma tremenda mentira. Quero aquilo mais do que tudo, tanto quanto ele.

Minha tentativa falha de recusar suas investidas não têm o menor efeito negativo de Theo. Para o meu completo delírio, o dedo em meu pescoço escorrega para baixo, pela garganta, evocando uma série de arrepios na minha pele. Ele traça um longo caminho retilíneo para baixo, pelo colo e pelo meio do decote do vestido, parando no vale entre os seios, sobre meu coração palpitante.

—Você vai dizer sim em breve — murmura, deslizando a mão para dentro do decote ousado e agarrando um seio com sua mão grande e quente. — Vai dizer sim para tudo o que eu pedir e nós dois sabemos disso.

— Pedir? — balbucio, sem forças, tentando resistir ao máximo. — Achei que você só soubesse dar ordens.

— Seja sincera. Você gosta das ordens que eu dou.

Quando seu polegar alcança o mamilo, eu arquejo, ofegante e extremamente  sensível. Abro a boca, procurando por ar, e quando encosto em seu peito, Theodoro aprofunda as carícias. Ele belisca o mamilo entre os dedos, envolvendo minha cintura com o seu braço livre. Me puxa ligeiramente para cima e seu pau  pressiona a base da minha coluna. Está duro e enorme, pronto para entrar em mim e me levar a loucura.

— Você está enganado, como sempre — choramingo, excitada. — Odeio suas ordens. Odeio como você é rude e estúpido comigo.

— Então, se eu mandar você se ajoelhar e me chupar, agora, você não vai gostar? — pergunta, bruto.

Fecho os olhos, a respiração entrecortada. Seus dedos apertam o bico do meu seio com mais força, mas em vez de dor, o que eu sinto é um jorro de prazer que dispara até minha vagina.

— Foi o que eu pensei —o sorriso malicioso no meu ouvido, quando não respondo, faz o músculo entre minhas pernas se contrair de desejo. — E se eu mandar você ficar de quatro no chão para mim, levar as mãos até a bunda e abrir tudinho para eu meter nessa boceta gostosa? Não vai gostar?

Seus lábios passeiam pela minha orelha, sua língua deixando um rastro úmido e quente.Sua mão abarca o meu seio quase por inteiro, os dedos massageando minha carne trêmula e sensível. Então o braço em volta da minha cintura se mexe e sinto seus dedos na minha coxa, onde o vestido não cobre. Eles se insinuam para cima, entre as minhas pernas, subindo cada vez mais até encontrar minha calcinha.

 

—Sei que está toda molhadinha aqui — Theo diz, ríspido. — E não vou ter pena quando eu entrar, Vitória. Eu juro por Deus. Então me dê o que nós dois queremos, agora, de uma vez por todas.

Estou tão perto de me entregar. Eu não posso segurar mais... não quero segurar. Mas do lado de fora da cozinha, um grupo de convidados explode em uma gargalhada sonora. Eu tento sair de perto dele, mas Theodoro me segura entre as pernas, prendendo meu corpo junto ao dele. Ele se agacha o suficiente para eu sentir seu pau grosso encaixado no meio da minha bunda, o que me desarma instantaneamente.

 

— Tem gente aqui perto — aviso, apavorada. — Vamos parar com isso, pelo amor de Deus.

 

— Não vou parar com nada. Estou na minha casa, eles podem fechar os olhos. Além disso, você está rebolando tão gostoso, enquanto diz que não... está pertinho de perder a cabeça.

— Isso tudo é um erro, você vai ver...

Sua voz tem um timbre aveludado quando ele responde:

— Talvez, mas é um erro que eu quero cometer, Vitória. E você? — ele acaricia o meu clitóris por cima da calcinha com o polegar. — Não se cansa de sempre tentar agir pela razão? Porque, puta que pariu, eu já estou cansado.

Eu ofego e ele tem razão, estou rebolando como uma cadela no cio, enquanto me nego a ele. Além disso, sei que suas palavras tem o intuito de me dissuadir, mas elas tem um fundo de verdade. Mal consigo me lembrar dos motivos que me levaram a dizer não desde o princípio.

Ele explora meu pescoço com a boca, os dentes e a língua. Seu polegar se movimenta atacando o meu clitóris com um movimento arrastado. Minha calcinha começa a ficar encharcada. Aquele pequeno arroubo de prazer me pega desprevenida e eu empurro o quadril para trás, implorando por um pouco mais.

Sua ereção massageia minha bunda e Theo respira com força no meu ouvido.

— Vou foder essa boceta em cima da pia. E depois vou comer o seu cuzinho no chão, o que acha?

— Acho que você enlouqueceu, Theo — rio, nervosa.

— Eu não tenho a menor dúvida.

Seus dedos continuam se movendo entre minhas pernas, apertando, esfregando, e deixando ela dolorida de tanto tesão. Toda melada e pronta para recebê-lo. Tenho tanta vontade de gritar que mordo a boca com força, sentindo o gosto metálico de sangue. Uma onda forte de tesão vara o meu corpo. O orgasmo se aproxima e ele nem tirou minha maldita calcinha.

O mesmo pensamento deve atravessar sua mente pervertida, porque afasta com a mão o elástico da calcinha e, sem aviso, enfia dois dedos compridos dentro da minha carne. Reviro os olhos e me dobro sobre a pia, ofeganto. Vou gozar logo. 

Theo aproveita minha posição, embola o  vestido na altura da cintura e começa a baixar minha calcinha, liberando a visão da minha bunda para o seu deleite.

— Felipe, você entrou aí? — uma voz aguda e irritante vai ficando cada vez mais próxima, a medida que a mulher se aproxima.  — Juro que eu vou te bater, sua peste...

Teodoro recua sem pressa, fechando o zíper da calça que eu nem o tinha visto abrir, enquanto eu luto para recompor o vestido e a calcinha as pressas. 

Uma loura magérrima entra na cozinha e olhamos para ela, os dois afogueados, sem deixar a menor margem de dúvida sobre o que andávamos fazendo a sós ali dentro. 

O olhar lancinante de Theo para ela me dá calafrios e me faz querer rir ao mesmo tempo. 

— Ai, por favor, me desculpa — ela suplica, com o rosto vermelho de vergonha. — Eu não queria... por favor, eu não...

— A festa é lá fora – Theodoro comunica,  de um jeito rude de quem acabou de ter uma foda interrompida. — E o seu filho não está aqui dentro, como pode ver.

 

Ela concorda com a cabeça, mas continua imóvel, congelada, enquanto eu seguro uma gargalhada, olhando para o chão e as paredes, tudo ao mesmo tempo.

Quando levanto o rosto, meus olhos encontram os de Theo.

Antes de deixar a cozinha, ele leva os dedos até a boca e chupa em uma promessa silenciosa.

Merda, esse homem ainda acaba comigo. 

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