Jogo de Intrigas romance Capítulo 39

Resumo de Capítulo 39: Jogo de Intrigas

Resumo de Capítulo 39 – Uma virada em Jogo de Intrigas de Rebecca Santiago

Capítulo 39 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Jogo de Intrigas, escrito por Rebecca Santiago. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

— Posso falar com você?

Theodoro ergue os olhos para mim por trás da mesa de jantar.

Joaquim e Heitor acabam de sair correndo da mesa para jogar videogame, por isso, eu decido que é hora de Theo e eu termos jma conversa franca e direta.

Ele assente, quase imperceptivelmente, e se levanta.

Faço o mesmo. 

— O que quer falar?

— É sobre o sequestro do Quim.

Os olhos de Theodoro me devastam. 

— Por que me perguntou sobre isso agora?

— Por favor, só responda a minha pergunta.

Theo passa por mim a caminho do escritório sem se deter. Eu o sigo, entendendo que ele quer privacidade para me contar alguma coisa. 

Meu estômago se aperta, tamanha apreensão. 

Quando atravesso a porta, ele a fecha se encostando nela como se eu fosse tentar sair correndo a qualquer hora. 

— Agora vai me contar por que levantou esse assunto justamente hoje.

— Você prometeu me manter informada e nunca mais... espera, como assim "justamente hoje"?

Ele suspira alto, desencostando da porta e caminhando até o centro do cômodo a passos lentos.

— Coloquei alguns homens atrás do rastro do sequestrador, como eu já havia dito.

— Sim, disso eu já sei — confirmo, atentando para uma coisa. — Theo, você nunca contou como acharam Joaquim. 

— Porque sei que os assuntos da máfia não são os seus favoritos — continuo encarando-o, friamente, e ele esfrega o rosto, frustrado. – Perseguimos o veículo que levou Joaquim por vários quilômetros. Ele acabou batendo e...

Eu me encolho toda e faço uma careta de dor.

— Acabou batendo? Com o meu filho dentro dele?!

— Como você mesma pôde confirmar, Joaquim não se machucou.

— E o sequestrador? Por que não pegaram ele?

— Quando o carro bateu, ele tentou fugir, foi perseguido e acabou levando um tiro... ou vários. Cortesia do Vincenzo. 

Abro a boca, chocada demais para articular qualquer palavra por muito tempo.

Quando saio daquele estado de torpor, começo a socá-lo no peito com toda a força. 

— Vincenzo é um imbecil! Ele teria confessado se estivesse vivo e eu não estaria vivendo tão desesperada agora. Tenho medo o tempo todo, Theo! Medo de que possam voltar e pegá-lo de novo. Medo quando ele vai e volta da escola...

Ele segura os meus pulsos e eu acabo desabando, sem fôlego, contra o peito dele.

— Eu sei e entendo. Juro por Deus que entendo. Mas soldados são treinados para resistir, Vitória. Faz parte do treinamento. Ele não teria confessado nada.

— Bom, tenho certeza de que o cappo tem os seus métodos de fazer confessar — quando ele me lança seu olhar aniquilador, eu mordo a boca e sua expressão suaviza. — Agora me diga o que aconteceu "justamente hoje".

Seus dedos fazem um pouco mais de força ao redor dos meus pulsos.

— Descobri que um membro da família Salazar esteve aqui na noite do meu aniversário.

— Seu inimigo Salazar?

Seus olhos escuros são inquisidores.

Eu me solto, esfregando os pulsos doloridos, e me afasto alguns passos.

— Você viu alguém suspeito naquele dia?

Penso rápido. Não tenho certeza se posso confiar em Theo e falar a verdade, mas entendo que não tenho muitas opções. 

— Havia um homem. Ele subiu as escadas e me seguiu até aqui em cima.

— Seguiu você?

— Sim.

— Não seria a primeira vez que alguém se esquece de alguma coisa por ter sido drogada em uma festa. 

— Isso é doentio — estremeço. — Mas acho que eu teria dado algum sinal. Eu parecia desorientada?

— Não. Você estava bem lúcida e consciente — ele responde e eu solto um suspiro, quando está perto o suficiente para eu estender as mãos e tocá-lo. 

Preciso me controlar ao máximo e entender que esse homem não é mais para mim. Talvez nunca tenha sido.

— Eu estava... beijando aquele homem?

— Se estivesse beijando o desgraçado, eu teria entrado naquela biblioteca e o matado com as minhas próprias mãos.

Pisco várias vezes, atônita. 

— Então o que eu estava fazendo, Teodoro?

— Conversando com ele.

— Em tom baixo, sussurrado?

— Não, vocês se falavam normalmente. Você estava sorrindo — ele diz seco e sem rodeios. — Estava alegre.

Eu levanto uma sobrancelha e Theo quebra de vez a distância entre a gente ao segurar o meu queixo e acariciar meu lábio inferior com um polegar. Solto um gemido trêmulo e deixo que enfie um dedo na minha boca antes de eu sacudir a cabeça e soltá-lo, recuando um passo.

— Isso não se parece muito com alguém que conspira contra o esposo, na casa da própria cunhada — eu o encaro, consternada. — Parece?

— O que quer dizer isso? Ainda está querendo provar sua inocência? — o cappo me olha, duro. — Está tentando uma nova chance, Vitória?

Eu quase dou uma gargalhada. 

— Sou inocente e mereço um reconhecimento a respeito. Mas não se iluda. Não quero uma chance com você, Theodoro — minha voz estremece. — O que tivemos acabou para sempre. 

— Você tem certeza?— a voz dele sai meio rouca e algo dentro de mim vacila. — Não tive muitas oportunidades de falar com você depois da festa do meu aniversário. Aquela noite, eu queria te fazer uma proposta.

—  Que proposta?

Ele me olha, bastante seguro, e me derruba com suas palavras seguintes.

—  Deixamos todos os nossos demônios do passado para trás e você volta a ser minha esposa — os olhos dele faíscam. — No papel e na cama. O que você acha?

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